Pensamento do Dia

Livro- O EVANGELHO HOJE

O Livro

Não me foi fácil escrever este livro, pois, como da para perceber, grande
parte do que eu escrevo, não é psicografia . E sim inspiração.

O companheiro espiritual passa-me as idéias e eu as desenvolvo usando os meus próprios recursos.

É claro que conto com a sua presença e assistência durante todo o trabalho.

Para desenvolver estas idéias, tive que consultar o “Novo Testamento”, ler várias vezes a mesma coisa. Em algumas passagens, recorri também ao “Velho Testamento”,. Procurei associar as idéias dos dois livros.

Após escrever oito capítulos, voltei a ler todos eles e analisar: Achei que não estavam bons, por ser assuntos muito batalhados na doutrina.

Não consegui ver nenhuma novidade.

Como sou um tanto rebelde e a fé ainda me falta em certos momentos, desanimei.

O trabalho era muito simples, era o “feijão com o arroz”.
Pensava no que fazer, quando, nitidamente recebi este recado do amigo espiritual:

“Quase todos comem arroz e feijão todos os dias, porém, poucos até aqui se preocuparam em analisar e valorizar os seus nutrientes.”

Achei o exemplo genial, reconheci que estava sendo muito bem assistida pelo mentor espiritual.
Entendi que o meu dever era me esforçar o máximo para fazer a minha parte, prosseguindo o trabalho sem qualquer julgamento.

Espero então, estar mais uma vez, passando algo que agrade e ao mesmo tempo ajude a todos, tanto quanto está ajudando a mim.


PREFÁCIO

Este trabalho tem como principal objetivo trazer para a atualidade, os ensinamentos e alertas, revelados a dois mil anos por Jesus.

Observem como a bíblia e manuseada, comentada e pregada por tantas pessoas e religiões.

Porém, observamos que poucos a entendem e ou se propõem analisa-la no seu verdadeiro sentido. Poucos a adotam como ensinamentos para o dia a dia atual. Uma grande parte não percebem os benefícios reais que estes ensinamentos proporcionam.

Todos se preocupam em pregar o amor, a submissão e até o temor a Deus. Mas; ninguém se propõe a analisar o sentido exato das recomendações. É preciso interpreta-la profunda e racionalmente. Trazer os exemplos para a atualidade, afim de que sejam aplicados na vivência diária.

Tudo tem ficado apenas nas palavras tradicionais, que expressam superficialmente. O que é incompatível com o progresso e a inteligência já desenvolvidos até o momento.

Neste livro procuramos traduzir os pontos mais polêmicos, encaixando-os nas necessidades e possibilidades da atualidade.

Ele mostra que temos meios de vivenciar tais ensinamentos, naturalmente no nosso meio social.
Tudo dentro da normalidade e sem perder a própria personalidade.
Mostra que para sermos servidores do Cristo, não temos que fugir da vida comum, nem nos isolar ou nos destacarmos da massa popular. Basta propor-se aos exercícios de humildade, responsabilidade e sinceridade.

Gratos

“O Amigo”

Mariazinha


O MAIOR MANDAMENTO


“Amarás o Senhor, vosso Deus, de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Este é o maior mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amarás o vosso próximo como a vós mesmos. Destes dois mandamentos depende toda lei e os profetas.” (Mateus 22: 37 a 40)

“Toda a lei e os profetas estão contidas nestes dois mandamentos”. (Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XI).

Por que a Lei de Deus nos recomenda ama-Lo sobre todas as coisas? Será que Deus quer que abandonemos as obrigações materiais para permanecermos em contemplação?

Algumas pessoas entendem isto como uma exigência, por ser Deus poderoso e temível entre nós. Confundem Deus com um pai humano, que precisa se exaltar para impor sua autoridade, a fim de ser respeitado e obedecido, para assim, conseguir administrar sua família. como se fosse individualista

Através da Codificação feita por Allan Kardec, com base nos ensinamentos de Jesus, podemos observar que isto não é uma imposição e nem um capricho de Deus. Isto é uma necessidade nossa!... Por isso é que Jesus nos recomenda: Amar a Deus sobre todas as coisas como base para sermos felizes.

Para a nossa felicidade, temos que nos apoiar em algo que não seja perecível e passageiro, mas que é imutável e eterno. Algo que nos sustente, que nos dê segurança, confiança e esperança.

A plenitude de Deus está acima de tudo o que conhecemos, de tudo o que a nossa mente pode alcançar no momento.

Porque, Deus é a causa primária de todas as coisas.
Portanto, Deus é imaterial, não teve começo e não terá fim. É a essência que está acima da matéria, do espírito e de tudo o que se possa imaginar. Compreendendo a nossa fragilidade, temos que reconhecer a Sua Onipotência.

Somos regidos por Essa força suprema e soberana, que em grande parte ainda é por nós desconhecida. Nada podemos e nada seríamos sem Ela.

Por mais complexa que seja a nossa situação no momento, jamais fugiremos do controle e proteção dessa força criadora, que conhecemos pelo nome de Deus. Jesus diz que ela está dentro de cada um de nós. O que precisamos é descobri-la.

Ainda sofremos muito porque não aprendemos a seguir Seus mandamentos e colocá-los acima de todas as coisas. Não aprendemos ainda a buscar Deus dentro de nós mesmos.

Por mais importantes que sejam para nós as coisas materiais, não podemos colocá-las acima da essência Divina. Tudo o que é material, é perecível, tem fim; portanto é passageiro, além de estar sujeito a alterações.

É por isso que sofremos quando nos apegamos às coisas materiais. Sempre chega o momento da perda ou da decepção...

Amamos a Deus, não adorando-O com atos externos ou com palavras de exaltação. Deus não precisa disso. A adoração a Deus é a consciência de que existe um Ente supremo acima de tudo; que nos criou para buscarmos através do aprendizado e da experiência a nossa própria melhoria, e chegarmos à perfeição

Segundo Jesus, o cumprimento do primeiro mandamento da Lei de Deus, nos traz segurança, esperança e conforto.

Se confiarmos plenamente na infinita sabedoria e misericórdia de Deus, nunca iremos nos sentir desamparados.

Por isso, amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a sí mesmo.

O cumprimento do primeiro mandamento funde-se com o do segundo, que é: “Amar ao próximo como a ti mesmo”

Não tem ainda Deus na consciência :
Quem não perdoa o seu próximo, porque coloca seu orgulho e seu amor próprio acima da justiça de Deus.

Também quem não respeita os direitos do próximo, porque sustenta seu egoísmo acima da soberania de Deus,


- Assim como, quem é indiferente ao sofrimento ou à necessidade do próximo, porque eleva seu comodismo acima dos dois primeiros mandamentos, desta forma está passando para trás o amor Divino.

Estaremos cumprindo os primeiros mandamentos quando conseguirmos, sem desculpas ou justificativas, deixar de fazer aos outros aquilo que não queremos para nós. E mais: quando passarmos a fazer aos outros, na íntegra, tudo o que queremos para nós.

Um detalhe muito importante a considerar: Quando nos propomos a trabalhar em benefício de uma coletividade (uma entidade religiosa ou de assistência estamos dentro das leis de Deus.

Poderemos ser muito úteis e realizarmos muito a favor do nosso próximo. Todavia, não estando em contato direto com as falhas dos beneficiados, desconhecemos os seus defeitos.

Assim, o nosso trabalho pode tornar-se prazeroso e fácil de ser realizado.

Porém, quando o trabalho destina-se a favor de nossos adversários ou de pessoas que consideramos não dignas de ajuda, a situação muda.

Nossos ânimos se enfraquecem e passamos a julgar ao invés de querer ajudar.

Esta é a segunda etapa a ser alcançada dentro do “Amar ao próximo como a ti mesmo”. Quando atingirmos essa nova etapa, saberemos servir em qualquer circunstância, sem orgulho, vaidade ou imposição. Saberemos ser indulgentes e imparciais. Nada vai impedir a nossa benevolência.

“Ajuda e passa” disse Jesus. “Faça o bem e não olhes a quem”. Ainda estamos distantes dessa conquista.

O único ser encarnado que amou e ama, cumprindo realmente estes e os demais mandamentos é Jesus. Mas Ele disse: “Em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará as obras que faço e outras ainda maiores,” porque eu vou para junto do Pai” (João, 14:12).

Podemos entender, que embora estejamos muito distantes, mas um dia chegaremos lá.

Jesus diz ainda, que nos dois mandamentos está contida toda a lei e os profetas. Entendemos com isso que todas as revelações, todas as profecias, assim como, todo trabalho de renovação da humanidade na Terra aconteceram e acontecem em torno da necessidade de desenvolvermos o amor em nós e entre nós.

O amor, esta palavra tão pequenina.

“Tudo quanto pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas”. (Mateus, 7:12)

Tudo está resumido no amor. O amor não só na teoria como é pregado, mas, na vivência e convivência diária entre as criaturas.

Desta forma concluímos que, quando o amor imperar dentre a humanidade, não haverá a necessidade de tantas teorias, recomendações e não mais haverá sofrimentos. Porque “O amor cobrirá a multidão de pecados” (I Pedro, 4:8).

ABANDONAR PAI, MÃE E FILHOS


Uma grande multidão caminhava com Jesus. Ele se volta para eles e lhes diz: “Se alguém vem a mim e não aborrece (odeia) a seu pai, a sua mãe e mulher e filhos e irmão e irmã e, ainda sua vida, não pode ser meu discípulo”. (Lucas, 14: 25 e 26)

Nesta passagem evangélica temos uma variação na colocação das palavras “aborrecer” e “odiar” - no rodapé do cap. XXIII – 8a. edição FEESP do Evangelho Segundo o Espiritismo, temos esta explicação: “A palavra “odiar” na época em que foi escrita queria dizer “amar menos” .

Como os Evangelhos foram escritos por cabeças e mãos humanas, e muito tempo depois da passagem de Jesus pela Terra, não vamos nos prender à letra, mas sim ao sentido lógico das frases e palavras, que também sofreram influências e adaptações, conforme interesses e entendimentos dos tradutores.

Jesus prega plenamente o amor, até entre os inimigos. Seria um contra senso acreditar que ele falasse em odiar e, mesmo, aborrecer, no sentido comum que ora conhecemos.

Esta passagem chama atenção por dois detalhes, comuns, mas importantes. O que Jesus quis dizer é que as famílias tinham suas crenças por tradições muito rigorosas naquilo que adotavam. Para as famílias e seus membros, desviarem-se das tradições era considerado escândalo, por isso era motivo de humilhação, portanto, de aborrecimento.

Então, aquele que não se sujeitasse a abandonar as tradições de família, assim como suas próprias convicções, não poderia aceitar e seguir Jesus. Jesus pregava uma renovação, considerada pelos tradicionais como revolucionária. Até hoje encontramos pessoas que afirmam que Jesus foi um revolucionário.

Para que uma pessoa seguisse e se adaptasse àquela renovação era necessário que primeiramente ela renunciasse às próprias convicções, contrariando, assim, suas famílias. Jesus pedia para que não ficassem presos a erros e preconceitos, apenas para se conservar na crença dos pais, ou dos filhos e dos outros. Além disso, Ele colocava em evidência a necessidade da liberdade de pensar e agir dentro das opções de cada um. Para seguir Jesus era preciso quebrar as tradições.

Nós sabemos que o que Jesus dizia não era para criar rivalidades ou abandonar as obrigações com a família. Isto seria uma insensatez e falta de responsabilidade. Jesus convidava a partirem para uma doutrina renovadora , mesmo contrariando as opiniões da família. Ainda hoje é comum algumas pessoas, que se consideram espíritas, mas a família não pode saber, porque não aceitam o Espiritismo.

Também é comum as pessoas dizerem: “Eu nasci nesta religião, é a religião dos meus pais e não sou eu que vou mudar!” Puro comodismo!".

Abandonar pai. mãe e filhos.

É fácil manter o rótulo de religiosos sentindo-se desobrigados de qualquer compromisso com a religião, desobrigados inclusive do temido compromisso de trabalhar pela própria reforma interior. O mesmo acontecia naquela época.

O outro detalhe é sobre aqueles que usavam, e ainda usam, a família como obstáculo para se dedicarem a uma religião que exige trabalho e dedicação.
“Não posso, no momento, abandonar a família” e, com isso, deixa sempre para depois os compromissos com a vida espiritual.

Jesus não exigia que o seguissem fisicamente e nem exige hoje, que abandonemos a família para seguir o cristianismo, mas sugere que estudemos os seus ensinamentos, para que, mais esclarecidos e colocando-os em prática possamos, viver e conviver melhor com os familiares e com o mundo.

Com a mente desperta e livre podemos nos respeitar e valorizar o amor fraternal.


AI DE VÓS QUE ESTAIS FARTOS

“Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas”. (Lucas, 6:24-25-26)

Se trouxermos os acontecimentos para a atualidade vemos que algumas coisas mudaram e melhoraram nestes dois mil anos, mas ainda temos muitas pessoas entre nós que aproveitam das situações e das posições que ocupam para explorarem os mais simples ou indefesos. Valem-se da autoridade para se impor e tirarem proveitos próprios em cima do sacrifício dos outros.

Não precisamos ir longe para encontrar aqueles que fazem negociatas para acumular riquezas sem se preocuparem com a procedência dos lucros, aproveitam a posição privilegiada, conseguida, às vezes, em troca de favores desonestos, como posição profissional, política ou até religiosa para desviar verbas a seu favor, deixando de lado as verdadeiras necessidades de uma coletividade, ou então bloqueando o desenvolvimento de setores, de grupos e, até, de uma nação.
Pessoas nomeadas que hoje riem-se porque usufruem de regalias adquiridas com desonestidade.

É para estas pessoas que Jesus disse na época e ainda hoje:
“Ai de vós que estais fartos, porque tereis fome! Ai de vós que hoje rides, porque haverão de se lamentar e chorar!

Quantas dessas pessoas que são eleitas por grupos interesseiros ou, principalmente ignorantes. A estas pessoas Jesus promete severidade na justiça. Chegará a hora delas sofrerem toda sorte de provações e sofrimentos. Elas passam hoje por este teste, que não estão sabendo vencer e muitas estão até sendo louvadas pela ignorância de seus adeptos. Quando seus seguidores têm consciência da realidade e sustentam apenas por interesses, também são culpados e, com certeza, sofrerão as conseqüências.

Em compensação Jesus diz:
“Bem aventurados os que choram porque serão consolados” “Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados” “Bem aventurados os que sofrem perseguição, porque deles é o reino dos céus”.
Vejam que todos seremos punidos ou compensados pela Lei de Ação e Reação.

Chamamos aqui para uma observação: Esta promessa de Jesus não é uma regra geral. Existem muitas pessoas bem posicionadas, em cargos de destaque, muito bem intencionadas e dotadas de grandes qualidades morais. Assim como existem entre as simples e consideradas desprotegidas da sorte, em virtude da posição de miséria, que são pessoas totalmente desprovidas de qualquer sentimento cristão. Sempre que têm oportunidade, atacam, prejudicam e levam suas vantagens. Não diferem em nada umas das outras, a não ser na posição em que se situam. Ä cada um será dado segundo suas obras disse Jesus”.


CARREGAR A PRÓPRIA CRUZ


“E, qualquer um que não tomar a sua cruz e vir após mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas, 14:27)

Jesus nos diz aqui: que temos que seguir a nossa crença, espírita ou outra, sem abandonar as nossas responsabilidades para com a vida material. Estamos sujeitos à Lei de Ação e Reação e à Lei do Progresso, o que nos obriga a cumprir as expiações e provas que fazem parte da nossa cruz.

É comum entre nós – espíritas, pessoas que se realizam pessoalmente através da prática religiosa; achando que isso é tudo, porque se sentem bem. Querem se livrar dos problemas e chegam a abandonar familiares difíceis, alegando que os mesmos são obstáculos ao seu progresso espiritual. Quantas vezes ouvimos dizer: A minha casa, os meus familiares são muito perturbados.

É bom reconsiderar essas idéias. As “pessoas difíceis” que se encontram em nosso caminho, aí estão para nos dar a oportunidade de aprender a tolerar, a perdoar, a ter paciência e, até, a renunciar certas regalias em favor do trabalho de reconciliação. Aí estão a nos ensinar a exercitar a nossa ascensão espiritual.

Se fugirmos desse ambiente e dessas “pessoas difíceis”, deixaremos para trás parte da nossa cruz. Mais tarde teremos que voltar a buscá-las, a fim de se completar a experiência.

Ser cristão naquela época é o mesmo que nós sermos espíritas hoje. Sabemos que isso não nos isenta das obrigações com a família, com o trabalho material e com o aperfeiçoamento de nós próprios e, também, não nos isenta do cumprimento das leis – humanas e divinas.

O que a doutrina consoladora faz por nós é nos trazer esclarecimentos, que nos aliviam os sofrimentos, nos fortalecem e nos dão esperanças.

Ela vai mais além. Mostra-nos que, através do nosso trabalho positivo em favor do próximo, podemos diminuir e, até, superarmos ficando assim livres de alguns comprometimentos com a lei. Vejam bem; dissemos comprometimentos e não compromissos. A lei não castiga, ela corrige e ensina.

A doutrina consoladora nos oferece a possibilidade de, através do amor e da dedicação ao próximo, nos acertarmos perante as Leis de Deus. Primeiro servir ao próximo mais próximo.

CHAMAMENTOS

“Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca.
Não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou todos. Assim será também a vinda do Filho do homem”. (Mateus, 24:37-38-39).

Vemos que os chamamentos se repetem através dos tempos. Noé prometia a salvação da vida material, alertando que o mundo iria se acabar por meio de um dilúvio. E para que todos se salvassem, teriam que entrar e permanecer dentro de sua arca. Claro que teriam que sacrificar suas regalias, renunciar a muitas coisas materiais e se dedicarem a uma vida mais regrada.

Mas, enquanto ele pregava, todos riam e zombavam dele. Segundo a estória, poucos foram os que acreditaram e levaram a sério as previsões de Noé. O povo preferia se divertir, dar vazão aos seus instintos. Assim aconteceu até que esgotou o tempo, chegou a hora. Noé os deixou e entrou na arca da salvação.

Segundo a estória, choveu quarenta dias e quarenta noites. Os que não acreditaram e não atenderam ao chamamento foram pegos de surpresa e todos se afogaram. Imaginem a aflição que sofreram! Os que estavam dentro da arca salvaram-se e quando a água baixou, foram libertados. Assim, deram origem a uma nova geração, mais adulta e renovada.

Trazendo esta alegoria, como exemplo para o nosso tempo, temos: O Evangelho de Jesus nos ensina, os Espíritos amigos nos alertam, nos convidam e nos dão inúmeras oportunidades de regeneração. Mas nós somos ainda rebeldes e acomodados, por isso não damos atenção ao chamamento. Nós não acreditamos que a Terra está subindo de plano, está passando para a categoria de mundo de regeneração, e, se quisermos acompanhá-la, temos que passar por uma reforma interior.

As regalias materiais são passageiras e nós as colocamos acima das espirituais, que são eternas e reais. O tempo passa e quando tomarmos ciência da realidade será tarde demais.

Vale a pena nos tornarmos um pouco mais humildes e menos acomodados. Vale a pena fazermos um sacrifício agora... Quem sabe poderemos nos livrar do “choro e do ranger de dentes”!

DÁ E RECEBERÁS

“Porque os gentios é que procuram todas essas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas. Buscai pois, em primeiro lugar, o seu reino e sua justiça; e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo”. (Mateus, 7:32 e 33).
“Tudo quanto pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também; porque esta é a lei e os profetas”. (Mateus, 7:12).

O que Jesus nos passa nestes versículos é que não precisamos ficar pedindo constantemente, preocupados com as nossas necessidades, a ponto de esquecermos ou descuidarmos das obrigações que temos a realizar. Ele diz que se buscarmos o reino de Deus através das obrigações bem cumpridas e fazendo aos outros o que queremos para nós, as nossas necessidades serão supridas automaticamente. É claro que essa busca, exige bastante esforço, muito trabalho e compreensão da nossa parte. O Evangelho Segundo o Espiritismo é muito claro nesta lição, nem todos entendemos na integra porque, em geral, lemos apressadamente, apenas como obrigação e não paramos para meditar sobre os ensinamentos de Jesus.

temos que entender o Evangelho, não só na teoria, mas colocado na prática, no dia-a-dia. Geralmente quando lemos o Evangelho, pensamos nas obrigações que os outros devem cumprir e, quantas vezes, a nossa intenção é de cobrança!...

Enquanto não aprendermos a respeitar o próximo, não só como cidadão - apenas formalmente, mas compreendendo suas necessidades e seus direitos; como se estivéssemos no lugar dele. Enquanto isso não acontecer, não poderemos nos sentir bem.
Nos defendemos e exigimos nossos direitos, mesmo qkue as consequências venham a prejudicar os outros.

“Dá e receberás”. Dar o quê? O que temos de melhor, porque assim receberemos o equivalente da parte de Deus. Se isto é a lei, é o que precisamos seguir, pois a Lei de Deus é infalível e imutável. Então é certo que, se formos gentis, receberemos gentilezas – nem sempre de imediato; mas fazemos reservas a nosso favor. Se formos honestos e corretos atrairemos pessoas semelhantes a nós. Assim acontece com a sinceridade, com a justiça e as demais virtudes. O mesmo se dá com relação às nossas falhas.

Geralmente pensamos que estamos agindo sempre corretamente, mas é porque somos egoístas e orgulhosos. Mesmo sem perceber, pedimos só para nós e não prestamos atenção nas necessidades do próximo. As vezes, são necessidades que para serem supridas, só depende da nossa ajuda ou de uma simples ação.

Observem que Jesus diz que o nosso petitório, sobre o que precisamos, se dá porque ignoramos a Lei. Ele compara os nossos pedidos com os pedidos dos gentios, as pessoas mais atrasadas da época, pediam tudo apenas para si mesmos, sem se preocuparem com as necessidades e os sofrimentos dos outros.

DAI A CEZAR O QUE É DE CEZAR

Então o consultaram dizendo: “Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente, e não
te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus, segundo a
verdade; É licito pagar tributo a Cezar, ou não? Mas Jesus, percebendo-lhe
o ardil, respondeu: mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente
disseram: De Cezar, então lhes recomendou Jesus: Daí, a Cezar o que é de Cezar
e a Deus o que é de Deus” (Lucas, 20: de 21 a 25).

Há dois mil anos reclamamos das explorações, tanto entre nós o povo, como provocadas pelas autoridades.
No entanto Jesus mandou que pagassem os impostos a Cezar porque de acordo com a
lei vigente, estes pertenciam a Cezar, embora fosse ele desonesto e explorador do povo.

Jesus mostrou com isso, que não cabe a nós julgar ou fazer justiça.
Cada um tem nas mãos aquilo que lhe foi confiado. O bom ou o mau uso, ou o desempenho, assim como o emprego da confiabilidade depende das qualidades morais de cada um.
Portanto, aquele que é desonesto ou displicente, responderá pelas suas ações.

Quando fugimos das obrigações respondemos pela nossa desonestidade ou displicência,
não importando as alegações ou situações. O que importa e é levado em conta é o desvio
ou o cumprimento da lei.
Avançar nas propriedades, ou invadir os direitos alheios, alegando ser estes adquiridos
desonestamente, é tornar-se desonesto também, é igualar-se.
Além de tudo, o nosso julgamento nem sempre é correto, podemos estar agindo sob
influenciações.

É um erro muito grande, incentivar ou apoiar, sonegações, invasões, e outros.
Isso estimula a “lei do mais forte”, o uso do: “quem pode mais chora menos”. Nesses
casos, como ficam os mais fracos? Quem pode menos sairá chorando!

Não é isso que Jesus recomenda. Ele não prega a disputa nem a malícia. Ele prega a
ordem e a disciplina. Isso implica em respeito mutuo, fraternidade e responsabilidade.
Ele diz mais; Cada um receberá o fruto de suas obras.
O julgamento e o emprego da justiça, pertencem a Deus somente.

Cabe a nós, portanto, cuidarmos da nossa honestidade e do nosso bom procedimento.
O resto teremos por merecimento. Mesmo que aparentemente tarde.
Isto significa entregar a Deus o que é de Deus.

Toda economia, aquisição ou conquista que fazemos com base na desonestidade, ou
pensando na justiça em causa própria, estão fora da lei, tanto dos homens, como a de
Deus.
Cedo ou tarde, causam danos e sofrimentos. Pode transformar-se em terríveis pesadelos.
Além disso os proveitos que tirarmos são ilusórios e passageiros.
Não compensam!!!

DEIXAI AOS MORTOS O CUIDADO DE ENTERRAR SEUS MORTOS

“Jesus disse a um outro: “Segue-me”. Ele, porém, lhe respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus” . ( Lucas, 9: 59 e 60)

Fulano foi bom ou foi importante aqui na Terra, por isso merece um sepultamento de primeira linha, um caixão de qualidade, bonito, caro...Precisa de um túmulo pomposo que corresponda à posição que ocupou na sociedade!!!

As cerimonias e rituais precisam ser realizadas !!!
Assim como agimos hoje, naquela época era a mesma coisa. As aparências materiais eram de suma importância. Então o que Jesus quis dizer, e aproveitou a oportunidade, é que as pessoas que fazem questão das aparências, das grandezas materiais e formalidades estão mortas para a verdadeira vida, que é a vida espiritual.

Ele quis dizer que o corpo não precisa de recompensas, de homenagens.

Túmulos pomposos, caixão de luxo só servem para alimentar o orgulho da família. “ Tu porém vai e prega o reino de Deus”
Então: deixe que os mortos (os que ignoram a verdade) enterrem os seus mortos (os corpos físicos), que façam o que acharem importante. Mas você vai e anuncie o reino de Deus. Quer dizer, fale sobre a renovação, a verdade sobre a vida e a morte, que eram os novos ensinamentos.

Jesus não disse para ele abandonar o corpo do pai, e seguí-lo, o que seria falta de caridade. Mas disse para ele entender e passar adiante, que todo ritual e cerimonial que se fazia era inútil. Que o reino de Deus se conquista através da prática dos ensinamentos que Ele, Jesus, trazia.

Se analisarmos bem, vamos ver que nós ainda continuamos mortos, ou pelo menos, adormecidos. Em muitas ocasiões damos mais valor àquilo que é material, como: aparência, conforto, posição social e outros...Quantas vezes passamos os valores e necessidades espirituais para um segundo plano? Fazemos isso até dentro da religião.
E na hora de enterrarmos os nossos mortos, isso é bem comum ainda entre nós...


DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS


“Então, Jesus lhes recomendou: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza, porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.”(Lucas 12: 15 e 21)

Muitas pessoas acham que ser desprendido dos bens terrenos é desperdiçar ou menosprezar os bens que possuem. Baseados nisso, gastam exageradamente, esbanjam a ponto de perderem, em curto prazo, verdadeiras fortunas e, pela má administração, chegam a ficar na miséria!

Isso é uma insensatez e não é isso que Jesus nos recomenda. Ser desprendido dos bens terrenos envolve atitudes diversas como:
Não se desesperar pela posse daquilo que nos é impossível conseguir.
Não se fanatizar pelos bens que possui, colocando-os acima da moral,
acima das obrigações com a vida e com a espiritualidade.
Desprender-se é não colocar os bens acima da própria dignidade.
É não ser avarento; usurário ou usurpador.
É respeitar o dever de honestidade. Isto é: Não se tornar desonesto
visando adquirir os bens materiais.
É não deixar de cumprir os compromissos sociais, religiosos e, principal-
mente com a família, só para conseguir mais bens terrenos.

Os bens materiais são importantes e colaboram com o nosso progresso, quando adquiridos com honestidade, com justiça e equilíbrio. Quando administrados com sensatez e prudência não nos levam à desregramentos . Não exaltam o orgulho, a prepotência e nem a usura.

Muitas pessoas consideram-se senhores dos bens terrenos que possuem e se dão o direito de aplicá-los única e exclusivamente a favor de seus caprichos.
O avarento ignora as necessidades, às vezes até da família, só para poder acumular um pouco mais.

Possuir bens terrenos não significa ter poder sobre o próximo. Os bens terrenos pertencem a Deus. Nos são concedidos temporariamente, precisam ser valorizados e aproveitados nas experiências que buscamos na vida comum.

Para cada experiência, em cada fase da evolução é necessário uma posição ou situação, que possibilite o nosso desenvolvimento. Essa situação varia do paupérrimo ao multi-milionário

Deus nos concede a oportunidade de sermos depositários daquilo que, de acordo com a necessidade de cada um no momento, vai facilitar nosso progresso espiritual, e consequentemente a nossa participação no progresso do mundo em que vivemos. Por isso, vamos ter que prestar contas a Deus do que fizemos com os bens que a nós foram confiados.

OS DOIS CAMINHOS

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que acertam com ela.” (Mateus 7: 13 e 14)

Quantos de nós escolhem a porta estreita, tentando obedecer e seguir as recomendações de Jesus!...

Teoricamente nos é fácil fazer as opções. Escolhemos o caminho da redenção. No entanto, quando enfrentamos a prática da vida; a vivência diária, recuamos. Às vezes até sem perceber, descuidamos, partimos para as decisões mais fáceis, menos trabalhosas, e as que exigem menor esforço e menos responsabilidade. E mesmo as que nos possibilitam a dar vazão aos
instintos ainda gritantes dentro de nós.

A porta estreita, o caminho apertado, exigem disciplina, dedicação, renúncia e muito maior sacrifício. Pela porta estreita só passam os que se mantém vigilantes. A porta estreita exige humildade e desprendimento. A porta estreita e o caminho apertado são sinônimos de reforma interior.

Assim, concluímos que a porta estreita seleciona; enquanto que a porta larga abre espaço para os descuidados, os comodistas e os indisciplinados. Abre espaço, também, para os caprichosos em seu orgulho e egoísmo.

O caminho espaçoso é cômodo, confortável e de fácil transito.
No nosso estágio evolutivo, os prazeres da vida nos são mais atraentes e preferidos. A vaidade e o personalismo ainda nos influi de maneira quase que incontrolável – (dissemos quase, não impossível).

Então, a primeira opção pode ser o caminho apertado que conduz à vida superior, mas, na vivência diária, o caminho espaçoso, aquele que leva à perdição, é na maior parte das vezes, o vencedor.

Orar e vigiar é a recomendação de Jesus, porque esta, é a única solução!!!

O CORPO FÍSICO

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito, por meio do corpo.” (Paulo, II Coríntios 5: 10).

O corpo físico – essa máquina que ao nosso ver é tão complicada... Para a ciência é tão perfeita... Segundo Jesus, é tão importante!...

Se pararmos para observar, vemos o quanto somos agraciados com a posse do corpo físico. É ele que permite e motiva o progresso material e intelectual do planeta. Tudo o que se faz, comumente gira em torno do corpo físico. Sentimos dor, frio, fome, cansaço e trabalhamos para suprir a todas estas necessidades. Precisamos sanar as dores, matar a fome, cobrir o frio e providenciar o descanso – tudo para o corpo físico.

O cientista pesquisa as mínimas partículas do corpo, visando a cura das doenças.
A tecelagem, a arquitetura, estudam os detalhes para melhor agasalhar e proteger o corpo das intempéries e perigos.
O estilista esmera-se para embelezar o corpo físico.
A culinária desdobra-se para oferecer o mais substancioso alimento.
A agricultura, a pecuária lutam para produzir e oferecer o melhor produto. Tudo isto visando sempre a satisfação e o bem estar do corpo físico.

Quanto desenvolvimento intelectual em torno das necessidades e exigências do corpo humano? Isso ainda, sem falarmos das bases e dos complementos destes trabalhos, que são a matéria prima e todos os materiais que possibilitam as funções acima descritas!...

Cada coisa é necessária e se encaixa de acordo com a sua utilidade. Ao mesmo tempo, os recursos vão sendo criados de acordo com as necessidades.

A tecnologia avança e se aperfeiçoa dia a dia. Cada ser humano nasce propenso e com as possibilidades e oportunidades de aprender, se dedicar e se aprimorar naquilo que lhe trará o sustento e o bem estar ao próprio corpo.

Isto acontece dentro das mais altas e das mais humildes posições. Acontece dentro das coisas mais sofisticadas e das mais simples.

Por que tantas funções e tantas ações em torno do corpo de carne, que segundo a lei material “vai morrer e se desfazer” com o tempo? Fazemos tudo isso e muito mais... automaticamente. Esse mecanismo automático nos impede de observar e valorizar a Sabedoria Divina...

Alerta-nos Paulo, que vamos comparecer perante o tribunal de Cristo para recebermos segundo o bem ou o mal que tivermos feito, por meio do corpo. Vejam bem, fazemos tudo visando e atendendo ao corpo físico! Portanto, para a vida material!...

Não acham que cabem aqui algumas perguntas a nós mesmos?

E, por meio do corpo físico, qual o progresso moral e espiritual que proporcionamos a nós mesmos e ao nosso planeta?

No quê o nosso planeta está melhorando, em decorrência do trabalho e do bem espiritual que fazemos por meio do corpo físico?

Ao nos apresentarmos perante o tribunal do Cristo, o que teremos a receber?

Vale a pena, analisar!...


O JOIO E O TRIGO


Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: “ Senhor, não semeaste a boa semente no seu campo? Donde vem, pois, o joio?” Ele, porém lhes respondeu: “Um inimigo fez isso”. E os servos lhe perguntaram: “Queres que arranquemos o joio?” “Não, replicou Ele, para que, ao arrancar o joio não arranques também o trigo”. “ Deixai-os crescer juntos até a colheita e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas, o trigo, recolhei-o no meu celeiro".
(Mateus ,13: 27 a 30)

Nesta parábola, Jesus nos passou o exemplo de que o lavrador deixaria que o joio e o trigo crescessem juntos, para que cada um tivesse a oportunidade de dar os seus frutos. Na colheita haveria a seleção. O trigo seria aproveitado e o joio seria lançado ao fogo.

Acontece o mesmo com a humanidade terrestre. O nosso planeta recebe a todos, acolhe-nos, alimenta-nos, oferecendo a todos recursos para vivermos. Todos temos liberdade de pensamento e de ação.
Vivemos juntos, “bons e maus”. Essa é a razão de tantos conflitos e violências. Recebemos ensinamentos e exemplos. Temos aqui a oportunidade de desenvolver as potencialidades e as nossas virtudes. Também temos oportunidade de discernirmos o bem e o mal.

Quem aproveita os ensinamentos evangélicos moraliza-se; têm a chance de colocá-los em prática. Quem não os aceita, por orgulho ou comodismo, permanece na ignorância.
Passamos pelas expiações e provas, que nos servem de testes. Como Deus cura o homem pelo homem, os testes fracassados de uns servem como expiações para outros. Assim vamos nos burilando entre nós mesmos.

Agora aproxima-se a hora da seleção; da colheita; da separação do joio e do trigo. Por isso, temos agora a chance de mostrar o que somos; mostrar a nossa posição no campo moral e espiritual; de acordo com o que conquistamos até aqui – ou seremos protegidos, ou permaneceremos expostos aos acontecimentos diversos.

Se os frutos que produzimos forem proveitosos, passaremos para um mundo melhor, que é a Terra, após a sua transformação e ascensão para “mundo de regeneração”. Se os nossos frutos forem negativos, seremos degredados a um mundo inferior.

É bom observarmos isso; porque nos resta algumas chances de regeneração... Vale a pena correr e, mesmo com muito sacrifício, provocado pelo burilamento galopante, passarmos à condição de selecionados.


O REINO DOS CÉUS


“O Reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de todas as espécies. E quando já está cheia, os pescadores, arrastam-na paras praia e, assentados, escolhe os bons para os cestos, e os ruins, deitam fora. Assim se dá na consumação dos séculos: sairão os anjos, separarão os maus dentre os justos. E os lançarão na fornalha acesa; Ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus, 13: 47 a 50)

Está na hora da seleção.
Podemos ter certeza que, todos os que já acordamos para uma religião séria, honesta e cristã e que já abraçamos uma tarefa dentro dela, já fomos testados, já nos encontramos na rede lançada por Jesus.
Porém, a seleção vem aí. É preciso analisarmos tudo o que fazemos.

Será que estamos cumprindo, ou realizando aquilo que Jesus espera de nós?
Será que estamos em condições de ir para o cesto afim de nos tornarmos aproveitáveis no novo mundo?

Geralmente acreditamos que estamos servindo, trabalhando e beneficiando, porém nem sempre a realidade é esta. Muitas vezes trabalhamos muito, mas pouco servimos, porque o nosso trabalho
está em torno da realização pessoal. Colocamos no trabalho, tudo o que queremos, o que nosso capricho manda, e nada que possa ser útil realmente ao nosso assistido.

Jesus espera de nós uma colaboração consciente, humilde e desprendida de qualquer querer pessoal ou vaidade.
Perante Jesus, de nada vale mostrarmos aos outros ou a nós mesmos, que somos batalhadores
incansáveis. O número elevado de trabalhos realizados no dia ou na semana, é algo secundário.
O que é importante, e real é a qualidade dos benefícios que distribuímos.

É bom observarmos, porque é isto que vai pesar à nosso favor na hora da seleção. É bom nos apressarmos!.

O RICO E O REINO DOS CÉUS

Então disse Jesus a seus discípulos: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus”.
“E ainda vos digo que é mais difícil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino dos céus.” (Mateus, 23:24-).

A riqueza pode ser, para muitas pessoas, motivo de bloqueio no seu progresso espiritual, mas, como a riqueza, existem posições, títulos e inúmeros motivos que podem nos levar ao fracasso espiritual.

No passado, ser rico era sinônimo de ser orgulhoso, poderoso, dominador e, até, insensível. Esta a razão desta chamada de Jesus. O povo entendia que os ricos eram os privilegiados, protegidos pela vida. Para os ricos nada de mal acontecia, uma vez que só se dava valor às coisas materiais, pois estas eles tinham em abundância, e até as usavam como armas para impor sua suposta superioridade e para massacrar os pobres. Por isto eram invejados e temidos.


Os ricos tinham escravos e usavam os escravos para tudo o que necessitavam. Exploravam, sacrificavam de acordo com a própria vontade, eram endurecidos, não se comoviam com a desgraça e o sofrimento dos pobres. O egoísmo e o orgulho imperavam entre eles.
Era sobre estas pessoas e costumes que Jesus falava, prometendo a justiça. Trazia consolação e esperança aos que sofriam tais injustiças.

Hoje temos não só alguns ricos, como também pessoas ocupando altos cargos, rindo-se porque usufruem de regalias e autoridades adquiridas através da desonestidade. “Ai de vós que ora rides, porque chorareis...”

Graças ao moderado avanço moral e intelectual, podemos ver a brilhante oportunidade que pode nos oferecer a prova da riqueza. Se o Evangelho nos diz e, podemos confirmar, que mesmo para o pobre é fácil fazer caridade, imaginemos para um rico que pode possuir e usar todos os recursos que o pobre possui e mais os que a riqueza lhe oferece.
A riqueza unida à fé e ao sentimento fraterno completam a caridade no planeta.

Vemos obras gigantescas e nobres nas mãos de pessoas ricas, verdadeiros depositários dos bens de Deus, que sabem perfeitamente administrar e aplicar a riqueza em prol do progresso espiritual e material do nosso planeta.

Contamos também com a importância da riqueza material no papel das empresas, dando oportunidade para tantas pessoas ganharem o sustento de suas famílias.
Sem a riqueza material, um mundo, na categoria da Terra não teria expansão, consequentemente, não teria evolução.

Quantos empresários que, às vezes, nem religião têm, mas têm consciência da moral e da necessidade de progresso, assim como, das necessidades do próximo.


O Rico e o Reino dos Céus


Como entendemos e já falamos, em vários capítulos, na verdade; cada um de nós tem nas mãos, como recurso oferecido pela Providência Divina, o instrumento a ser usado para facilitar a própria evolução.

Cabe a cada um avaliar e buscar os meios de usa-los devidamente.


ORAR E VIGIAR

“Acautelai-vos por vós mesmos; para que não aconteça que os vossos corações se sobrecarreguem com as conseqüências da orgia, da embriaguez, e das preocupações deste mundo, e aquele dia não venha sobre vós repentinamente como um laço”. (Lucas, 21:34).

O que quis Jesus dizer com “aquele dia”?
Conhecemos a existência das vidas material e espiritual. Sabemos que temos obrigação de atender às necessidades do corpo físico, assim, como às necessidades dos familiares e da vida física.

Todavia, não desconhecemos que somos espíritos encarnados, que estamos aqui para fazer a nossa própria evolução espiritual. Para tudo somos impulsionados pelas Leis de Deus. Não podemos fugir do controle dessas leis, porque são elas que nos dão apoio e condições de permanência na Terra.

Sempre que fugimos das Leis de Deus bloqueamos temporariamente o percurso de nossa evolução. Aí sofremos o impulso para o retorno e isso pode nos machucar, e muito!...

O alerta que Jesus nos faz é para permanecermos atentos aos deveres e cuidados com o comportamento. E, também, atentos aos nossos deveres espirituais. Ele nos alerta para não permanecermos presos às futilidades e aos desregramentos que não nos levam a nada de útil.

Ele nos chama a orar e vigiar, porque desligados e descuidados não controlamos os limites dos nossos desequilíbrios. Não nos damos conta de que chegará a hora em que a lei nos intimará a voltar à realidade.

Ele nos faz lembrar o exemplo dos bois, que distraídos no pasto, atendendo à própria satisfação, são laçados, de surpresa, para prestarem-se à utilidade.

Nesta fase difícil que a humanidade terrena atravessa, podemos ser chamados a qualquer momento a dar o testemunho de dignidade e de produtividade. Se formos apanhados desprevenidos, pobres em virtudes e vazios de produção, não só poderemos passar por grandes sofrimentos para o nosso despertamento, como até sermos classificados sem condições de acompanharmos a ascensão de nosso planeta.

Aí será tarde para despertar.
Vamos ter que mudar de moradia!
Seremos degredados...


PERSEVERANÇA

“De todos sereis odiados, por causa de meu nome. “Contudo não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça. É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas”(Lucas 21: 17 a 19).

É indiscutível a sabedoria e a grandeza de Deus.

No entanto, pequena parte da humanidade, ainda O ignoram. Outra parte, por orgulho ou como-
dismo, fingem ignora-Lo.
Entre os que Nele crêem, existem os mais e os menos ardentes.

Jesus, nesta passagem evangélica alerta para a perseguição aos cristãos, naquela época violenta
e por muito tempo após Sua partida. No entanto promete assistência e proteção constante quando disse que não se perderia um só fio de cabelo da cabeça dos seus seguidores.
Tanto o alerta, como a promessa de Jesus, continuam para nós, que hoje nos dedicamos a uma
religião séria e responsável.

Quantas vezes somos taxados de ignorantes. Enfrentamos palavras e risos de asco, zombando da nossa crença e da nossa dedicação à causa. Chegamos a nos sentir uns coitadinhos diante da
imponência de certos “supostos” intelectuais. Somos até discriminados, e motivo de zombaria perante alguns grupos.

Mas, o que entendemos pelas palavras e recomendações de Jesus é que estas situações desagradáveis, já previstas por Ele na época fazem parte dos nossos compromissos com o plano maior.
São estas situações que nos dão meios de provar a nossa convicção e firmeza dentro da tarefa que abraçamos.

Para sermos realmente soldados do Cristo temos que vencer com humildade a todas as lutas e obstáculos, inclusive este, que mexe com nosso orgulho e a nossa vaidade.

Cada servidor do Cristo, tem sob sua responsabilidade uma minúscula parcela da batalha em prol da regeneração da humanidade.
Para vencermos esta batalha, temos que ser perseverantes, porque é com esta batalha que ganharemos a evolução que nos é necessária no momento.

É isso que Jesus nos promete, quando diz: “ Ganhareis as vossas almas”.

Não podemos deixar de crer que a perseverança, reforçada pela dignidade, é a maior arma para qualquer conquista.

FALAR E FAZER

“Fazei e guardai pois, tudo o quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos outros, entretanto eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus, 23: 3 e 4).

A teoria, em todos os aspectos, é bonita. No entanto, a prática é trabalhosa e, às vezes, é cheia de sacrifícios e, outras vezes, é até impossível de ser realizada.

De nada vale exigirmos teoricamente dos outros aquilo que na prática nem nós mesmos estamos em condições de fazer. Por isso, a nossa cobrança ou exigência deve ser sempre bem avaliada.

Se não podemos, ou não estamos em condições de fazer determinada coisa, não devemos impor ou cobrar dos outros. É muito fácil mandar... porém atender ou obedecer exige primeiramente capacidade, além de disposição e boa vontade!

Colocar fardos pesados em ombros alheios, muitas vezes revela nosso comodismo e até “Abuso de autoridade”.

É bom observar a nossa posição de chefes, dirigentes ou orientadores.
Será que esta posição não está nos tirando a oportunidade de evoluir servindo? Não estamos passando para os outros aquilo que é de nossa obrigação realizar? Será que não estamos deixando de fazer aquilo que poderia nos render um degrauzinho a mais na experiência e na evolução?

Enquanto sobrecarregamos os ombros dos nossos companheiros, deixamos para trás as nossas tarefas! Assim, transferimos a eles o mérito que poderia ser nosso!...

A realidade, sem dúvida, virá à tona e, com ela, a decepção em ver que: enquanto “papagaiamos” outros trabalharam e produziram.

ESCÂNDALOS

Disse Jesus aos seus discípulos: “É inevitável que venham escândalos, mas ai daqueles pelos quais eles vierem” (Lucas, 17:1)
“Pois assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação dos séculos.” “Mandará o filho do homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e, os que praticam a iniqüidade e lançarão na fornalha acesa. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol no reino de Seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir ouça”. (Mateus, 13: 41 a 43).

Antes de tudo é preciso considerar que o termo escândalo é usado nos evangelhos para tudo o que contraria a Lei de Deus, de maneira chocante. O escândalo é inevitável entre nós, por que? Porque cada um de nós tem suas fraquezas e, de acordo com a nossa posição aqui na Terra é quase impossível não darmos vazão a elas.

Sendo assim, é natural que tenhamos mais erros do que acertos. Nossos erros mais comuns são conseqüentes da convivência com o nosso próximo. Nós respeitamos as pessoas, desde que elas não nos atinjam, com palavras ou atitudes, que vão contra os nossos interesses.

Somos bons, desde que tudo seja feito como queremos. Basta alguém nos alertar para um dos nossos defeitos, para criarmos um escândalo, às vezes até grave.

Como já citamos em tema anterior: “Deus cura o homem pelo homem”. Por isso, aquilo que para uns é teste fracassado, para outros é possibilidade de resgate, às vezes, importante. É por isso que estamos convivendo juntos na Terra, “bons e maus”.
Para evitar que sejamos a causa do mal (escândalo) é preciso muita vigilância.

Quantas vezes criticamos, ficamos abismados com os escândalos praticados por certas pessoas? No entanto, se estivéssemos no lugar delas faríamos igual, ou pior. Tudo só dependeu da oportunidade, que elas tiveram e nós não tivemos.

Quantos de nós cobiça um cargo ou uma posição que nos daria essas oportunidades? Como não as temos, reprovamos àqueles que as têm. O importante é não se escandalizar e sim analisar, passar tudo pelo crivo da razão, e não levar adiante o comentário ou julgamento infeliz.

Também é muito importante observar as circunstâncias, procurando entender e aprender com o escândalo para que, se um dia estivermos em situação parecida, não façamos igual. Temos que aproveitar os erros dos outros, como aprendizado sem seguir o exemplo.

Jesus disse: “Ai daquele por quem o escândalo vier”. Por que? Porque aquele que provoca o escândalo não está vigiando suas fraquezas, está dando vazão às suas más tendências; está se comprometendo com as leis divinas e as vezes às humanas. O seu erro está dando origem à prejuízos, destruições e, consequentemente, causando sofrimentos a outras pessoas. Então ele terá que responder pelo que fez e, muitas vezes, responder penosamente.
Escândalo

É claro que temos que considerar que as vítimas também estão respondendo por suas más tendências e falhas semelhantes. “Só lobos caem em armadilhas de lobos”.

O escândalo não veio para “punir” esta ou aquela pessoa. São as tendências ou culpas afins, que falam alto e automaticamente se atraem de forma a serem atingidas. É a lei de Afinidade. Mas ai daquele por quem o escândalo vier provocar tais sofrimentos!!!

O que é a fornalha acesa? São as expiações correspondentes ao erro cometido. São expiações sofridas aqui na Terra, se houver tempo, ou então a degredação para mundos inferiores à Terra.

Por isso, a recomendação de Jesus no momento é:

“O mundo está cheio de escândalos ?”
Sim, mas eu preciso me vigiar.

“O escândalo virou moda”?
Não para mim, que já tenho consciência da verdade de Jesus

“Tem gente que se aproveita das oportunidades para se beneficiarem com o escân-
dalo?”
Não eu que conheço as minhas obrigações para com a vida e o meu próximo.

“As pessoas precisam resgatar os seus débitos, buscar suas experiências, as vezes
dolorosas?”
Mas não por meio do escândalo que eu provocar.

“Se eu não fizer, outro fará”?
Cada um responde pelos seus próprios atos. Eu respondo pelos meus
A mim cabe fazer tudo o que puder para ajudar o meu próximo e nunca ser
motivo de expiações e provas para ninguém.


FALAR EDIFICANDO

“Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Porque, se a trombeta tiver som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.” (Paulo, I Coríntios: 14: 3, 8 e 9).

Como aprendemos ouvindo uma boa palestra, uma boa aula, assim como aprendemos fazendo uma boa leitura!

Porém, as pessoas encarregadas de passar estes esclarecimentos precisam tomar cuidado com a palavra. É preciso que as palavras abranjam o entendimento de todas as camadas sociais e intelectuais.

Palavras e frases bem articuladas podem impressionar muito, mas se fugirem da popularidade, apenas ressoam; pouco ensinam. O bom orador pode impressionar a platéia com sua eloqüência, com sua linguagem perfeita. O tom de voz e a apresentação influem no entusiasmo do público. Porém o que ensina e leva a uma meditação mais profunda são as coisas simples; aquilo que vivenciamos no cotidiano. É aí que podemos nos educar e nos burilar.

A teoria é útil, pode servir de introdução, mas a prática é o conteúdo e a realidade. É esta que precisa ser propagada e incentivada. É aí que temos que batalhar para conseguirmos a nossa evolução.

Por isso, a palestra, a aula que ouvimos ou passamos adiante. O livro que lemos ou escrevemos, têm que ser simples, esclarecedores. Têm que atingir a todas as camadas sociais. Têm que falar da vivência diária e atual. Isto é que precisa ser melhorado no povo em geral.

Aí está a responsabilidade dos oradores, professores e escritores que se propõem à orientar dentro da educação moral e religiosa. Não se pode perder tempo com coisas apenas de boa aparência e superficiais. É preciso passar ensinamentos práticos e produtivos.

Um bom exemplo:

O que nos fez crescer e nos mantém fortes fisicamente são as refeições simples e rústicas, porém, substanciosas do dia a dia e, não, as iguarias bonitas e atraentes, exibidas e servidas em festas.

No ensino e na religião, sofisticação e aparência são como Paulo diz:

“Palavras jogadas ao ar”.

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

“Jesus repreendeu ao demônio, o qual saiu do menino, que desde aquela hora ficou curado. Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, perguntaram-lhe: - Por que não pudemos nós expulsá-lo? Jesus lhes respondeu: “Por causa da vossa pouca fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá; e ele há de passar; e nada vos será impossível.” ( Mateus 17: 18 a 20)

Com fé podemos tudo! Quantas montanhas de contrariedades e obstáculos encontramos no caminho que trilhamos!

Quantas vezes nos sentimos impedidos ou desanimados de prosseguir!!! Sentimo-nos impotentes para remover ou resolver problemas sérios e, até, dolorosos demais para a nossa sensibilidade.

Jesus nos diz que a causa, ou seja as dificuldades estão na pequenez de nossa fé. Ele classifica a nossa fé menor do que um grão de mostarda. Analisando estas palavras, vemos que quase não temos fé, que ainda não despertamos para a fé. Porque vacilamos, sofremos, brigamos e chegamos até ao desespero diante de certos problemas.

Jesus nos mostra o quanto a fé é poderosa. O quanto podemos fazer e o quanto podemos beneficiar e ser beneficiados através da fé. Quem tem realmente fé, não sofre, confia, a confiança traz esperança e esta consola.

Quando confiamos, removemos as montanhas de obstáculos e sofrimentos que nos dificultam o entendimento e nos colocam em dúvidas e aflições. Por nos trazer esperança a fé nos incentiva a lutar e contar com a ajuda de Deus.

Com a fé sentimos segurança e firmeza; nos tornamos capazes de produzir, realizar e crescer dentro do trabalho, material ou espiritual.

Não podemos confundir fé com pretensão. A fé é humilde, a pretensão é orgulhosa. Com humildade, abrimos e mantemos os canais de ligação com a espiritualidade maior. Com a pretensão, fechamos estes e abrimos os canais do negativismo.

Quando nos ligamos realmente, através da fé e humildade, com o Plano Maior, conseguimos realizar, nem sempre aquilo que queremos, mas, sempre, aquilo que nos é necessário.

HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE

Nisto chegaram sua mãe e seus irmãos, e tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Muita gente estava assentada ao redor Dele e lhe disseram: “Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram.” Jesus respondeu-lhes, dizendo: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E, correndo o olhar pelos que estavam sentados ao seu redor, disse: “ Eis aqui minha mãe, e meus irmãos, pois aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe. (Marcos 3: 31 a 35) (Mateus 12: 46 a 50).

Jesus utilizava-se de todos os acontecimentos para pregar Sua doutrina de fraternidade e sabedoria. E este foi um deles.

Existe, entre alguns religiosos, alguma confusão em torno desta passagem evangélica. É necessário considerar nossos deveres espirituais, sem confundi-los com os nossos deveres materiais. Temos que cumprir tanto um como o outro, pois ambos fazem parte de nossas obrigações e, ambos são essenciais à nossa evolução, tanto material como espiritual.

Muitas pessoas, (que consideramos de má vontade) se dedicam à religião, COMODAMENTE apegam-se a esta passagem evangélica para esquivarem-se das responsabilidades morais, sociais, materiais e espirituais para com os seus familiares. Para muitas pessoas, a vida familiar é cansativa e monótona, exigente e, até, indesejável, porque a convivência exige renúncia, exige trabalho e humildade. É diferente da vida vivida entre pessoas estranhas, que não nos conhecem na intimidade.

Essas pessoas estranhas ignoram as nossas fraquezas e más tendências, apenas nos enxergam superficialmente, do jeito bondoso e polido como sabemos bem disfarçar. Tudo aí torna-se prazeroso porque estamos livres de qualquer cobrança. consequentemente, livres de qualquer obrigação.Todos retribuem as gentilezas e todos nos consideram de acordo com a imagem que passamos. Assim, vivemos ilusória e insensatamente.

No entanto, em inúmeras passagens evangélicas, Jesus nos chama à responsabilidade para com os familiares. O Espiritismo abre o leque, alertando-nos para os compromissos com o próximo mais próximo. Para com aqueles com quem somos obrigados a conviver sob o mesmo teto.

É ali que estão os nossos principais resgates e reajustes.

São eles que nos conhecem profundamente, que nos cobram e nos acusam. São eles que nos forçam à reconciliação e nos obrigam a melhorarmos intimamente e a cumprirmos nossos compromissos básicos.

É ali que precisamos fazer nosso mais importante trabalho em prol da própria
evolução. Ali temos que por em prática o que a religião nos ensina.

De nada valem as montanhas de trabalhos e benefícios praticados com ilusão, orgulho, vaidade e sem base. Caem todos por terra, quando precisarmos, forçosamente remove-los para construirmos os alicerces.

HUMILDADE E EVOLUÇÃO


“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos pelos homens; pois alargam seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas. As saudações nas praças e o serem chamados de mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é o vosso mestre, e vós todos sois irmãos”. (Mateus, 23: 5,6,7 e 8)

Chamadas estas tão importantes e de tamanho peso aos religiosos de dois mil anos atrás! No entanto, não é preciso voltarmos no tempo para constatarmos o mesmo comportamento.

Pouca coisa mudou!

Basta haver, em qualquer entidade religiosa uma simples comemoração ou solenidade, para que os ânimos se exaltem e cada um procure, fazendo questão, o seu lugar de destaque!...

Fazemos questão de aparecer como grandes benfeitores, como capacitados e, porque não, como autoridades! Alguns até disfarçam, outros nem isso
conseguem fazer.

Falta humildade no meio religioso!!! Somos ainda pequeninos demais por dentro!!!

O nosso orgulho, a nossa vaidade impediram, até aqui, que crescêssemos na alma. Porém, isso não impede que continuemos trabalhando... Vamos em frente - mesmo pequeninos...

Através da gota a gota do trabalho construtivo em favor do próximo, vamos realizando, também gota a gota, o trabalho de renovação interior.

Um dia alcançaremos e passaremos a ocupar uma posição mais próxima dessa virtude, tão destacada e recomendada por Jesus.

Um dia seremos humildes, com certeza!


NÃO VIM TRAZER A PAZ MAS A DIVISÃO


“Não penseis que vim trazer a paz sobre a terra; Eu não vim trazer a paz, mas a espada; Porque Eu vim separar o homem de seu filho a filha de sua mãe a nora de sua sogra, e o homem terá por inimigos os de sua casa.” (Mateus 10: 34-35-36)
“Eu vim lançar fogo sobre a Terra e bem quisera que já estivesse a arder”’ (Lucas 12 49)

Tomando estas frases ao pé da letra estaríamos classificando Jesus, como um revolucionário perigoso. No entanto sabemos que Jesus era suave, pacífico, um exemplo de doçura. Veio à Terra para pregar a paz e o amor entre as criaturas.

No entanto Ele conhecia a natureza agressiva e violenta da humanidade, ainda ignorante. Conhecia o orgulho das castas, assim como os interesses do poderosos. Portanto, sabia que, aquele que se sentisse incomodado ou ameaçado nos seus interesses, reagiria com violência.

Até dentro das famílias, haveria discórdia e rivalidades, a ponto de se revoltarem uns contra os outros.

O Cristianismo é dócil, só prega a paz e o amor. Mas os opositores interesseiros, acreditavam que seria com batalhas e lutas sangrentas que o combateriam. É por isso, que até hoje vemos as mesmas lutas sangrentas, entre aqueles que se dizem cristãos e os não cristãos. Na verdade nem estes nem aqueles, entenderam ainda as mensagens de Jesus, trazendo o objetivo da vida. Uns matam para impor a sua verdade, outros matam dizendo que é para combater o mal. Os familiares se atacam com zombarias e ou palavras difamatórias.

Vamos trazer estas rivalidades para bem perto? Quantas religiões ou seitas se dizem cristãs e combatem-se entre sí, apenas por algumas divergências de opiniões? Utilizam-se de recursos venenosos, procurando desmoralizar e jogar por terra a que considera rival. No entanto, ambas afirmam apoiarem-se no cristianismo.

Trazemos um pouquinho mais perto: Quantas seitas, instituições, fundações que, dentro da mesma comunidade, criam partidos rivais e combatem-se! Usam os poderes que possuem para perseguir e derrotar os companheiros participantes, taxando-os de adversários e tornando-se verdadeiros inimigos!

Com isso vemos que, até hoje, poucas são as pessoas que entenderam que Deus é um só para todos e que todos somos irmãos.
Que Jesus veio abarcar a todos sem distinção.
Que o amor é o fator básico para o entendimento.
Que nas divergências o amor tem que ser a forte arma de ataque, assim como na defesa a arma poderosa é a dignidade.

A QUEM MUITO FOI DADO MUITO SERÁ PEDIDO

“Aquele servo porém, que conheceu a vontade de seu senhor, e não se aprontou, nem
fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele porém, que não
soube a vontade de seu senhor, e fez coisas dignas de reprovação, levará poucos açoites.
Mas aquele que muito foi dado, muito lhe será exigido; E àquele a quem muito se confia
muito mais lhe pedirão.” (Lucas, 12: 47 e 48).

Quanto uma religião consciente implica em responsabilidade para seus seguidores!

Quando a mãe se surpreende com o erro cometido por dois filhos juntos, um ainda
criança, e o outro já mais crescido. A quem repreende com mais severidade? sabemos
que ao maior, pois, este já aprendeu mais, conhece melhor as exigências da mãe.

E quando um chefe confia uma tarefa importante a um dos seus subalternos, de quem
cobrará a execução do trabalho?
É claro que são alvos de confiança os mais esclarecidos, por isso são especialmente
avisados. Consequentemente terão que responder com maior responsabilidade. E se
falharem, responderão com severidade.

Por isso Jesus diz que os açoites serão mais severos para aqueles que já conhecem as
leis de Deus, ou aqueles que já tiveram a oportunidade de conhecer.

Aquele porém que passa para traz os ensinamentos que já recebeu, e por capricho ou
interesses próprios, dispõe-se a cometer injustiças, vinganças, negando-se a compreender
os erros ou a necessidade de seu próximo, logicamente terão as consequências na proporção
de sua severidade. Pois, a lei é infalível!

Tal alerta é de suma importância para aqueles que estão conscientes de seus deveres e
por ambição tornam-se indignos da confiança que em sí foi depositada. Usam-na para
trair e lesar, para aproveitar a oportunidade e conseguir privilégios e vantagens, sobrema-
neira. Podemos crer que estes são dignos da piedade pública. Talvez nem cheguem a
ser punidos pela justiça dos homens, mas a soberana justiça de Deus, com certeza, cairá
sobre ele com todo rigor.

Não estão excluídos aquí aqueles que negam-se a aprender, alegando não querer respon-
sabilidades.
Esses com certeza, responderão pela oportunidade jogada fora.


A FÉ RACIOCINADA


“Não se turbe o vosso coração: Credes em Deus, credes também em mim”. (João, 14:1)

Ter fé é fundamental para uma vida feliz . Porém, é preciso que seja uma fé raciocinada. A fé não deve ser imposta. A fé é uma conquista, que se consegue através de raciocínio e conclusões.

Ninguém pode se sentir feliz sofrendo, apenas por submissão Deus. Por mais que costumes e tradições interfiram em nossas convicções, no fundo sempre sobra a pergunta: “Por que isso acontece comigo?” “Por que não acontece isso com fulano? “ Uma pontinha de revolta pode permanecer em nossas mentes e impedir a confiança e, assim também, provocar a insatisfação e até a infelicidade.

Enquanto tivermos dúvidas, quanto à grandeza e à justiça de Deus, não poderemos ter a fé verdadeira.

É importante pensar: Fui criado com sabedoria. Portanto... para crescer, para me aperfeiçoar e, nunca, para fracassar. Se fracasso e sofro é porque ainda sou pequeno, mas estou crescendo e, à medida que avanço gradativamente elimino os perigos de cair novamente. Assim, estou a cada dia mais firme e, consequentemente, mais feliz.
Compreendo que, assim como tiramos das mãos das crianças os objetos perigosos e com isso, as fazemos chorar, Deus tira de nós certas regalias que, certamente nos oferecem perigos...

Embora ainda tenhamos dificuldade para perceber ou entender isto, devemos meditar sobre o assunto; que tem muita lógica!... Assim como a injeção ou a cirurgia reparadora, primeiro causam a dor e depois promovem a cura; da mesma forma, também o burilamento ou a correção do espírito, primeiro nos fere e nos causa a dor, mas depois nos aprimora e nos torna mais fortes. Para se tornar brilhante e útil o cascalho tem que passar pelo burilamento.

Por pior que seja a nossa situação no momento, pensemos sempre que o sofrimento é o remédio amargo e doloroso que vai atuar na solução e cura da alma, para nos levar a uma situação melhor.

O importante é pensar o seguinte:

- Nunca perecerei, porque sou eterno e vivo em conformidade com as Leis de Deus, meu Criador.
- No momento, o que sofro faz parte do aprendizado que me faz crescer.
- Este é o recurso que está sendo usado para melhorar minha vida.
- A minha convicção me reforça.
- Sei que nunca estarei só, jamais serei abandonado ou esquecido. Pois estou convicto de que, sou criação Divina.


SERVIR OU SER SERVIDO?


Então, Jesus chamando-os disse: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós. Pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse que o sirva; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mateus, 20: 25 a 28)

Será muito bom quando pudermos entender o verdadeiro sentido destas chamadas de Jesus.

A satisfação em poder se colocar em posição superior entre os companheiros ainda é dominante, mesmo dentro de seitas religiosas. O orgulho ainda ocupa boa parte do nosso interior.

Isto não acontece só com relação a nós mesmos, mas com toda pessoa melhor posicionada socialmente, a qual é mais respeitada e até mais protegida perante os dirigentes de trabalhos espirituais e, muitas vezes, até perante os colegas. Entre muitos, isso é feito até inconscientemente.

Tal procedimento nos mostra que o orgulho e a bajulação ainda falam muito alto em nosso meio.
Temos muito, não só a aprender, mas a nos exercitar quanto ao coleguismo e a igualdade perante Deus. Falta-nos coragem para quebrarmos tão profundas tradições.

“Servir” , no nosso conceito, ainda é tarefa dos simples. Não dos simples que têm a simplicidade como virtude ou qualidade, o que ainda é muito raro entre nós! Mas, dos simples na posição social ou hierárquica.

Dois mil anos ainda não foram suficientes para nos levar a essa compreensão.
Quantos anos teremos ainda pela frente?


SER REALMENTE


“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do corpo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e intemperança.”
“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade”. (Mateus, 23: 25 e 28).

Uma coisa importante é ser. Aparência de ser é outra coisa! A preocupação geral da humanidade terrena é cuidar das aparências. Desde criança recebemos educação através dos pais e das escolas. Aprendemos o que é bonito e o que é feio fazer perante os outros.

Na realidade aprendemos apenas a ser polidos. Aprendemos a nos apresentar corretamente perante a sociedade. Cuidamos do exterior, e de tudo o que impressiona ao mundo em que vivemos. Crescemos fazendo aquilo que a sociedade exige.

Porém, nem sempre nos foram passadas as orientações e exemplos de humildade e de fraternidade. O orgulho, o egoísmo nos domina e, com eles, a ambição faz com que partimos para as disputas e na maioria das vezes, enganamos para alcançarmos as vantagens desejadas.

A falta do sentimento de caridade nos torna frios, duros de coração e sem calor humano.
A honestidade aparente nos leva a por de lado o caráter , a consciência
e a lesar o nosso próximo.

A falta de religiosidade nos torna prepotentes a ponto de nos julgarmos infalíveis e senhores de todas as situações. Caminhamos indiferentes aos sofrimentos e problemas que nossos irmãos enfrentam.

Preocupamo-nos conosco mesmos, defendemos os nossos direitos e os de nossa família. Competimos com frieza, esquecendo as necessidades e sentimentos dos outros.

Agindo dessa forma, carregamos o coração cheio de hipocrisia e iniquidades. A aparência pode ser de grandes cidadãos, e fieis cristãos mas a realidade pode ser outra: É ai que Jesus nos compara a “Sepulcros caiados por fora, e podres por dentro”!


O JULGAMENTO DE DEUS

Disse-lhes Jesus: “Vós sois o que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os nossos corações, pois aquilo que é elevado entre os homem pode ser abominação diante de Deus” (Lucas, 16:15)
“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. (João, 7:24)

Perante Deus somos o que realmente somos e não aquilo que demonstramos ser perante os homens. Quantas pessoas dentre nós vivem apoiadas nas aparências. Sabem bem passar a própria imagem dentro de elevado valor. Por isso, são respeitadas e admiradas, conquistando posições de destaque na sociedade, assim como confiança e credibilidade no meio em que vivem. São tão convincentes nos seus disfarces, que se impõem como dignos e, até, como grandes vultos.

No entanto, no seu íntimo, a realidade é outra. Não perdem a oportunidade de, disfarçadamente, tirar proveitos próprios, que venham a fortalecer sua vaidade e, mesmo, o seu bolso, ou então, o seu pretensioso poder.

Não raro, tiram proveitos até imorais. Usam de sua posição para, secretamente, fazer intrigas, a fim de desmoralizar e bloquear carreiras. Quando as vítimas os acusam, são desacreditadas e, até, ridicularizadas.

Essas pessoas mudam a personalidade de acordo com os interesses do momento.

É comum algumas pessoas esconderem-se atrás de uma religião, onde chegam a ser consideradas baluartes. Lamentavelmente, isto poderá estar acontecendo com alguns de nós. Que fascinados pelas vantagens aparentes, adormecidos, não enxergamos a realidade. Assim podemos estar mergulhados em sérios comprometimentos com a Lei Divina.

Porém, Deus conhece os nossos sentimentos, sabe dos bens reais, assim como sabe dos bens falsos. Permite-nos a expansão, dentro de certos limites que servem de testes e provas para nós.
Chegará a hora da auto-revelação de cada um. A verdade virá à tona na hora exata. Aí seremos julgados e condenados a reparar tantos erros...

Sabe-se lá com que sofrimento seremos impulsionados a ocupar nossos devidos lugares!


O APOCALIPSE

“Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a Terra.
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder, e estar em pé na presença do filho do Homem”. (Lucas, 21: 35 =36)

Não precisamos ir até as previsões de João para entendermos os acontecimentos previstos no Apocalipse.

Pelas palavras de alerta ditas por Jesus, podemos ter nítida idéia do que acontecerá na Terra nesta mudança de ciclo.

Também não temos muito a temer, porque Jesus alerta e ao ;mesmo tempo nos ensina os meios de defesa e de libertação.
“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas essas coisas que tem de suceder”.
E diz mais; “Estai sempre na presença do filho do Homem”.
Isto quer dizer, que não estamos predestinados a passar por todos os acontecimentos catastróficos previstos e anunciados.

Estamos sim, sendo avisados de que podemos nos livrar deles, e que a nossa participação e sofrimentos serão de acordo com à atenção que dermos e a seriedade com que encararmos o alerta.

A vontade e o dinamismo de cada um poderá ter valor fundamental.

No geral estamos a espera da destruição parcial da Terra e dos seus habitantes. Aguardamos, comentamos e não percebemos o que acontece ao nosso redor.

Há quanto tempo as previsões bíblicas vem se concretizando? As guerras, as catástrofes, assim como as tragédias, coletivas ou as individuais, em qualquer época. São acontecimentos que podem transformar o ser humano!

Todos temos as fazes ou os momentos difíceis e até desesperadores em nossa vida. uns de forma muito grave, outros menos graves. Mas sempre visando a nossa renovação espiritual.

Quando Jesus cita, “Aquele dia” quer dizer, o nosso dia de provação, seja através de tragédias coletivas ou individuais, em dia e hora que não estamos esperando.

Vemos, então que tudo o que vem acontecendo a partir da época de Jesus, fazem parte destas previsões e chamamentos.
Para uns é preciso chegar o dia do sofrimento. Enquanto que para outros, simplesmente presenciar os sofrimentos alheios, já servem de grito de alerta.

Apocalipse


Jesus disse: “Quem tem ouvidos de ouvir, ouça, quem tem olhos de ver veja.”

Nós entendemos o que?

Quem não tiver, ou seja, quem não der atenção ou importância, precisa de novas e as vezes dolorosas experiências para aprender e se regenerar.

Com a aproximação da passagem da Terra para mundo de regeneração, acelera-se a necessidade do despertar. Consequentemente multiplicam-se e acumulam-se as oportunidades de ajustamentos e de resgates. São os acontecimentos graves e alarmantes.
Mas, aqueles que já estão conscientes e se propondo a regenerarem-se, serão poupados, como já vem acontecendo.

A própria lei se encarrega de afasta-los dos locais de flagelos, ou de qualquer situação que provoque sofrimentos. Pois, os sofrimentos não são castigos, mas correções, e somente a quem precisa.

“Ouvi outra voz do céu dizendo: Retirai-vos dela povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos. ( Apocalipse, 18: 4)
“Só lobos caem em armadilha de lobos”
“a cada um segundo as suas obras”

Tudo isso quer dizer que, a proporção das nossas qualidades morais e a vigilância é que podem nos livrar de qualquer sofrimento em toda e qualquer circunstância.

Assim também são os requisitos que possuímos que nos garantirão a passagem e a permanência no mundo de regeneração.

A reparação dos estragos e destruições, precisará de muita gente, conscientes e pré
dispostas a lutar e reconstruir.

TRABALHO E CONSCIÊNCIA


“Receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.” Respondeu-lhe, porém, o senhor: “Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeio e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez. Porque ao que tem se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”. (Mateus, 25: 25 a 30).

O trabalho é uma das coisas mais importantes que a vida nos oferece. É por meio do trabalho que crescemos profissional, social e religiosamente.
Ninguém pode viver com equilíbrio sem o trabalho. O trabalho nos torna úteis e experientes.

Instintivamente o ser humano vive à procura do que fazer. Só que, nem sempre nos propomos a fazer algo de utilidade; ou, o que fazemos, nem sempre se torna aproveitável!...

É lamentável os prejuízos e desperdícios provocados por trabalhos irresponsáveis ou mal feitos.
O comodismo e a irresponsabilidade são grandes inimigos da perfeição. As pessoas descuidadas são as maiores vítimas de surpresas desagradáveis.

Tudo o que fazemos bem feito nos impulsiona ao progresso, ao passo que, tudo o que fazemos mal feito dificulta a nossa marcha. E tudo o que dificulta a nossa marcha, automaticamente nos causa sofrimentos.

Podemos evitar muitas situações embaraçosas e, até fases complicadas em nossas vidas, se formos mais atenciosos e cuidadosos no trabalho que executamos.

Há empresas que chegam a modificar seus sistemas de trabalho por falta de pessoas responsáveis e competentes.
Muitas pessoas exigem da vida: cargos, posições e compensações acima da sua própria capacidade e sensatez.
A vida é justa para conosco, porém, nós nem sempre somos dignos da justiça pela qual reclamamos. Nós sempre nos achamos merecedores, mas nunca nos propomos a nos analisar e a fazer a justa avaliação de nossos atos.

Exigimos nossos direitos, comparando-nos aos mais prudentes e capacitados. Mas colocamos nossos deveres ao nível dos mais incompetentes e irresponsáveis. Dificilmente nos colocamos no nosso devido lugar.
Você pode até fazer menos do que faz, mas faça bem feito! Dê mais atenção ao que está fazendo. Conscientize-se da necessidade de se aperfeiçoar.

Trabalho e confiança


Não faça de seu trabalho apenas uma obrigação profissional, social ou religiosa.

Muitas vezes trabalhamos muito mas não produzimos quase nada.
Não se detenha nas falsas aparências. Preocupe-se com o seu real aperfeiçoamento. Não se torne motivo de preocupações ou cuidados para quem o dirige ou chefia. Seja senhor da situação!!!

Faça o que lhe compete fazer, dando o máximo de si mesmo. Amplie sua competência. Aproveite os talentos colocados em suas mãos pela vida. Eles foram confiados a você, faça com que se multipliquem.

Seja uma pessoa positiva e de confiança e, não, um peso negativo dentro da posição que ocupa. Esteja certo de que, quem inspira real confiança torna-se respeitado e considerado. É visto com simpatia e otimismo. E, assim, acabará conquistando a posição que merece...