ORIENTAÇÃO E
ENCAMINHAMENTO NA CASA ESPÍRITA
Apresentação
Este livro tem por finalidade demonstrar como realizar os primeiros atendimentos numa Casa
Espírita. Traz o programa do Curso de Orientação e Encaminhamento, com
base na função do Departamento.
Com este trabalho estamos atendendo
às solicitações de muitas Casas Espíritas, pois
após
completarmos o nosso trabalho no "DEPOE" da FEESP, continuamos recebendo
muitos
pedidos de orientações sobre os mesmos.
Criamos este programa e ministramos o
curso por mais de 30 anos, dentro e fora da FEESP. Com isso adquirimos algumas experiências que
nos permitem divulgar através deste livro.
Vale lembrar que a inteira
responsabilidade deste trabalho é nossa.
Vale lembrar
também, que o trabalho não é uma norma, e que cada casa deve adaptá-lo de acordo com
os seus recursos e necessidades.
Temos certeza de que este programa
poderá esclarecer muitas dúvidas e facilitar a criação do Departamento, assim
como, a implantação do Curso de Orientação e Encaminha-
mento.
Sabemos que os fatores preponderantes
para a execução deste, como de qualquer outro trabalho deve ser boa vontade e
humildade. Precisamos estar conscientes
de que não sabemos tudo.
No "DEPOE" as pessoas que
atendemos, a cada dia nos trazem novas dúvidas, que precisam ser analisadas e
atualizadas.
Por isso é importante que estejamos
unidos no propósito e na fraternidade.
A troca de idéias e informações é necessária entre os servidores do bem.
A Autora
INTRODUÇÃO
O DEPOE tem por
finalidade atender, por
meio de entrevistas
e exames espirituais, crianças, adolescentes e
adultos, orientando-os e encaminhando-os aos trabalhos de Assistência Espiritual
e aos cursos básicos do Espiritismo.
Realiza este objetivo, mediante várias atividades.
Sendo o "Depoe" a porta de entrada da Casa
Espírita, é o seu cartão de visitas. Representa a Casa, pois é o primeiro
contato do assistido. A pessoa que não é bem atendida, vai
embora, levando má impressão da instituição, e muitas vezes, até da Doutrina
Espírita. O atendimento precisa agradar, consolar, passar segurança e
encaminhar à Assistência Espiritual. Após o período de tratamentos, o assistido
é encaminhado aos cursos oferecidos pela Casa.
É preciso saber que o DEPOE recebe pessoas diversas,
com intenções e
interesses diferentes. Umas procuram
alguém ou alguma
coisa que resolva
seus problemas. Outras
buscam um meio,
uma orientação que
as ajude as resolver e suprir suas necessidades. Algumas querem ouvir uma
palavra amiga. Assim também outras querem
apenas falar, ser ouvidas e
compreendidas. Só o desabafo já lhe fará um grande bem.
Temos que estar prevenidos,
porque existem as pessoas
que querem passar por um "raio-x" mediúnico. Também tem
aquelas que vem pregar suas crenças, porque acham que a nossa é errada.
Cada pessoa vai reagir de forma
diferente diante do
nosso atendimento. Por
isso, é preciso que o
colaborador do DEPOE
seja muito bem
preparado, tenha conhecimento teórico
e prático, assim
como precisa se manter
equilibrado emocionalmente.
AOS DIRIGENTES DAS CASAS
ESPÍRITAS
Segundo as experiências adquiridas em meio século de atuação na
Doutrina Espírita, tanto na FEESP, como em várias outras instituições, chegamos
as seguintes conclusões:
O "DEPOE", como porta de entrada, exerce grande atração sobre
as pessoas, assim como é o maior propagador da Casa Espírita. Poderá ser o
ponto de partida para uma caminhada rumo ao
trabalho e consequentemente ao progresso espiritual.
Toda pessoa que toma conhecimento de que a casa tem um atendimento
individual, realizado por alguém especializado, que vai ouvi-la, compreendê-la,
passar-lhe uma palavra amiga e orientadora, fica interessada. Ela vai ser encaminhada depois que contar
seus problemas e mágoas. A assistência
que irá receber é algo especial para seu caso. Sendo assim, entusiasma-se
porque sente-se segura e confiante. Ela vai assimilar melhor o tratamento a que for encaminhada e dificilmente
abandonará a casa.
Sem dúvidas, essa pessoa vai aceitar a escola, que é a continuação
desse tratamento. Na escola, vai aprender a caminhar e automaticamente
sentir-se-á atraída pelo trabalho espiritual, conscientizando-se da importância
do trabalho e do bem que o mesmo lhe fará.
Se essa pessoa
for bem orientada e preparada para um trabalho sério e produtivo, terá a
sustentação espiritual para o resto da vida.
Por esta
razão, vemos o quanto é necessário o "DEPOE" funcionar com
colaboradores bem preparados e conscientes das suas responsabilidades como
entrevistadores.
Da mesma forma, é muito importante a preparação das palestras que
antecedem os tratamentos. Pois estas precisam ser abrangentes na
conscientização das responsabilidades do dia a dia de cada um no momento. De
nada valem eloqüência, palavras bonitas, passagens históricas, se não se discutir a realidade na vivência atual e a
necessidade da transformação de cada um.
Os assistidos precisam saber que o passe irá agir como emergência, é
um socorro misericordioso. Mas, a cura
definitiva e a solução dos problemas, estão
nos conhecimentos adquiridos e colocados em prática no pensamento e na vivência diária. O
assistido precisa ser alertado, de que não adianta só receber o passe. É preciso que cada um faça a sua parte.
O
"DEPOE" tira a pessoa do fundo do poço e a coloca em terra firme.
O Tratamento
espiritual, lhe dá a mão facilitando-lhe o caminho.
A escola
ensina-lhe a caminhar sozinho.
Finalmente, o
trabalho produtivo lhe propicia a libertação e a firmeza. Conseqüentemente, acelera o progresso
espiritual.
1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO
DEPOE
1.1 Composição
do DEPOE
a) Um
diretor geral
b) Um assistente
c) Um
ou mais secretários
d) Um
coordenador administrativo;
e) Um
responsável para cada setor de atividade:
¨
Setor de entrevistas e orientações;
¨
Setor de apoio;
¨
Setor de colegiado de médiuns;
¨
Setor de adolescentes;
¨
Setor de crianças;
¨
Setor de divulgação; caso haja necessidade
¨
Setor de formação e treinamento;
¨
Setor administrativo.
Essa composição é base para uma casa grande. As casas menores devem montar seu
departamento de acordo com as possibilidades e necessidades.
2. SETOR DE APOIO
Estamos juntos
realizando um trabalho de grande responsabilidade.
É um
privilégio poder servir quando a causa é
nobre. No DEPOE atendemos pessoas que trazem todos os tipos de necessidades.
É com o
colaborador do Apoio que essas pessoas têm os primeiros contatos.
O bem-estar e
a confiança delas, assim como a aceitação e a permanência na Casa podem depender da maneira como as
recebemos. Justamente por isso temos que
nos preparar para atendê-las com muita
atenção e amabilidade. Não nos preocupemos com aqueles cujo comportamento não
corresponde às nossas gentilezas.
Se elas
merecem ou não ser auxiliadas é tarefa do Plano Espiritual.
Temos que
levar em consideração que não conhecemos as suas origens; além do que, muitas
trazem grandes sofrimentos, por isso estão impacientes.
Para nós, o
que importa é exercemos o nosso papel de formiguinhas laboriosas, servindo e
compreendendo, sempre com alegria.
Vamos
agradecer a Deus por essa oportunidade de servir, firmes, de mãos dadas,
espalhando bons exemplos, doçura e responsabilidade.
1)
Recepcionista
2)
Atendente
3)
Secretaria
4)
Estatística ou anotador.
Recepcionista
Fica na sala de recepção, recebendo as pessoas.
Passa as informações necessárias. Entrega uma mensagem ou jornal espirita para
as pessoas que vão passar pelas entrevistas e as acomoda nas cadeiras, pela
ordem de chegada. Cuida para que não haja algazarra e para que não leiam
jornais ou revistas profanos.
¨ Não podemos
fazer entrevista na Recepção. Se as pessoas quiserem falar, não se deixe
dominar pela curiosidade. Vamos cortar e dizer: Você vai falar tudo o que
quiser ao entrevistador, que vai orientá-lo.
¨ Se alguém
quiser algo que foge do regulamento, ou
disser que é de outro Departamento da Casa, peça para compreender que são
normas do Departamento e por isso precisam ser cumpridas.
¨
Mantenha-se firme no seu posto. Quando não tiver o que fazer, leia as
mensagens na pasta de esclarecer dúvidas
ou um livro espirita.
¨ Evite conversas demoradas com amigos ou mesmo
assistidos.
¨ Fale baixo, mostrando com isso, que o lugar é
sério e de respeito. Falando em tom baixo, você se impõe ao assistido e poderá
conduzi-lo a respeitar o ambiente.
Atendente
Fica na porta do salão de entrevista, observa as
mesas que estão vagas e acompanha o assistido até à mesa do entrevistador,
obedecendo sempre à ordem de chegada. Esses dois colaboradores devem manter
sempre um sorriso amigo, com palavras suaves e gentis, que inspire confiança a
quem chega. Mesmo aos que chegam mal humorados, exigentes e até indelicados.
Não podemos esquecer que às vezes essa pessoa está
procurando a Casa como último recurso, por isso está em estado péssimo. A nossa
autoridade deve ser a moral e a
amabilidade com que atendemos.
Não devemos deixar que sejam atendidas com
acompanhantes, mesmo que sejam parentes, ou colaboradores da Casa. Quando as
mesmas insistirem, explicar que é norma da casa.
Nunca dizer que é proibido,
mas sim que não podemos desobedecer às normas, sendo que as mesmas são para o
bem do assistido. Na saída, mostrar a porta de saída, pedindo para que
apresente a ficha na mesa de estatística. Agir sempre com muita amabilidade.
Secretaria (trabalho sigiloso)
É o elo de ligação do Colegiado de Médiuns com
o plantão de entrevista.
¨ A ficha preenchida pelo entrevistador é entregue
ao colaborador servindo na secretaria,
e este a encaminha ao colegiado.
¨ Após a orientação
do colegiado a ficha volta para a secretaria. Preencher o cartão externo
com o tratamento indicado. (só o indicado). Nunca acrescentar nem mudar nada,
mesmo que conhecemos o caso e acharmos que está errado ou deveria ser outro.
Vamos confiar no plano Espiritual.
¨A ficha interna
volta à mesa do entrevistador juntamente com o assistido. Onde ele
receberá a orientação que o colegiado passou
-Completar o cartão anotando o horário escolhido pelo assistido.
¨ Cancelar com um grande X os tratamentos não
indicados.
¨ Você colaborador
da secretaria, é um guardião dos segredos dos assistidos. Não permita que sua
curiosidade o leve a ler os sintomas escritos na ficha. Lembre-se que a indisciplina pode anular a
proteção que recebemos.
¨ É comum alguém, sob a alegação de que é da Casa,
querer verificar as fichas do arquivo; não permita, nem mesmo sendo trabalhador
do DEPOE. Seria bom, se na parede da
secretaria tivesse um cartaz, exibindo
esta e outras informações.
¨ Nunca intervenha no tratamento dado, mesmo que
você conheça o caso. Cada um é responsável pelo que faz perante Deus e o
Departamento, e responderá pelo que faz.
¨ Arquive as fichas por ordem alfabética, com o
sobrenome na frente, conforme deve ser escrito na ficha.
¨ Cuidado para não misturar as fichas de crianças
ou de adolescentes com as de adultos.
¨ As fichas de crianças e adolescentes devem ficar
em pastas separadas. ¨
Atenção para as fichas já existentes no
arquivo: Quando chegar uma ficha para o Colegiado, preenchida pelo entrevistador
da segunda vez em diante, procurar no arquivo a ficha correspondente, juntar a
mais recente com um clipe e mandar para o Colegiado. Na volta separar e mandar
para a mesa do orientador apenas a ficha
atual. Quando a mesma voltar para ser arquivada, observar no arquivo se tem
mais fichas, rasgar as mais antigas. Só arquivar a atual, grampeada com a
última já existente. No arquivo ficam apenas duas fichas. Cada quatro meses
retirar das pastas as fichas inativas, rasgando-as em pequenos pedaços, para não
serem identificadas, no lixo.
Estatística ou
anotador (carimbo)
Aparentemente é um trabalho muito simples, mas de grande valia. É
preciso ser feito com muita atenção, porque dependemos desse trabalho para se
executar outras tarefas administrativas. E como em todas as Casas, a
estatística demonstra o que ocorre e, dependendo dessa base é que vamos buscar
a solução para as falhas do trabalho em geral.
¨ Verificar se a ficha de tratamento está
corretamente preenchida e com letras legíveis.
¨ Se o entrevistador colocou na ficha o seu visto e
o número de seu crachá e se cancelou os tratamentos não dados.
¨ Coloque o carimbo,
do DEPOE
¨ Coloque o seu visto o número de seu crachá.
¨ Não deixe ninguém sair sem apresentar a ficha para carimbar. A ficha sem carimbo é
considerada clandestina.
¨ Anote na folha da estatística que corresponde ao
tratamento, observe quando tem mais de uma assistência a anotar. Esta folha é
trocada a cada mês e com ela é feita a estatística anual.
"Amigo colaborador deste
setor": O seu trabalho neste Departamento é muito importante. Sua
participação e assiduidade colaboram muito para que o Departamento se mantenha
em equilíbrio.
Todo trabalho dentro da Doutrina
espírita é muito importante, por isso, cada um deve fazer o MELHOR POSSÍVEL, só
assim estaremos cumprindo nossa tarefa.
3. COLEGIADO DE
MÉDIUNS
Finalidade,
composição e treinamento
O colegiado
de médiuns é o setor mediúnico do "DEPOE". Congrega os servidores que
atendem os casos em que, devido a sua complexidade, se façam necessário a
consulta diretamente ao plano espiritual
Para
colaborar no Colégio de Médiuns, exige-se treinamento feito no DEPOE:
Para
fazer esse treinamento é preciso, no mínimo, estar cursando o primeiro ano
mediúnico e ter feito o curso de passes.
Aos Médiuns:
A você, companheiro, que é médium,
que está tendo a oportunidade de pôr em prática seu trabalho, tarefa esta
que certamente você traz como compromisso de acordo com as próprias
necessidades lembre-se sempre: este trabalho é gratificante quando encarado com
seriedade.
A fim de cumprir suas finalidades o colegiado
funciona com:
1)- Um
responsável pelo setor,
2)- Um
dirigente para cada período de trabalho.
3)- Médiuns treinados em telepatia, vidência, audição e
inspiração.
Seria bom, se para cada período, tivesse pelo menos dois médiuns e um
dirigente. Porem quando necessário poderá funcionar com menor número. O importante é a responsabilidade e a
humildade dos colaboradores. Os nossos
companheiros espirituais, não nos desamparam nunca desde que haja sinceridade e
seriedade no trabalho.
O
treinamento para estes médiuns, deve ser feito por pessoas conscientes, com
relativa experiência no campo mediúnico, e bom conhecimento
evangélico-doutrinário . É necessário que o médium já tenha cursado Educação
Mediúnica e curso de passes. Esse
treinamento é feito através de exercício de concentração e ligação com os
mentores. Lembramos que, não é um
trabalho de adivinhação, mas sim uma captação da orientação passada pelo plano
espiritual.
Tanto o Dirigente, como os médiuns, precisam conhecer os trabalhos da
casa, para tanto pode-se fazer um pequeno estágio em todos os trabalhos
existentes na Casa.
Os
médiuns não devem saber a quem pertence a ficha a ser examinada, para não haver
interferência, caso conheça o assistido.
Lembramos mais uma vez, que este trabalho é de grande responsabilidade e
exige muito dos colaboradores. É preferível não tê-lo na Casa Espírita do quer
manter um trabalho ineficiente.
Observação: Quando o colegiado não pode acompanhar,
os dias e horários que o plantão de entrevistas funciona deve-se agir da
seguinte forma: o entrevistador, notando a necessidade de passar o assistido
pelo colegiado, preenche a ficha própria, a secretaria arquiva-a em pasta
própria, encaminha o assistido para uma
assistência avulsa existente no horário, pedir para que volte na semana
seguinte, para isso ele leva uma pequena ficha de identificação. Neste
retorno será devidamente orientado e
encaminhado pelo mesmo entrevistador que o atendeu..
O
colegiado se reunirá, nos dias e horários marcados, e atenderá as fichas arquivadas, colocando-as
em outra pasta já com a orientação feita. (Os dias e horários dos trabalhos do
colegiado deve ser fixo quantas vezes for possível na semana.)
A Casa que ainda não tiver
condições de formar o colegiado de médiuns, pode fazer este trabalho apenas com
os entrevistadores, observando que os sintomas citados pelos assistidos
coincidam com a orientação. para os tratamentos Pasteur.
Também a Casa que ainda não
possui os tratamentos Pasteur, devem encaminhar para os que . existe na
casa. O plano maior, suprirá as nossas necessidades desde que
feitas com amor e dedicação. Gostaríamos de lembrar mais uma vez que, a maior
importância nos tratamentos espirituais, é o conhecimento do Evangelho e da
Doutrina Espírita adquirido e colocado em prática. Portanto a recomendação de leituras e as
palestras que antecedem ao passe, devem ser reforçadas.
4. CURSO DE
ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO
Este curso visa o desenvolvimento da
vivência diária. O aluno deve ser
conscientisado
da seriedade do trabalho, pois este exigirá
muito de cada colaborador.
Tanto o curso como todo atendimento
dos entrevistadores e colaboradores do apoio não faz uso de mediunidade.
O
curso de entrevistadores do "Depoe" segue dois livros, que
embora sejam independentes
entre si, completam-se nas orientações,
tanto no curso como no trabalho do Departamento.
O primeiro é:
"A Vida Nossa de Cada Dia", usado no primeiro semestre. São
17 capítulos , passados em 15 aulas, que
podem ser desdobradas ou algumas inclusas A conscientização é passada
no final do curso.
As aulas são comentadas ou discutidas
entre os alunos e professores. Por se tratar de assuntos do cotidiano,
promovem uma reflexão
e um conseqüente
amadurecimento, que reforça a
compreensão e o entendimento do aluno. Dessa forma, o entrevistador estará mais firme e seguro nas entrevistas
que realizará.
O segundo semestre utiliza o
livro que temos
em mãos que trata da parte
prática do trabalho. Portanto, aborda a
forma de atendimento com as técnicas e habilidades necessárias. O curso é ministrado em um ano, geralmente de
março a novembro. São mais ou menos 32 aulas, com muitas perguntas e troca de idéias.
As aulas devem ser movimentadas e
alegres para envolver os
alunos e evitar a distração ou até mesmo o sono. Para ingressar nesse
curso, a pessoa precisa
trazer uma certa bagagem de
conhecimentos Evangélicos -
Doutrinários. Precisa ter
freqüentado os curso
de base da Doutrina, além de atender os requisitos necessários listados
a baixo.
4.1 Requisitos exigidos pelo "DEPOE"
O plantão do "Depoe" ,
é coisa
muito séria é
preciso saber que todos os cargos
são de muita responsabilidade. Para ser
entrevistador, são exigidos os seguintes requisitos:
1)- Curso
de formação de colaboradores do "Depoe" - Para este
exige-se estar cursando
Educação Mediúnica ou Aprendizes do
Evangelho, e também o curso de passes.
2)-
Ter acima de 25 anos - Antes dessa
idade, dificilmente se tem
o amadurecimento
necessário para o atendimento.
3)- Ouvir
bem - para entender bem o que o assistido fala e não o fazer repetir várias vezes
a mesma coisa. É desagradável para o
assistido, sentir que não está sendo entendido.
Em um desabafo, muda-se muito a maneira
de se expressar, por isso a repetição se torna
inconveniente.
4)- Falar com clareza - a mesma coisa do
item acima. Se a pessoa não entender o que falamos
perde o interesse pela entrevista.
5)- Não fumar - O fumo é um vício, uma
dependência. Além disso, o fumante
exala cheiro
de fumo,
tornando a entrevista desagradável.
Porém existem outros
vícios tão graves
quanto o fumar e, portanto, desaconselháveis.
6)- O
Álcool - É semelhante
ao fumo ou pior, porque altera
as ondas mentais, portanto
o trabalho se torna impraticável.
7)- Ter uma relativa cultura - A cultura nos
ajuda a desempenhar melhor o trabalho. No
Plantão atendemos
muitas pessoas cultas, e se falarmos
muito errado, tivermos
dificuldades
para preencher a ficha,
escrevermos errado, causaremos
má impressão ao
assistido e
poderemos ser desacreditados. É suficiente ser bem alfabetizado, escrever
certo sem dificuldades ; a vivência pode
ajudar muito.
8)- Ter
vivência - Sem vivência não temos condições de entender os problemas dos
outros.
9)- Ter bom
conhecimento Doutrinário - porque com conhecimento sabemos encarar melhor
os problemas expostos. Só com conhecimentos podemos ver os problemas
à luz do Evangelho . Dessa forma, exercemos maior domínio sobre a
entrevista, porque muitas pessoas vem ao plantão para nos pregar
a sua crença, e se perceber que temos pouco conhecimento doutrinário, vai
querer assumir a liderança da entrevista
10)-
Ter conhecimento dos trabalhos de
assistência espiritual da Casa -
isso para podermos
encaminhar corretamente.
11)-
Ter aparência discreta - É muito
importante não usarmos
trajes exagerados. Para os
homens barba e cabelos aparados, camisa
abotoada ou fechada. As mulheres devem trajar-se de maneira simples, sem jóias, sem muita
maquiagem, sem decotes e cavas exageradas , nada que seja chamativo, podendo
ser elegantes mas sem exagero. A pessoa insegura tenta se impor pela aparência
sofisticada. A simplicidade e a discrição
passa segurança e firmeza.
Você, entrevistador, possivelmente é o
primeiro contato que tem uma pessoa que
procura o Espiritismo. Muitas
pessoas vem a Casa Espírita
dispostas a ficar e aprender, mas, tantas
outras vem prontas a
criticar, até mesmo por influência de entidades acompanhantes. Por tudo isso, a
sua responsabilidade é grande, porque a permanência dela pode depender da sua
postura. Procure não chocar com gestos e
palavras inadequadas. Seja você mesmo, sem esquecer o seu semelhante. Fale
baixo, mas, audível. Evite falar muito perto das pessoas, pois eventualmente,
podemos estar com hálito forte e
desagradável. O mesmo deve ser observado,
com relação a transpiração do corpo e ainda com relação a perfumes, pois, todo excesso
pode ser desagradável.
Alerta aos
entrevistadores
Caros companheiros do DEPOE.
Você sabe que todas as pessoas que se
propõem a ajudar o próximo, ouvindo desabafos, passando orientações e palavras
amigas, correm o sério perigo de se tornarem alvo de admiração e apego por
parte de necessitados carentes?
Isso pode confundir o assistido e levá-lo
a misturar as emoções, principalmente os de sexo oposto. É preciso tomar muito
cuidado com o atendimento repetitivo a certas pessoas. Por precaução, esse
procedimento é contra o regulamento do DEPOE e está claro neste livro.
Nas Casas espíritas e, principalmente
no nosso departamento, não se pode criar vínculos com os assistidos. Temos que
evitar terminantemente alimentar ilusões doentias. Além do que, não podemos nos
tornar vítimas das próprias ilusões, ilusões estas causadas pela vaidade que ainda
existe em nós, e que por isso são reforçadas pelas forças negativas. Portanto,
a
nossa
obrigação é tomarmos o máximo cuidado, pois que, ainda assim, poderá ser pouco.
Não nos esqueçamos de que prestaremos
contas a Deus e à vida sobre tudo o que fizermos em nome do trabalho espiritual
que nos é confiado.
Vamos servir com firmeza, esperança e
garra. Fomos colocados nesta tarefa porque temos condições de realizá-la com
eficiência.
Coloquemos nossa capacidade e boa
vontade em ação. Então, se algo nos faltar, Deus suprirá.
4.2 Objetivo da entrevista
O objetivo da entrevista é permitir
ao entrevistador, compreender, através
dos sintomas relatados, o problema e a situação do entrevistado,
conduzi-lo à assistência adequada, a fim de recuperar-se e adquirir capacidade
de pensar e se auto analisar dentro do
Evangelho de Jesus, além de servir como desabafo.
A assistência a ser encaminhado,
consiste em tratamento espiritual, leituras e escola.
4.3 Técnicas
da entrevista
Para alcançar o objetivo durante a entrevista, o
entrevistador não pode querer resolver os problemas dos assistidos. Em primeiro
lugar, porque na maioria das vezes não é possível, e também porque a função
dele é encaminhar o assistido e não carregá-lo no colo. Por exemplo: Quando a
pessoa está sem emprego, devemos incentivá-la a procurar, dar até algumas
sugestões, mas nunca assumir qualquer compromisso com indicação ou
recomendação, porque isso pode acarretar problemas para o entrevistador e para
a Casa, pondo em risco a sua credibilidade.
-Não querer ajudar com dinheiro, porque se a pessoa
for acomodada, vai se aproveitar da situação e poderá ficar mal acostumada
(Isto é comum acontecer). Nesse caso, indicar o departamento apropriado, se
existir na Casa.
-Não incentivar a parar os tratamentos médicos,
psicológicos e outras terapias.
-Não entrar em discussão política, esportiva,
religiosa ou doutrinária.
-Não exigir que a pessoa abandone a sua religião ou
crença só porque veio à Casa. Isso ela fará gradativamente, sem a nossa
interferência.
-Não procurar inteirar-se de assuntos que se
relacionem com a vida particular do assistido, apenas para sabermos algo mais.
Devemos evitar perguntas desnecessárias.
-Através das perguntas abaixo, conseguimos dados
suficientes para encaminhar o assistido adequadamente. Fatos e detalhes que a
pessoa não relatar, não devem ser forçados, pois significa que ela não deseja
se expor.
-Não podemos invadir a privacidade de ninguém. O
importante é que a pessoa LEIA, OUÇA e ASSIMILE o EVANGELHO.
-Perguntas que podem ser feitas, se necessário: sua
saúde é boa? Dorme bem? Alimenta-se normalmente? Tem bom relacionamento com a
família? E com os colegas de trabalho, pessoas de contato?
-As perguntas devem ser feitas de acordo com a necessidade.
Não podemos fazer da entrevista um bate-papo.
-Não vamos adivinhar nada e é preciso que o
assistido saiba disso.
-Não revelar vidência, inspiração, nada que se
relacione a mediunidade. As interferências mediúnicas, que por acaso surgirem,
ou são fruto da nossa imaginação, ou são apenas para nos orientar. Se
revelarmos, vai prejudicar o assistido, porque ele não está preparado para
ouvir revelações e também para não alimentar o vício de recorrer aos Espíritos
para toda e qualquer decisão. Na nossa opinião,
tal procedimento deve ser PROIBIDO NO DEPOE.
-Não citar fatos conhecidos nossos, acontecimentos
alarmantes, notícias de jornal etc.
- Não usar ninguém como exemplo, nem nós mesmos.
Cuidado para não contar os próprios problemas.
- Nunca prometer curas ou solução para o caso.
Devemos frisar bem que tudo depende do merecimento e boa vontade dele mesmo.
Nós sabemos que existem problemas cármicos e de sintonia vibratória que só
podem ser atenuados por meio do conhecimento e mudança de comportamento do próprio
assistido.
- Nunca dizer que a pessoa é médium, que precisa
desenvolver a mediunidade. Em primeiro lugar porque ela pode ficar com medo e
ir embora, também porque os sintomas enganam.
Pode ser apenas perturbações espirituais, doenças físicas, perturbações
psíquicas etc. Além do que ela vai se desinteressar pelos tratamentos, pela
leitura, e pela escola, porque o seu único interesse passa a ser o de
desenvolver a mediunidade para resolver os seus problemas.
Como as Casas bem orientadas não oferecem este
trabalho sem escola, ela vai procurar outro local, onde poderá encontrar
dirigentes desavisados e fazer um falso desenvolvimento.
São as calamidades que se realizam em nome da
mediunidade. Se ela perguntar se tem mediunidade, dizer que através dos cursos
ela própria descobrirá.
Se falarmos que a pessoa é médium, corremos
inclusive o risco de, por tratar-se de perturbação espiritual, ao desaparecerem
os sintomas, a pessoa imaginar que o tratamento da Casa fez com que ela
perdesse a sua mediunidade.
-Não vamos querer ensinar doutrina. Não dá tempo e a
pessoa pode confundir-se. O que precisamos fazer é incentivar a leitura do
Evangelho e explicar que este mostra a realidade da vida, como resolver os
problemas, como enfrentá-los e como evitá-los. Além disso, se a pessoa
porventura estiver acompanhada de algum Espírito, este também vai aprender com
a leitura e automaticamente tomar seu caminho, deixando assim de perturbá-la
(só explicar isso se ela tocar no assunto).
-Não podemos indicar médicos ou remédios. A
indicação de médico pode despertar desconfiança de interesses particulares. E a
indicação de remédios por leigos é proibida pelo Código Civil. No DEPOE deve
ser proibido indicar profissionais de qualquer campo, mesmo que ele seja
espírita.
-Não se mostrar surpreendido ou admirado com os
problemas do assistido. Tudo é normal para a época em que vivemos.
-Não se mostrar impressionado nem indiferente ao
sofrimento do assistido. Mostrar sempre a grandeza de Deus e das Leis da
Natureza.
-Não demonstrar superioridade por ser o atendente e
não o atendido. Vale lembrar que há algum tempo estávamos sendo atendidos
também, e que continuamos a ser atendidos pelo
plano espiritual.
Muitas vezes não demonstramos superioridade, mas nos sentimos
superiores, o que nos faz entrar em sintonia negativa da mesma forma.
-Nunca exigir que a pessoa compre o Evangelho na
Casa (por causa do comércio).
-Nunca condenar qualquer ato do entrevistado nem
concordar com aquilo que achamos errado. Devemos mostrar que tudo que foge da
Lei de Deus acarreta sofrimentos. Nos casos de aborto ou outros deslizes, é
importante dizer que Deus nos dá sempre novas oportunidades de reparar os
nossos erros. (Não estamos nos referindo ao aborto necessário, indicado pelo
médico ou expontâneo.)
-Não devemos permitir que nos façam elogios.
Procurar mostrar que outros companheiros em nosso lugar fariam o mesmo. Cuidado
com o orgulho e a vaidade, que podem nos fascinar, tornando-nos presas de
fortes obsessões.
-Evitar atender a mesma pessoa repetidas vezes. Isso
pode criar elos de ligação mental e emocional. Explicar que todos têm
possibilidades de atender e ajudar, que todos fazem o mesmo trabalho, e que
cada plantonista tem experiências diferentes a transmitir.
-Não podemos querer acompanhar os casos, pois não
somos profissionais de atendimento psicológico. Somos apenas entrevistadores e
encaminhadores. “AJUDA E PASSA” – diz o Evangellho.
-Não encaminhar a outros locais de trabalho que não
sejam kardecistas,
alegando ser trabalhos mais fortes. Temos que
entender e passar para o assistido que o tratamento da Casa e a elevação do
padrão vibratório o tirará de tal situação. O CONHECIMENTO NOS LIBERTA.
-Não marcar encontro em outros locais para
prosseguir a entrevista, como lanchonete, corredores e outros locais dentro ou
fora da Casa
-Não dar endereço ou número de telefone para novos
entendimentos. Isto e o acima citado acarretam perturbações para o
entrevistador e são prejudiciais para o assistido. Vamos lembrar que aqui na
Casa temos cobertura espiritual, e transgredindo o Regulamento, certamente a
perderemos. Assim, poderemos ser
atacados por eventuais obsessores que
acompanham o assistido.
-Cuidado para não dar conselhos ou opiniões
pessoais, isso pode acarretar responsabilidade sobre aquilo que não compete a nós,
colaboradores.
4.4 A entrevista correta
¨ Se for possível, atenda a pessoas do mesmo sexo.
ISTO NÃO É REGRA, apenas pode permitir ao assistido que fique à vontade para
falar de assuntos mais pessoais.
¨ Gentilmente convide-o a sentar-se.
¨ Pergunte se é a primeira vez que participa da
entrevista.
¨ Qual o motivo que o trouxe para a entrevista ou
para a Casa. Se for retorno, solicitar a ficha anterior para certificar-se do
seu aproveitamento e assiduidade.
¨ Ouça atentamente os problemas, observando as causas.
Se for doença material, incentive a uma consulta médica, juntamente com o
tratamento espiritual (um completa o outro). Se for problema espiritual,
encaminhe ao tratamento adequado.
¨ Mostre a necessidade da leitura do Evangelho. Não
há necessidade de que o assistido leia em voz alta, pois o mesmo poderá sentir-se inibido, e
simplesmente deixar de ler. Mas, a opção é de quem está lendo. O IMPORTANTE É
LER O EVANGELHO, ENTENDER E COLOCÁ-LO EM PRÁTICA.
¨ Após a entrevista, esquecer o que se passou e ouviu.
Isto parece difícil, mas é só questão de treino. Não podemos nos prender ao
problema, mesmo porque todas as vezes que pensamos ou falamos, nos ligamos ao
caso, podendo atrair suas entidades e perturbações.
¨ O plantonista precisa ouvir mais do que falar,
porque muitas vezes só o desabafo já causa grande melhora. É importante não
interromper o desabafo.
¨ O que ouvimos durante a entrevista É SEGREDO. Em
hipótese alguma podemos comentar, nem com os parentes mais íntimos, nem entre
nós, colegas de trabalho. Não deveríamos ficar impressionados com o que
ouvimos, mas se isso acontecer, e o caso estiver nos “prejudicando
psicologicamente, podemos procurar um colega de nossa confiança e desabafar,
sem identificar o assistido”.
¨ O Plantão é um “confessionário”. O sigilo tem que
ser rigoroso. Isto porque, no plantão, ouvem-se coisas muito íntimas. Se
contarmos aos outros, além de nos prejudicar, vamos prejudicar também o
assistido. Em vez de ajudar estaremos sendo falsos, indignos da confiança que
nos foi depositada. Estaremos falhando perante DEUS e perante nossa tarefa.
¨ O entrevistador precisa manter a liderança no
trabalho. Por isso, deve procurar aprender sempre mais.
¨ O entrevistador precisa ser muito dedicado e
amável, ser portador de boa educação, tratar com muito carinho, mas com
energia.
¨ Muitas vezes as pessoas chegam e falam de maneira
revoltante, blasfemam contra Deus e se julgam vítimas de tudo, acham que todos
são culpados de seus problemas. É preciso compreender e depois de ouvir tudo,
procurar convencê-lo de que DEUS É BOM, e o que está acontecendo é por um
desajuste qualquer, e que mediante o tratamento, e com muita boa vontade da
parte dele, tudo PODERÁ se
normalizar.
¨ O entrevistador deve ter atenção especial para o
fator tempo, que é muito curto. A entrevista deve ser abrangente, mas sucinta,
atingindo no máximo quinze minutos, a não ser em casos excepcionais. Vale
lembrar que podemos enganar aos nossos colegas e aos supervisores quanto à
necessidade de prolongar a entrevista; no entanto, não enganamos a Deus nem a
nossa consciência.
¨ Atender nas mesas somente a uma pessoa. Não
permitir a presença de acompanhantes, a não ser em casos de pessoas deficientes
auditivos, com dificuldade para falar ou se comunicar de maneira geral. Se a
pessoa fala e ouve, deve ser atendida só, para poder falar e se manifestar com
segurança e liberdade Não se deixar vencer pela insistência do acompanhante ou
mesmo do assistido, muitas vezes ele está sendo forçado (coagido) a fazer isso.
Dizendo que é regulamento da Casa, ficamos livres de qualquer acusação ou
responsabilidade.
¨ Se um casal insistir, dizendo que o problema é dos
dois, por isso querem expor juntos, passar o caso ao coordenador que
determinará o atendimento, primeiramente individual e depois juntos.
¨ Não se esqueça de que a leitura e as palestras que
antecedem os passes são de suma importância podem ajudar muito. Passe isso ao
assistido.
5. Forma de
encaminhamento: sintomas e fichas
Estes modelos de fichas, são usados na FEESP. as Casas
Espíritas, fazem as suas opções.
5.1 Atendimento a adultos (acima de 14 anos)
Assistência 3 (A-3) ou Choque Anímico
(Colocar aqui a ficha n 1)
Choque de amor direto no obsessor, acompanhado de
passe espiritual, antecipado por breve palestra.
São encaminhadas: pessoas com sintomas de depressão,
nervosismo, inquietação, negativismo, ciúme exagerado, dificuldades de
encontrar emprego, situações de negócios que não se concretizam,
desentendimentos no lar, no emprego, crises de choro sem motivo aparente, dores
indefinidas, taquicardia, insônia, visões, dificuldades de concentrar-se, de
fazer preces etc.. todos esses sintomas e situações, sem perder o sentido
(desfalecer) e sem perder o controle.
Coloque a sigla A-3 na frente da palavra Assistência.
Assinale com um X o quadrinho indicando o dia da
semana
Inutilize o quadro A-2 conforme figura.
Não esqueça de colocar o número do seu crachá.
Esta ficha pode ser dada à pessoa que procura
tratamento para terceiros, mas somente quando a pessoa estiver impedida de vir.
Assim que essa pessoa intermediária estiver
preparada, deve ser encaminhada para a escola, mesmo continuando o tratamento
para a outra.
NOTA: Muitos casos são encaminhados para o Colegiado
de Médiuns sem necessidade, encaixam-se muito bem nessa assistência.
Assistência 2
(A-2) ou Reforço Áurico
(Colocar aqui a ficha n.2)
Palestra Evangélico-doutrinária, com duração de
quarenta minutos, e que tem por finalidade esclarecer sobre a vivência diária,
simultaneamente com o tratamento coletivo efetuado pelo Plano Espiritual
durante a própria palestra. Em resumo, ela ensina a fechar as portas às
negatividades e automaticamente abri-las para as influências e manifestações
positivas. Mediante o esclarecimento, este trabalho contribui para a solução
dos problemas apresentados pelo assistido.
São encaminhadas: Pessoas com inseguranças, dúvidas,
decepções, com falta de incentivo e de ânimo para lutar, pessoas com
chamamentos leves para as tarefas espirituais, e que com os conhecimentos
adquiridos nas palestras podem despertar e equilibrar-se. É o tratamento
adequado também para as pessoas que estão à procura de algo mais, pessoas
interessadas em conhecer a Doutrina e que estejam em condições de ouvir e
assimilar a palestra.
Serve também para complementar outros tratamentos e
é a preparação para o Curso Preparatório.
¨ Coloque a sigla "A-2 " na frente da
palavra Assistência.
¨ Inutilize o quadro A-3 conforme figura.
¨ Assinale o dia e horário em que a pessoa pode
fazer o tratamento.
¨ Não esqueça de colocar o número de seu crachá.
Assistência
3/2 (A-3 e A-2) – Conjugado
(Colocar aqui a ficha n.3)
São encaminhadas: pessoas precisando do Choque
Anímico (A-3) e em condições de assimilar e manter-se equilibradas durante as
palestras da Assistência 2 (A-2).
A cura torna-se mais rápida e mais fácil com a ajuda
do esclarecimento recebido nas palestras. Este tratamento é muito eficiente e
pode ser considerado completo, desde que a pessoa se proponha a assimilá-lo.
Esta ficha também pode ser dada para quem procura
tratamento para terceiros. Pedir para, quando sentar no grupo, pensar
firmemente no outro e prestar muita atenção nas palestras.
Coloque na ficha o nome do portador. Assim que ele
estiver preparado, encaminhá-lo à escola, mesmo continuando o tratamento para
outra pessoa.
¨ Coloque a sigla 3/2 na frente da palavra
Assistência.
¨ Assinale os dias da semana e horário da
Assistência.
¨ Não esqueça de colocar o número de seu crachá.
Assistência 4 (A-4) ou Tratamento Familiar
(Colocar aqui a ficha n.4)
Trata-se de uma palestra de 40 minutos sobre
assuntos e problemas familiares, simultânea com o tratamento coletivo efetuado
pelo Plano Espiritual. É acompanhada do passe espiritual.
Trabalho contém 10 palestras com os seguintes
temas:-
1)- Família
2)- Casamento
3)- Divórcio
4)- Ambiente doméstico
5)- Pais e Filhos
6)- Tóxicos
7)- Perante o sexo
8)- AIDS
9)- Amor Livre
10)- Aborto
É necessário que os expositores sejam bem preparados
e que os temas sejam desenvolvidos de maneira simples, abrangendo o dia a dia
atual.
Os assistidos recebem o passe espiritual na entrada
para a palestra.
São encaminhadas: todas as pessoas cujos problemas
se relacionam diretamente com a família; quase sempre é a complementação do A-3
ou dos Pasteurs. Este trabalho deve ser incentivado para todas as pessoas que
tiverem condições de fazê-lo, pois é um tratamento muito útil em qualquer
circunstância.
Vamos valorizar este trabalho. Ele traz lições de
vida importantes para todos, inclusive para nós colaboradores.
NOTA: Este tratamento pode ser dado acompanhado de
qualquer outro tratamento. Ambos feitos ao mesmo tempo.
5.2 Encaminhamento
para o curso preparatório
(colocar aqui a ficha nº5)
O encaminhamento é feito pelo "DEPOE"
São encaminhadas: as pessoas que terminaram todos os
tratamentos necessários e estão preparadas para a escola. Pode ser depois ou
mesmo durante a Assistência 2.
A idade mínima para o Curso Preparatório é de 16
anos.
EVITE MANTER SEM ESCOLA O ASSISTIDO POR TEMPO
DESNECESSÁRIO NOS TRATAMENTOS.
Leia texto sobre este encaminhamento.
5.3 Tratamento à distância
Todos os tratamentos
podem ser recomendados
à distância, porém,
é preciso tomar certos cuidados:
Quando a pessoa necessitada não dá valor ao mesmo, ou então, tem condições de
procurar pessoalmente e não vai por comodismo.
Quando a pessoa não quer ou não acredita
no
mesmo. Nesses casos o tratamento a distância surte o mesmo efeito de
uma prece, ou
uma vibração. Pode ajudar muito, porque nenhuma emissão de
energia é desperdiçada, se foi
direcionada a certa pessoa, é
natural que pertence a ela. Porém é necessário que a mesma se faça digna de
capta-la através de bons pensamentos e atitudes positivas.
Quando a pessoa necessitada não
tem condições de chegar ao local de tratamento, por motivos
realmente justos, os resultados podem surgir de imediato mesmo que não seja
notado
Como
fazer :- A pessoa intermediária, leva a ficha correspondente ao tratamento
indicado com a observação "a distância" passa pelo grupo do
tratamento normalmente, pensa
no
assistido, como se o mesmo estivesse ali no seu
lugar. O assistido deve
estar ligado em pensamento. A leitura do Evangelho, antes, durante ou
depois, ajuda muito.
Se a pessoa intermediária estiver
necessitada, de tratamento, vai receber junto.
Não ha necessidade de passar outra vez pelo grupo e nem de ter outra
ficha, mesmo que o tratamento seja
outro. Temos que acreditar que quem se
propõe a ajudar
o próximo com sinceridade, recebe o que precisa por
acréscimo de misericórdia de Deus, basta confiar.
5.4 Gestantes
O tratamento, assim como, o
atendimento à gestante não é diferente
dos demais. Após consultar vários grupos
de médiuns, chegou-se a conclusão de que a
gestante pode receber qualquer tipo de tratamento
espiritual, assim como colaborar em qualquer trabalho espiritual, desde que
respeitando sempre o estado avançado e as dificuldades físicas.
5.5 Colaborador em tratamento
Quando o colaborador sentir que não
está bem, pode recorrer
ao tratamento espiritual,
porém não é prudente
entrar logo em tratamento continuado, alguns passes avulsos, algumas
palestras, podem ajudar muito. Não
devemos esquecer que o equilíbrio da
mente é a base da cura e
solução para todos os males, portanto,
a boa leitura, o
recolhimento em preces, boa música, e meditação são os
principais e verdadeiros tratamentos. Só
deixar de trabalhar se a doença impedir a locomoção, ou
a perturbação interferir no comportamento durante o trabalho
É bom
lembrar que o
trabalho espiritual é a
maior sustentação do ser humano. Se o tratamento for para
uma terceira pessoa (a distância) também não deve impedir o trabalho.
É
aconselhável, a Casa manter um reforço Espiritual, para os colaboradores, mais
ou menos a cada 4 meses. Esse reforço pode ser uma série de 4 semanas, de
Pasteurs 1/2, conjugado antecipado pelo passe Espiritual.
Observação:
É importante saber que o termo tratamento usado por nós, significa apenas
tratamento espiritual.
5.6 Encaminhamento
para o colegiado de médiuns
(colocar aqui a ficha n.º 6 interna)
O
Colegiado de médiuns é o setor de verificação mediúnica do DEPOE
Os encaminhamentos para o Colegiado de Médiuns devem
ser feitos APENAS NOS SEGUINTES CASOS:
1 - Sempre que há envolvimento espiritual grave,
perda da vontade própria, perda do controle, desmaios, ataques epilépticos,
crises de alucinações, idéias fixas em vingança, acentuada mania de
perseguições, idéias de suicídio,
fascinação, subjugação, desinteresse total de lutar pela vida, vícios
incontroláveis,
2 - Sempre que a pessoa vier de seitas ligadas à
Mediunidade,
porque
desconhecemos o nível do trabalho freqüentado e até que ponto existe um comprometimento entre si.
3 - Sempre que há uma certeza ou uma suspeita de
doenças incuráveis ou consideradas grave; quando se aguarda uma cirurgia grande
ou já fez a cirurgia e está convalescendo; em caso de tratamento médico
prolongado sem resultado e que já tenha passado pela Assistência 3.
4 - Enfim, em todas as situações que se apresentam
confusas ao entrevistador, o caso deverá
ser encaminhado com a ficha própria para um exame espiritual no
Colegiado de Médiuns.
ATENÇÃO: A ficha que foi para o Colegiado deve
voltar para o mesmo orientador que a preencheu. Aí o assistido receberá apenas
as orientações vindas do Colegiado. Evite comentar os problemas já relatados, a
não ser que o assistido insista em falar algo mais.
No retorno, após o término da assistência “Pasteur”,
se o orientador, durante a entrevista, achar que o assistido teve bom
aproveitamento, já está bem e consciente do que deve fazer para melhorar ainda
mais, poderá dar alta do Colegiado e passá-lo para o tratamento comum, sem
precisar consultar o Colegiado.
Lembre-se de que não podemos nos isentar de toda responsabilidade, encaminhando
tudo para os Espíritos e médiuns resolverem. A nossa parte tem de ser feita por
nós.
Só encaminhe para o Colegiado os casos de real
necessidade.
Se a Casa Espírita não tiver o Colegiado de Médiuns,
o entrevistador poderá fazer o encaminhamento diretamente ao tratamento de
acordo com os sintomas
Ver item
assistências encaminhadas pelo Colegiado de Médiuns.
(aqui deve ficar a ficha externa do colegiado ficha
n.º 7)
Preencha esta ficha de acordo com a recomendação do
colegiado.
5.7 Informações
complementares
1. Depressão aguda não é só tristeza; são pessoas que abandonam
todas as atividades, ou parte delas, tornando-se inativas, sem conseguirem
reagir.
2. Desaparecimento: pessoas
procurando ajuda em decorrência de desaparecimento de familiar ou de amigos.
3. Distúrbios mentais : pessoas
desequilibradas, descontroladas ou alienadas
4. Excepcional aparência ou
descrição comprovada (excepcional)
5. O problema continua: nada
mudou com o tratamento que já fez.
6. O problema piorou: a
situação está mais complicada do que antes do tratamento
7. Pós-cirurgia: somente
cirurgias de grande porte (recentes)
8. Pré-cirurgia : somente
cirurgias de porte ou de risco
9. Prática de violência :
pessoa que praticou qualquer ato de violência contra alguém, inclusive os recém
saídos de presídios
10. Vítimas de violência:
pessoas que estão sofrendo conseqüências de qualquer crime (estupro, seqüestro,
agressão física grave etc.).
11. Complicação provocada por
aborto: qualquer tipo de seqüelas
12. Doença física grave:
qualquer caso de doença grave ( não crônica)
13. Doenças físicas em fase
aguda: qualquer caso de doença em fase crítica
14. Doença mental agressiva:
pessoas que oferecem perigo às demais.
15. Doença grave desconhecida ou
indefinida: somente as que causam grandes sofrimentos ou que estejam fora do
alcance da medicina
16. A) Fascinação : pessoas que
se consideram portadoras de grande missão, com mediunidade superdesenvolvida;
acham que são capazes de tudo e não precisam de nada, se supervalorizam
B) Possessão : pessoas
totalmente inconscientes, com olhar fixo, falando coisas sem sentido ou
desencontradas.
C) Subjugação: pessoas que
não têm o mínimo controle sobre si mesmas, fazem tudo o que os obsessores
querem. (geralmente elas acham que estão obedecendo o mentor)
17. Idéia fixa de eliminar
alguém: pessoas que afirmam que irão tirar a vida de alguém.
18. Problemas graves no lar não são brigas corriqueiras do casal ou
familiares, mas, sim , as que envolvem violência, desentendimentos profundos ou
trabalhos negativos. Seja qual for o tratamento recomendado, incluir a
assistência 4.
19. Veio da umbanda, terreiro ou
candomblé: não são aquelas que já freqüentaram em tempo remoto, mas, sim ,
aquelas que falam que estão vindo ou freqüentando no momento. (Não conhecemos o
nível de trabalho a que se refere).
20. Síndrome do pânico: pessoas
apavoradas, que apresentam extrema dificuldade em enfrentar os problemas do
dia-a–dia
5.8 Assistências espirituais indicadas pelo
colegiado de médiuns:
PASTEUR 1- Fortalecimento físico, doação magnética,
cura material de doenças provocadas pela atuação de espíritos negativos.
PASTEUR 2 - Limpeza e harmonização do perispírito (com corrente de mãos).
PASTEUR 3-F
(Físico) Cura de doenças físicas graves, doação material. Deve ser
acompanhado pela Assistência 2 ou Assistência 4. Quando há obsessão não se
recomenda esse Pasteur
PASTEUR 3-E - (Espiritual) Desobsessão para casos
graves, abrange todos os casos de envolvimentos espirituais graves. No primeiro
grupo, orientam-se os Espíritos obsessores, incorporados e no segundo faz-se
projeção de luz e amor. (Não é doação).
PASTEUR 3-M - Misto ( físico e
espiritual)Desobsessão e doação. Orientação de Espíritos e doação direta.
Estados graves de saúde e obsessão. No primeiro grupo, faz-se orientação dos
Espíritos incorporados, no segundo faz-se a doação material.
5.9 Assistências que complementam os tratamentos
Pasteur: também indicadas pelo colegiado
Assistência 2 - Reforço Áurico: Conduz, por meio do
esclarecimento, à abertura dos canais positivos de ligação com o Plano Maior e,
automaticamente, ao fechamento dos canais negativos.
Assistência 3 - Desobsessão simples: Com grande
poder de ação. Choque de amor e projeção de luz, sem incorporação.
Assistência 4- Assistência à família: São 13 (treze)
palestras, que complementam qualquer tratamento.
P-3-F-
A-2
P-3-E-
A-2 ou A-4
P-3-M- A-2 ou A-4
P-1
e P-2 A-2 ou A-3
OBSERVAÇÃO:
Nas casas que não tem o colegiado, o encaminhamento é feito diretamente
pelos entrevistadores.
6. atendimento ao adolescente
No ano de 1995, quando assumimos a direção geral do
DEPOE da FEESP, recebemos várias queixas de pais, no sentido de que uma grande
parte das crianças já crescidas, desenvolvidas fisicamente, estavam sem
assistência espiritual na Casa, por não quererem ser atendidas junto com as
menores, e por não poder ser junto com os adultos.
Sentimos a necessidade de solucionar o problema,
mas, ao mesmo tempo vimos a possibilidade de fazer uma inovação no trabalho:
melhorar o atendimento das crianças e dos jovens. Queríamos que a entrevista
fosse feita diretamente com eles de forma agradável e que lhes desse segurança
e confiança.
É muito positivo para a criança, ou jovenzinho,
estarem diante de um adulto amigo, que lhes dê importância, valor,
compreendendo suas atitudes, respeitando
seus pensamentos, numa posição fraterna
e de igualdade.
Resolvemos, então, separar dos menores o atendimento
das crianças de 11 a 13 anos e 11 meses. Esses pré-adolescentes passaram, a
partir do dia 07 de fevereiro de 1995, a serem atendidos no horário normal do
DEPOE junto com os adultos. O Colegiado passou a fazer um atendimento misto.
Selecionamos mais ou menos 60 pessoas, pertencentes
à Área de Educação e Saúde, sendo algumas
de outras Áreas, porém, que já
trabalhavam com crianças. Selecionamos materiais adquiridos por orientação de
reuniões com uma equipe especializada (psicólogos, pedagogos etc.).
Marcamos uma reunião com os colaboradores escolhidos
e passamos esse material. Em todos os horários do plantão, passamos a ter de 2
a 3 plantonistas preparados para esse atendimento.
Acreditamos que dessa forma aumentamos a cobertura à
assistência espiritual dada a essa faixa de idade, tendo também o DEPASSE, de
comum acordo, criado um novo horário para assistência a esses adolescentes. o
tratamento é o mesmo das crianças, porém em local e horário separado . Assim
também procuramos aumentar o interesse desses jovenzinhos pela Doutrina e
facilitar o ingresso na escola de Moral Cristã.
Colocamos um questionário anexo às fichas de
atendimento que ficam arquivadas, com a intenção de observar se no decorrer do
tratamento o adolescente muda de opinião quanto às respostas e, também, de
buscarmos subsídios a fim de melhorarmos o trabalho e a orientação passada a
eles e aos pais na Sala de Evangelho.
Diante dos resultados positivos alcançados, este
trabalho foi levado a sério, portanto,
acreditamos que o DEPOE está cumprindo a sua parte perante a Doutrina e a
família.
NOTA: Esse trabalho visa à complementação da
assistência espiritual que a Casa oferece.
Não tem nenhum vínculo com órgãos públicos oficiais,
também não se responsabiliza pelo possível comportamento inadequado dos
assistidos em momento algum.
O DEPOE é a porta de entrada da Casa Espírita
oferece a oportunidade às pessoas de contarem seus problemas, ao mesmo tempo de
desabafarem e até de fazerem confissões. Respeita a situação de cada um, e
mantém sigilo absoluto sobre o diálogo. Mantém o mesmo sistema e regulamento
para adultos e crianças acima de 11 anos.
6.1 Entrevista com adolescente
(colocar aqui questionário nº11)
A entrevista deve ser feita apenas por pessoas
preparadas.
Os entrevistadores ficam na sala de Entrevistas, fazendo o atendimento
comum à adultos, porém munido da pasta de materiais de atendimento ao
Adolescente. O mesmo entrevistador deve
passar a orientação vinda do Colegiado e,
em ambos os casos, atender sempre sem a presença dos pais.
Lembrar sempre que o que o adolescente falar não
pode ser comentado com os pais ou responsáveis, porque é confidencial.
Linguagem informal, comportamento jovem e acolhedor.
Fazer com que o adolescente se sinta frente a um
amigo para que se liberte do medo e acanhamento.
Procurar cativar com palavras amigas e boa acolhida.
Sorriso fraterno e compreensivo, colocando-se no mesmo nível. O quanto
possível, dar ênfase ao Evangelho, estudo e trabalho, pelo o quanto crescemos
através de ambos.
É muito importante mostrar indiretamente a grandeza
da família.
Tudo o que falamos deve ser de maneira muito
natural.
A entrevista deve durar de quinze a vinte minutos,
só ultrapassar esse tempo se for um caso complicado (Se o adolescente estiver
chorando ou muito revoltado).
Para relatar os sintomas na ficha basta perguntar:
Por que você veio ao plantão?
¨ Existe algo que preocupa você?
¨ Você dorme bem?
¨ Sua saúde está boa?
¨ Você se relaciona bem com a família? e com os
colegas?
Não esquecer que não podemos censurar nada. Não
podemos fazer perguntas curiosas ou bisbilhoteiras. Deixar o adolescente falar
espontaneamente. Observar as perguntas do questionário. Falar de maneira
sucinta e com critério aquilo que a Doutrina enseja.
Eles serão os adultos que irão renovar o mundo no
Terceiro Milênio, terão que se preparar para fazer isso com: amor, sabedoria,
equilíbrio e fraternidade.
O tratamento será sempre o que o Colegiado indicar,
mesmo nos casos de tóxicos, obsessão, mediunidade ou problemas de saúde. Sempre
que o adolescente apresentar algum problema ou tendência que foge aos padrões
considerados normais para o Departamento (tóxico, crime, suicídio, furto,
estupro ou acentuado desequilíbrio emocional), além do tratamento vindo do
Colegiado ele deve ser encaminhado para os nossos orientadores especiais com a
ficha própria. (se o mesmo existir na casa)Esse trabalho é feito por
profissionais colaboradores voluntários no Departamento. É gratuito como os
demais.
Preencher a
ficha com letras legíveis, fazer a entrevista conforme material
fornecido, relatando os sintomas que o adolescente contar ou apresentar. A
habilidade e o preparo de cada plantonista devem ser aplicados na maneira de
tratá-los e compreendê-los, a fim de conquistar a sua confiança.
Não esquecer de pedir-lhe para responder o
questionário especial. Quando o
Colegiado assinalar o item Escola de Moral Cristã ou o jovenzinho se interessar
por freqüentá-la preencher a ficha própria, carimbar normalmente, avisá-lo de
que se não tiver vaga voltar a este plantão para ser encaminhado, também, com
ficha própria, ao Setor de Recreação (Ludoteca).
Se o Colegiado indicar menos de 12 passes risque os
últimos quadradinhos. Se houver outras recomendações do Colegiado são colocadas
no verso do cartão.
6.2 Meninas grávidas
Ultimamente temos recebido casos de meninas com
idade de 12/13 anos que procuram o DEPOE e contam que estão grávidas. Como
sabemos, essas meninas precisam de uma atenção especial de nossa parte. Elas
vão receber tratamento comum de adultos (ver tratamento para gestante) .
6.3 Jovens
de 14 a 16 anos
É conveniente que sejam atendidos pelos mesmos
entrevistadores, com os mesmos cuidados e carinho dedicado aos menores. O
tratamento espiritual segue a mesma orientação dos adultos, a diferença está no
nosso modo de tratá-los, que é especial para um jovenzinho.
6.4 Às
equipes dirigentes:
Como o adolescente é atendido nos horários comuns no
DEPOE, devem ser montadas algumas
pastas com material de atendimento ao adolescente, que permanecem nas
mesas dos entrevistadores credenciados .
Pedimos às equipes dirigentes o cuidado de passar as
pastas correspondentes só às pessoas autorizadas: a qualquer que tenha a
identificação no crachá.
Em qualquer horário, na ausência
de entrevistadores autorizados, alguém da equipe dirigente deve fazer a
entrevista.
As pastas com material de atendimento ao adolescente
ficarão guardadas sob a responsabilidade
das equipes dirigentes. Elas deverão ser devolvidas, ou seja, retiradas das
mesas, sempre que o entrevistador autorizado terminar seu expediente.
OBSERVAÇÃO: O adolescente deve ser atendido sempre
sozinho, mas quando a mãe ou o acompanhante insistir em participar da
entrevista, devemos pedir para aguardar, que depois da entrevista a mãe poderá
falar. Não podemos esquecer de que o que
ele falou é segredo até para os pais, e é bom que ele saiba disso antes de iniciar a entrevista, para que fique mais confiante. Se ele apresentar algum
problema grave, tente convencê-lo a contar ou recorrer aos pais ou a um parente
de sua confiança. Lembre-se de que o entrevistador não pode traí-lo, mas,
também não pode permitir que concretize planos comprometedores.
O mesmo orientador que preencher a ficha para o
Colegiado, deve orientar na volta desta. Isso é
muito importante, por isso não atenda adolescentes no final de seu
expediente quando não puder esperar para orientar. Nesse caso, passe o
atendimento para outro antes de iniciar a entrevista.
Alta: Todo primeiro atendimento deve ser encaminhado
para o Colegiado, porém, no retorno, se o adolescente (criança) apresentar
considerável melhora, o entrevistador deverá passá-la para o P.4/2 que é o mais
simples, sem passar pelo Colegiado. Assim como poderá dar alta, se o
adolescente (criança) estiver bem e encaminhá-la para a Escola de Moral Cristã,
sempre com a devida ficha de
encaminhamento.
Apenas os tratamentos P.4/1 e P.4/2 poderão ser encaminhados pelo entrevistador sem
passar pelo Colegiado. Sintomas para encaminhamento ao P.4/1 e P.4/2: problemas
de perturbações leves, ambiente familiar conturbado, educação inadequada,
enfim, coisas habituais de crianças. Doenças graves, perturbações acentuadas e
os casos considerados especiais, já mencionados anteriormente, devem ser
encaminhados ao Colegiado.
NOTA: Não esquecer de entregar antecipadamente o
questionário para o adolescente responder. Ele próprio devolverá ao
entrevistador no ato da entrevista. Utilize para isso qualquer mesa que esteja
vaga no salão. (este questionário poderá
ser opcional na casa Espírita)
6.5 Encaminhamento de adolescente para o
colegiado de médiuns
(colocar aqui a ficha interna do colegiado nº12)
O preenchimento desta ficha obedece às mesmas normas
da ficha de crianças, com a diferença de que é o adolescente que apresenta os
sintomas. Sempre SEM a presença do acompanhante.
Pode ser feito em qualquer horário, sempre por
pessoas credenciadas.
Tanto as fichas de crianças como as de adolescentes
são arquivadas em pastas próprias.
(colocar ficha externa de Assistência Espiritual de adolescente)
Este cartão é
levado para casa.
Estas fichas
fazem parte do material de atendimento ao adolescente, que fica na
pasta usada apenas pelos plantonistas
credenciados.
6.6 Encaminhamento de adolescente para a escola
de moral cristã
Até
15 anos e 11 meses o encaminhamento é feito com a ficha que é usada também para
crianças abaixo de 11 anos.
Somente
é feito após a alta dos tratamentos.
(colocar
ficha de encaminhamento para moral
cristã) Com
16 anos já é encaminhado para o Curso Preparatório com a ficha de adulto.
7. Assistências Espirituais
INDICADAS Pelo Colegiado de Médiuns Para Crianças e Adolescentes (abaixo de 14 anos)
Pasteur 4 - Assim subdividido:
Pasteur 4-1 - Problemas familiares: crianças com
problemas de perturbações leves ou atingidas por perturbações na família.
Pasteur 4-2 - Crianças com perturbações materiais,
doenças próprias da idade, persistentes apesar do atendimento médico.
Pasteur 4-3 - Crianças com perturbações
fisiológicas, e problemas espirituais cármicos.
Pasteur 4-4 - Crianças com problemas que reúnem
todas as modalidades de perturbações: espiritual, material e cármicos.
Pasteur 4-F - Todos os casos de doenças físicas
graves.
Pasteur 4-E - Todos os casos de obsessões e
envolvimentos espirituais graves.
Lembramos que esse número e variedade de
assistências, existem na FEESP. Porém as
casas menores, podem suprimir parte delas sem prejuízo. Sabemos que os espíritos nos suprem as
necessidades quando temos boa vontade e humildade.
8. Atendimento à criança
No plantão de atendimento à criança no DEPOE,
atendemos crianças e adolescentes até 13 anos e 11 meses; porém, nos itens
abaixo trataremos apenas do atendimento a menores de 11 anos. Este trabalho
deve ser feito separado dos adultos.
1) Quando os pais chegam à recepção, são atendidos
pelo recepcionista que vai verificar se é a primeira vez. Se não for, solicitar
o cartão do atendimento anterior, pois muitas vezes não terminaram o tratamento. Se for este o caso, verificar o
porquê do retorno antecipado; .
2) Verificar a idade da criança. As crianças acima
de dois anos não devem acompanhar os pais na entrevista, porque elas ficam
prestando atenção em tudo o que os pais falam, e muitas vezes os mesmos
comparecem ao plantão para falar dos problemas do casal, que envolvem a
criança. (Devemos tomar cuidado, pois os pais são o modelo dos filhos.) Nesse
caso, as crianças são encaminhadas pelos pais ou por um colaborador para a
LUDOTECA, onde ficam brincando ou pintando enquanto durar a entrevista.
3) Na LUDOTECA, as crianças são assistidas por um
grupo de pessoas especializadas, além de alguns adolescentes que ajudam nas
brincadeiras.
4) Os pais
são encaminhados à mesa do entrevistador.
5) Algumas crianças, quando vêm pela primeira vez,
ficam acanhadas, desconfiadas e não querem ficar longe dos pais. Neste caso,
devemos oferecer papel, lápis de desenho, brincar ou oferecer um brinquedo
qualquer, mas em uma cadeira pouco afastada dos pais. Se não conseguir, o
entrevistador deve tomar cuidado com a orientação; geralmente são crianças
muito apegadas com os pais, e com o tratamento melhoram.
6) Algumas crianças não querem ficar nem com os
pais, choram muito, e geralmente são crianças com fortes sintomas de obsessão.
Neste caso o entrevistador deve preencher a ficha rapidamente e a mesma é
encaminhada para o Colegiado com uma observação de urgência. Esta ficha passa à
frente das outras.
7) Depois que os pais fazem a entrevista, as fichas
são encaminhadas ao Colegiado de médiuns.
8) Até à volta da ficha, o acompanhante fica na Sala de Evangelho;
procuramos sempre manter alguém do apoio fazendo palestra sobre o Evangelho e
orientação aos pais.
9) Retornando a ficha do Colegiado, os pais são
chamados para a orientação. O mesmo entrevistador deve orientar, assim os pais
ficam mais confiantes.
10) Terminando a orientação, os pais passam pela
mesa do carimbo para carimbar o cartão e são orientados sobre o dia, hora e
sala do tratamento.
Nem sempre a criança vem acompanhada pelos pais.
Neste caso, o acompanhante faz as vezes deles.
8.1 Encaminhamento de criança para Colegiado de
Médiuns
(colocar aqui a ficha Nº8)
A ficha é preenchida sempre que a criança vem pela
primeira vez ou que, no retorno, apresente ainda problemas significativos.
Quando a criança apresenta grande melhora e só está
precisando da Assistência 4/1 ou 4/2, não precisa voltar para o Colegiado
portanto, dispensa a ficha interna
Esta ficha, quando necessária, deve ser preenchida
na presença da mãe ou acompanhante, sempre observando os sintomas relatados. –
Providencie para que a criança nunca
fique junto.
O atendimento à criança tem horários especiais e é
feito por pessoas treinadas. (quando possível)
(colocar aqui a Ficha externa de
Assistência Espiritual – Criança)
Esta ficha é preenchida de acordo com a indicação do
Colegiado de Médiuns.
Esta ficha é entregue ao acompanhante.
8.2 tratamento a Distância (Criança ou Adolescente)
Em casos de hospitalização, doenças contagiosas,
resistência dos pais por serem de outra religião, e quando mora fora da cidade:- Colocar o nome,
idade e endereço no livro de vibrações especial para crianças e
adolescentes. Recomenda-se a assistência
3/2 para o interessado e pede-se para mentalizar a criança; Coloca-se na ficha o nome da pessoa
presente.
8.3 Ludoteca
A Ludoteca funciona durante o período de atendimento
à criança nas entrevistas. A função da Ludoteca é acolher a criança e observar
o comportamento da mesma durante as brincadeiras. Os orientadores são pessoas
especializadas no assunto. Sempre que a criança revela atitudes anormais, ela
fica em observação. Dependendo do problema, o atendimento passa a ser especial.
Durante todo o período de tratamento espiritual, a criança pode freqüentar a
Ludoteca.
Os brinquedos e jogos são educativos; além de
pintura e modelagem.
Assim que recebe alta no plantão, a criança é
encaminhada à Escola de Moral Cristã.
8.4 Encaminhamento para escola de moral cristã
(colocar aqui a ficha nº 10)
Esta ficha é utilizada e entregue ao assistido
sempre que a criança ou adolescente recebe alta do Colegiado ou do
entrevistador.
9. CASOS COMUNS ATENDIDOS NO "DEPOE"
Esta lista de temas, traz uma pequena parte do que
atendemos no "DEPOE". Como são casos comuns na vivência diária, acreditamos
que a leitura e analise dos mesmos, poderá contribuir para um atendimento mais
amplo e consciente. (incluir na leitura
da semana)
Se a casa optar por inclui-los no programa do curso
e comenta-los em forma de aula, é claro que aumentará a duração do mesmo. Porém os temas podem ser passados como
questionários.
1)- Aborto
Estou grávida, sem nenhum apoio, sei que vou
enfrentar muitas dificuldades, por isso vou abortar.
O que o plantonista fará diante desta assistida?
Não podemos impor e nem aconselhar nada.
Devemos apenas dizer que a maternidade é sublime e
que exige muita responsabilidade de nossa parte.
Faça-a compreender que aquele ser que já vive dentro
dela está esperançoso e necessitado de
amparo.
Que ele poderá estar trazendo uma grande
oportunidade para ela dar um passo adiante na sua evolução; mesmo lhe trazendo sofrimentos agora, mais tarde poderá lhe
causar muita alegria.
Vamos pedir que não alimente ódio nem revolta contra
o mesmo, mas que se entregue à prece, procurando uma ligação maior com os bons
Espíritos.
Recomendamos que leia o Evangelho e inicie o
tratamento espiritual antes de tomar qualquer decisão.
Não condene a pessoa nem aprove o ato. Mostre que você entende a situação difícil,
mas que Deus está conosco e nos socorre sempre. Peça que confie na assistência
espiritual.
Não dê sua opinião, fique neutro; não fale muito;
respeite o livre-arbítrio da assistida, colocando-se na posição de um amigo.
Recomende a Assistência A-4, muita leitura
do Evangelho e bastante prece.
1-1)- Pratiquei
aborto.
Mostre que Deus nos dá sempre novas oportunidades de
reparar nossos erros. Informe que tudo
na vida deve servir de experiência. Nunca condene.
Ela já está se sentindo culpada e precisa de nossa
palavra de carinho e de compreensão.
O tratamento mais comum é a Assistência 3/2 e,
posteriormente, A-4.
Se ela estiver doente ou enfraquecida fisicamente,
encaminhe para o Colegiado – qualquer tratamento que vier deve ser acompanhado
de A-4.
2)- Alcoolismo
Quem é o alcoólatra?
Alguém
necessitando de atenção e carinho.
No "DEPOE" recebemos pessoas dependente de
álcool. Geralmente, a primeira coisa que
vem à cabeça do entrevistador, é que ele
não tem brio ou até vergonha, por isso,
merece desprezo.
Não pode ser assim.
O alcoolismo, como muitos outros vícios , é uma doença muito grave,
difícil de ser curada. Por isso merece
uma atenção especial.
Quando é ele próprio
que vem ao "DEPOE" é mais fácil, a sua vinda significa que ele
quer ser curado.. Se encontrar compreensão e atenção da nossa parte, vai se
sentir com maior responsabilidade e segurança, pois a nossa acolhida lhe
valoriza. Não adianta pedirmos para que
deixe de beber, ele sabe que não consegue vencer a compulsão.
Temos que saber que todo dependente, é acompanhado
de muitos parceiros do plano espiritual. Ele
terá que lutar e vencer a sua vontade e mais a dos companheiros
desencarnados. Sem um bom apoio e mais um
tratamento espiritual, a cura é quase impossível.
Se a casa não tiver o Pasteur especializado, recomende o Colegiado ou qualquer outro,
tratamento de desobsessão. Tente recomendar-lhe leituras e palestras. Peça que evite beber antes do
tratamento, mas, se ele estiver
alcoolizado, passa pelo tratamento da
mesma forma. Passe-o à frente dos
outros, para que não fique se manifestando na sala de espera.
A família precisa ser conscientizada quanto a
gravidade da doença e a necessidade de ter paciência e respeito para com
ele. Se não conseguir traze-lo, alguém
com boa vontade e muito respeito, fará o tratamento por ele. Este tratamento à distância tem dado bons resultados.
3)- Conflitos amorosos
3)- Conflitos amorosos
Amor, palavra tão apregoada no meio religioso, e tão
mal compreendida no
sentido prático da
vida.
O amor faz sofrer? E como faz!
Por isso é comum aparecer alguém
na nossa mesa,
dizendo estar sofrendo muito e
até estar um tanto desequilibrada porque se desentendeu, não está sendo
correspondida ou foi abandonada pelo seu
grande amor.
O que temos de fazer?
Não vamos nos preocupar com a idade, a situação ou a
posição da pessoa.
Temos de dar toda a atenção. Atender com carinho e
respeito, pois é uma pessoa que está sofrendo.
Não importa o que pensamos sobre esse sofrimento.
Para o nosso entendimento, ele até pode ser banal.
Mas essa pessoa está sofrendo. Não
estamos aqui para avaliar,
ou julgar o sofrimento de
ninguém, mas para compreender e colaborar para que a
pessoa se sinta melhor.
Assim, vamos ouvir atentamente. Na medida do
possível, passar uma palavra de compreensão e conforto, mostrar
que a vida continua e que um
tratamento espiritual poderá ajudar muito.
Lembre-se de que em qualquer atendimento a nossa
responsabilidade e compreensão são fundamentais para o assistido confiar e se
firmar na Doutrina e no tratamento.
Esse sofrimento pode até ser uma boa chamada para
futuras tarefas espirituais.
Se soubermos compreender e atender corretamente,
estaremos realizando um duplo trabalho.
Mostrar a possibilidade de que, mediante a
assistência espiritual, ela poderá
entender, se recompor, e até consertar a
situação.
A assistência 3/2 ou então as assistências A-3 e A-4
poderá ajudar muito; recomende-lhe assiduidade.
4)- Consolação
São muitas pessoas que vêm à Casa Espírita e passam pelo DEPOE em busca de consolo pela
perda de entes queridos.
O que fazer quando a pessoa diz que não está
agüentando a dor de uma separação provocada pela morte de um ente muito
querido?
Sem dúvida, é uma das provas mais difíceis,
principalmente quando a pessoa não tem conhecimento da Doutrina espírita.
Porém, nas mesas pouco podemos falar. A nossa conduta tem que ser de
compreensão e de aconchego.
Temos que
respeitar a sua dor. Mesmo observando que há exagero vamos ter paciência
de ouvir. Deixe a pessoa falar e chorar, não fale muito, não seja
curioso, não conte a sua dor se existir. Limite-se a ouvir e a mostrar a
grandeza e a sabedoria de Deus. Dê-lhe toda atenção possível. procure mostrar-lhe que a morte não é o fim,
dentro de mais algum tempo estaremos juntos de novo. Os que chamamos de mortos, vivem, podem nos ouvir, nos sentir e até nos
inspirar. Dessa forma podemos
transmitir-lhes nosso sentimento e nossas preces.
A FEESP já tem um trabalho especial de consolação
para esses casos. Nesse trabalho a palestra que antecede o passe é sobre o
assunto, oferecendo muito consolo com oportunidade de perguntas e respostas.
Se a casa tem esse trabalho preencha a ficha
específica e diga-lhe que ele vai receber um tratamento especial que vai
ajuda-lo muito. No caso de não ter o
mesmo, recomenda-lhe tratamento que
inclua o máximo de palestras. Inclua a Assistência 3/2 e recomende-lhe leituras
Lembre-se de que a assistência começa no atendimento
no DEPOE.
Você poderá ajudar muito se atender adequadamente. A
nossa responsabilidade deve estar acima de tudo.
Não se esqueça também que, quando realizamos um
trabalho consciente e amoroso, nós somos os primeiros a receber os
benefícios.
5)- Crise no
Lar
Estou com o casamento em crise: que fazer?
É muito grande o número de lares que não estão
dentro dos padrões normais de equilíbrio, tanto dos cônjuges como dos demais
familiares; porém, sabemos que as uniões são quase sempre de provas e
expiações, tanto dos cônjuges, como dos demais familiares.
Sendo assim, o que é importante é o reajuste dessas
pessoas para poderem evoluir; sabemos que os reajustes e até os resgates são
facilitados através da convivência.
Nunca podemos achar que a separação – a interrupção
de uma convivência– no lar, seja a solução. Na mesa de entrevista nunca podemos
apoiar a separação do casal.
No caso, temos que passar a responsabilidade que o
casal tem de manter o máximo possível a harmonia entre os familiares, ainda que
isso exija renúncia e sacrifício para os cônjuges.
Não aconselhamos a nada, apenas incentivamos a
paciência e o bom senso. O livre-arbítrio é deles. Mas, como sempre, temos que
pensar que um bom tratamento espiritual, feito com interesse e
responsabilidade, poderá ajudar muito e até mudar o rumo das coisas.
Sem falar ao assistido, vamos raciocinar: se houver alguma perturbação , até mesmo uma
obsessão, com o tratamento irá melhorar.
Se for apenas
por incompreensão ou incompatibilidade de gênios, as palestras e a leitura do
Evangelho poderão alertar e fazer melhorarem. E assim, por outros motivos.
Como sempre, recomendamos que antes de desanimar ou
tomar qualquer atitude decisiva, fazer
um bom tratamento, com assiduidade e boa vontade, com muita leitura do
Evangelho e preces diárias, não esperando tudo dos outros, mas propondo-se a
fazer o que lhe compete.
Acreditamos que muitos lares poderão ser salvos de
um desmoronamento, pois sabemos que o conhecimento do Evangelho e mais a
assistência da Casa são de suma importância para a solução de qualquer
problema.
A Assistência 4 é indispensável e mais A-3.
Se perceber envolvimento espiritual grave, encaminha para o colegiado ou Pasteur 3-E
6)- Depressão
Já observaram quantas pessoas estão com depressão?
Essas pessoas buscam a nossa ajuda e precisam muito
dela.
Não vamos pensar que depressão seja obsessão ou
falta do que fazer.
Depressão é uma doença séria!
Ela pode ser física ou mental, em ambos os casos,
tem o reforço dos espíritos afins.
A pessoa deprimida,
quando em estado profundo, perde totalmente o interesse pelas coisas da
vida.
Essas pessoas precisam ser tratadas com muito
carinho e atenção.
Precisam ser levadas a sério. Sabemos que muitas
doenças são conseqüências do nosso passado, porém, é agora que precisam ser
tratadas.
A depressão pode ser provocada por uma deficiência
orgânica e por isso precisa de medicação, orientada por profissional. Outras
vezes, pode ser apenas mental.
É
aconselhável o tratamento médico. A depressão pode levar à obsessão,
porque é um canal de ligação com o Plano Espiritual negativo.
Só a assistência com passes não cura totalmente.
A desobsessão precisa ser acompanhada de muito
esclarecimento.
E’ preciso muita compreensão e paciência para
inspirar ao assistido interesse pelo tratamento.
Diga-lhe que a nossa Doutrina é muito esclarecedora
e consoladora. Devemos esclarecê-lo que a
vida na Terra é necessária e muito útil, que temos motivos para nos
alegrar, porque estamos caminhando para o aprimoramento espiritual.
Indique leituras.
Essa pessoa precisa de motivação.
Precisa adquirir mais confiança em Deus e em si
mesma.
As palestras da Casa podem ajudá-la muito e num
futuro bem próximo deve ser encaminhada para o Curso Preparatório. Podemos
sugerir que procure alguma ocupação diferente do que já faz. Temos que falar
com muito jeito para não melindrar.
Passe pelo Colegiado; não esqueça da Assistência 4
ou Assistência 2.
7)- Desemprego
Realmente atravessamos uma fase muito difícil com
muito desemprego.
O que fazer quando alguém chega à nossa mesa dizendo
que está desempregado, com inúmeras dificuldades financeiras?
Primeiramente, mostrar que ele é criação Divina, que
Deus está com ele.
Vamos lhe dizer que, se Deus o colocou na Terra,
naturalmente lhe fez uma programação de vida digna. Talvez ele não esteja
sabendo encontrá-la.
Incentive-o a orar, a acreditar no seu Espírito
protetor (Anjo de Guarda) e pedir-lhe orientação. Não podemos querer que ele
resolva nossos problemas, mas podemos pedir que nos oriente para que
encontremos a solução.
Diga-lhe que muitas coisas podem estar dependendo de
um pouco mais do seu sacrifício, de sua renúncia e até maior espírito de
humildade. Muitas vezes, vale a pena
até mudar de profissão.
Peça para que não se deixe envolver pelas
propagandas maldosas politiqueiras, ou pelo sentimento de revolta ou injustiça.
Isso só vai piorar a situação.
Recomende a leitura e o estudo do Evangelho. Que
ouça as palestras antes dos passes. Que medite sobre o que pode ser colocado em
prática no seu dia-a-dia. Peça para que reserve alguns minutos todos os dias
para refletir naquilo que aprendeu com Evangelho. E que compare as suas
atitudes com as recomendações do Evangelho e veja no que pode mudar para
melhorar.
Peça para procurar entender que as maiores armas que
ele possui são a boa vontade, o otimismo e a dignidade. Que lute confiante em
Deus. Ele poderá de imediato não encontrar um bom emprego, mas, quem sabe,
encontrará aquilo que precisa para viver e aprender a valorizar o que tem.
Encaminhe para Assistência 4 e a Assistência 3;
peça-lhe que preste bastante atenção nas palestras para poder vivenciá-las.
8)- Entre Colegas
Queridos Companheiros!
Sabemos que muitas pessoas, entre nós, atravessam
períodos difíceis na vida. Muitas vezes precisamos de apoio entre colegas.
Uma maneira muito eficiente de ajudar o nosso colega
é deixando que ele abra seu coração, que ele possa desabafar, contando seus
problemas e suas preocupações.
Vamos usar a nossa boa vontade com técnica e
sabedoria. Pensemos bem, nem sempre o nosso colega está querendo uma
orientação, para a solução do seu caso. Muitas vezes ele está querendo apenas
dividir conosco sua angústia, sua ansiedade.
As soluções certamente ele tem e sabe como agir.
Conselhos? Ele não precisa. Opiniões nossas também ele não quer ouvir.
Ele só está precisando ser ouvido por nós. Vamos
aprender a ouvir. Lembremos sempre que ouvir é uma virtude que o
colaborador do DEPOE precisa adquirir.
Vamos ouvir calados, compreendendo a situação
delicada do outro, seja ela qual for. Só
vamos opinar se ele pedir nossa opinião, só vamos recomendar assistência se ele
quiser.
Não interrompa o desabafo, deixe-o falar e chorar,
mesmo que consideremos absurdo o motivo. Temos que lembrar e saber que para ele
o caso é muito sério. Assim como os nossos casos sérios podem ser banais para
outras pessoas.
Cuidado para não julgar. Cuidado para não passar
para frente o segredo. Lembre-se, somos a pessoa de confiança. Se ele nos
escolheu, é porque confia e sente segurança em nós.
Vamos nos fazer dignos dessa confiança. Quando nos
propusemos a trabalhar neste Departamento, assumimos um compromisso com o Plano
Espiritual e precisamos fazer jus ao cargo. Vamos lembrar que estamos ocupando
um cargo de confiança.
Não comente a confissão do colega com ninguém, não
critique. Lembre-se: Nós também temos problemas. Somos humanos e frágeis.
9)- Epilepsia
A epilepsia é uma doença física, neurológica e
geralmente hereditária. Manifesta-se por ataques de convulsões.
É comum a pessoa nascer aparentemente normal e, numa
determinada idade, passar a sofrer ataques convulsivos, que a fazem perder
totalmente o sentido e a coordenação dos movimentos por alguns minutos ou até
horas seguidas.
Essas convulsões podem aparecer também a partir de
um acidente violento na cabeça, de uma febre muito alta, ou qualquer outra
afecção no cérebro, um tumor também pode ser a causa.
A situação é sempre grave.
Sabemos que isso tudo faz parte da Lei de Ação e
Reação, por isso, a possibilidade de uma cura total é pequena.
Porém, para a maioria dos casos existem ótimos
tratamentos médicos, que controlam totalmente os ataques convulsivos.
Uma pessoa com esse mal, precisa tomar medicamentos
específicos diariamente, manter o controle médico permanente. Por isso muitas
vezes esse mal é confundido com mediunidade desequilibrada (sabemos que não é).
No entanto, a própria lesão cerebral é um canal aberto para os ataques
espirituais. O que acentua a gravidade.
Por essa razão, a pessoa precisa também estar
vigilante no controle moral e espiritual, para conseguir manter a proteção
desse canal vulnerável.
A melhora no decorrer da assistência espiritual pode
ser assustadora, porque são afastados os Espíritos aproveitadores.
Porém, a parte física depende de medicamentos. As
pessoas portadoras desse mal precisam
adquirir muitos conhecimentos evangélicos e doutrinários, para aprenderem a se
proteger (REFORMA ÍNTIMA).
Devem ser incentivadas a procurar leituras
esclarecedoras. Assim que adquirirem condições, precisam ser encaminhadas para
o Curso Preparatório.
Primeiros encaminhamentos:
Colegiado de médiuns
¨ aceitar e fazer a assistência espiritual indicada
pelo Colegiado
¨ em seguida Assistência A-2 - Escola (sem parar o
tratamento médico)
Se não houver colegiado, indicar o Pasteur 3-M, O Pasteur 1/2
conjugado, também pode ajudar
10)- esclerose múltipla
Tomamos conhecimento de que um assistido não se
sentiu compreendido, por isso saiu da entrevista muito inseguro; soube que o
entrevistador desconhecia totalmente a existência da sua doença. Assim,
sentimos necessidade de escrever este artigo.
A Esclerose Múltipla, também conhecida como
Esclerose de Placa, é muito grave, não tem ainda possibilidade de cura total, e
sua origem é ainda um tanto desconhecida. Não pode ser confundida com a
esclerose arterial decorrente do envelhecimento natural da pessoa, quando os
vasos sangüíneos perdem a elasticidade e bloqueiam a oxigenação do cérebro. Isso provoca
incapacidade e confusão mental (caduquice).
Uma doença não tem nada a ver com a outra.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica,
comumente ataca pessoas em qualquer idade e até bem jovens. Acontece que o
diagnóstico é um tanto difícil e o progresso da doença é às vezes lento, por
isso, as pessoas envelhecem e não revelam, muitas vezes por preconceito; e
outras vezes, por ignorar serem portadoras da mesma. Quando os sintomas se
agravam, aparecem, a doença torna-se visível.
Graças ao avanço da medicina, já existem
medicamentos e exercícios muito eficientes e capazes de proporcionar ao
portador uma melhor qualidade de vida.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
dedica-se a pesquisas intensas sobre a doença e já tem muitos recursos a
oferecer ao portador associado.
A doença não é
transmissível ou contagiosa.
Nós, espíritas, sabemos que, como outras, é uma
doença carmática.
A atuação da doença é no sistema nervoso central.
Formam-se placas endurecidas (esclerose) em regiões da bainha de mielina, que é
responsável pela transmissão dos impulsos nervosos. Essas placas impedem que a
ordem do cérebro chegue até o órgão, ou faz com que a resposta seja muito
lenta, com isso altera a coordenação daquele órgão, todo campo de ação daquele
comando pode ficar bloqueado, chegando
até à paralisação.
São alternados os períodos de surto e de melhora.
Os sintomas diferem de uma pessoa para outra, porque
os comandos afetados podem não ser os mesmos. Algumas apresentam alteração na
visão, outras na articulação das palavras, outras nos membros superiores e
inferiores etc.; assim a doença vai progredindo. Em fases mais avançadas os
sintomas são gerais. É claro que a parte emocional é sempre muito atingida.
Essa doença também é confundida com paralisias
provenientes de outras causas neurológicas.
Para o nosso encaminhamento não importa quais as
causas.
Não vamos fazer perguntas que demonstre curiosidade.
Precisamos ouvir com atenção, sem demonstrar
ignorância no assunto, para não tirar a confiança do assistido.
Não deixar transparecer que estamos impressionados
ou penalizados. Também não podemos ficar indiferentes ao problema.
Precisamos atender com muito carinho e atenção,
assim como fazemos os demais atendimentos. Passar a nossa palavra de ânimo,
encorajamento e esperança.
O assistido precisa sentir que estamos lhe dando
atenção e compreendendo os seus sofrimentos.
Salienta-se a grandeza de Deus, o carinho e ajuda do
Plano Espiritual. É bom incentivá-lo a freqüentar a Associação. Provavelmente
seu médico já recomendou.
Indicar leituras de auto-ajuda (observe que nem
sempre ele consegue ler); palestras são de muito valor.
O item a ser assinalado na ficha do Colegiado é:
doença grave X; não precisa descrever os sintomas
nem citar o nome da doença. O tratamento espiritual que vier do Colegiado é o
recomendado, sem dúvidas. Se possível, complementar com a assistência 4.
Poderá ser recomendado qualquer livro da lista
“Livros complementares indicados”, no final deste livro.
11)- Escola
O encaminhamento para o Curso Preparatório da Casa é
feito pelos dirigentes do trabalho, porém, quem observa a necessidade e as
possibilidades do assistido é o entrevistador.
O assistido é encaminhado para a escola quando já
tem condições de manter-se sentado e atento, por uma hora e meia, sem se perturbar.
Se houver envolvimento espiritual forte, ele não vai
conseguir se manter no Curso nem assimilar as aulas.
Se ele for impaciente ou irrequieto, também não tem
condições no momento.
Nesses casos, a fase de tratamento precisa se
alongar.
A um doente mental grave (pessoas que não se mantêm
quietas) sem possibilidade de equilíbrio, também não se recomenda a escola.
Porém, as doenças físicas crônicas e irreversíveis,
como a epilepsia, disritmia cerebral, mutilações, AIDS, assim como o câncer,
cegueira etc., que exigem tratamento Pasteur, às vezes prolongado, não impedem
que o assistido freqüente as aulas paralelamente.
Também o assistido que faz tratamento para outrem, à
distância, pode e deve ser encaminhado à escola.
Todos precisamos receber conhecimentos para nos
equilibrar. A escola é o caminho para trazer equilíbrio e progresso espiritual.
Por isso, vamos tomar cuidado para não tirar ou
mesmo adiar essa oportunidade, mesmo que
o assistido seja um analfabeto.
A situação atual do nosso planeta exige urgência na
aquisição de conhecimentos e vivência evangélico-doutrinária.
A nossa tarefa no DEPOE tem a responsabilidade de
contribuir para esse trabalho.
A Assistência 2 fortalece e prepara para a escola,
portanto, se o assistido tem condições de fazer essa assistência sem problemas,
pode também freqüentar as aulas, aprender e se manter equilibrado.
12)- Homossexualidade
O que é? Como entender e encaminhar?
A ciência já considera a homossexualidade normal, inclusive já
existem pesquisas provando segundo alguns profissionais, que há um fator físico
que leva a essa tendência; portanto, nesse caso a pessoa já nasce com essa
característica.
Parte da psicologia encara a homossexualidade apenas
como uma opção de vida, que deve ser respeitada.
Nós, espíritas, levando em conta e respeitando as
pesquisas e opiniões, acreditamos que a
homossexualidade seja um período de transição do espirito, normal para a
situação e posição espiritual atual da humanidade. Várias circunstâncias levam a desencadear essa tendência que já existe dentro da criatura,
funcionando como prova ou expiação.
A homossexualidade tem várias origens, mas está
sempre relacionada a uma provação para o homossexual e seus familiares:
¨ não aceitação do novo sexo na atual encarnação,
por ter pertencido ao oposto, nas encarnações passadas. A busca da nova
experiência o faz reagir de diversas formas e a volta ao passado é uma delas;
¨ expiação de faltas por ter abusado do sexo a que
pertenceu em uma existência passada. Com a mudança está aprendendo a se equilibrar;
¨ problemas de criação. Exemplo: convivência só com familiares do sexo oposto
e certas atitudes dos pais, tais como condicioná-lo a brincar e a se vestir de
forma peculiar ao sexo oposto; ou ainda, influência de companhias, principalmente na adolescência.
Essas e outras condições podem abrir caminho e desencadear a tendência;
¨ doenças físicas (mutilações, transtornos no
sistema hormonal e várias outras).
Não vamos por isso encarar a homossexualidade como
um desequilíbrio, mas sim como uma fase
de transição na caminhada evolutiva. No DEPOE temos de fazer o atendimento
conscientes de que não estamos em posição superior a de um homossexual, porque
também temos as nossas expiações e provas.
Embora algumas possam ter aparência diferente e
chamativa, são pessoas normais que não podem ser reprovadas ou reprimidas por
nós. Assim como exigimos que nos respeitem como somos, temos que respeitá-las
como são.
Fazemos o encaminhamento de acordo com os sintomas
gerais que se apresentam. Incluir, sempre, ao tratamento a Assistência 4.
O assistido só deverá ir para o Colegiado se tiver
outros problemas graves relacionados ou não com a sua opção de vida.
Só pelo fato de ser homossexual, não precisa passar
pelo Colegiado de Médiuns.
13)- Incompreensão
Cuidado com as pessoas que reclamam de tudo e de
todos, julgando-se grandes vitimas.
Geralmente são pessoas insatisfeitas que só querem ser compreendidas, mas não se
esforçam para compreender; visam apenas aos seus direitos, esquecendo-se de
suas responsabilidades. Necessitam de muita leitura do Evangelho para se
esclarecerem.
As perturbações e os envolvimentos negativos são
atraídos pela própria incompreensão: não
adianta falar muito com elas.
O que precisamos é incentivá-las a serem assíduas e
fiéis aos tratamentos. Podemos observar
que, quando as mesmas se interessam pelo
esclarecimento, no primeiro retorno ao DEPOE já estão melhores e dizem que as pessoas
de quem elas reclamavam tanto já mudaram
(mesmo que seja um pouco).
A mudança
aconteceu dentro delas
mesmas. Sem perceber passaram a
ser mais tolerantes e pacientes. Foi o
efeito do pequeno conhecimento que adquiriram através das palestras e leituras.
Quando não se interessam pelo conhecimento,
arrastam-se por anos e anos, trazendo as mesmas queixas. Por isso não podemos
tomar partido, não opinando ou julgando suas queixas.
Vamos dizer
sempre que o mais importante no tratamento são as palestras e as
leituras.
Assistência 3/2 ou então A-3 com A-4 são os tratamentos indicados.
14)- Insatisfação no emprego
É muito
comum recebermos assistidos
que estão insatisfeitos com patrões, chefes, e até com colegas.
É normal
ouvirmos com atenção e compreensão, porém,
nunca podemos tomar partido, principalmente porque a função do DEPOE não
é advogar causas, e sim, transmitir harmonia e paz; além disso não sabemos até
onde chega a verdade do assistido.
Qualquer orientação que passarmos fora da nossa função de plantonistas do DEPOE, poderá acarretar sérias
complicações nas decisões e até na vida do assistido, e nós respondemos por
isso perante o Plano Espiritual.
Não se esqueçam de que representamos a casa espírita
e esta precisa inspirar confiança e respeito
Não importa quais as nossas opiniões ou convicções
fora da Doutrina
O que precisamos é atender a todos com sensatez, sem
partidarismo e sem a pretensão de resolver os problemas do assistido.
Peça-lhe para não
tomar decisões precipitadas, incentive
a prece, a leitura do Evangelho e
a assiduidade nos tratamentos espirituais.
Encaminhe para a Assistência 3/2 e se possível
também para Assistência 4.
Recomende que assista às palestras e procure
assimilá-las.
15)- Mediunidade
“A mediunidade é a chave do intercâmbio espiritual
para a progressão doutrinária no mundo".
(Emmanuel)
Recebemos muitas pessoas com vários sintomas,
convictas ou apenas informadas de que são médiuns e que precisam desenvolver a
mediunidade.
Precisamos tomar muito cuidado, nessa entrevista,
para não sermos influenciados e prejudicarmos o assistido.
Grande parte das vezes, os sintomas-alarmes são
falsos, podendo ser perturbações espirituais, doenças físicas, mentais ou
psicológicas; até as de vidências ou auditivas podem nos enganar.
Por isso, a
melhor orientação é um bom tratamento, que nem sempre é Colegiado, mas algo que
trate e prepare o assistido, o mais rápido possível, para a escola.
Nunca diga por sua conta, ou concorde, que é
mediunidade, porque o assistido pode ficar com medo e ir embora, o que será
muito grave, ou então ficará preso
apenas ao desenvolvimento, não querendo freqüentar o tratamento de
esclarecimento e muito menos os cursos e isso poderá prejudicá-lo demais.
Se percebermos que o caso não é grave, recomendamos
a Assistência 3/2. Se os sintomas são muito fortes, encaminhamos para o
Colegiado de Médiuns.
16)- Obsessões
São comuns no DEPOE os casos de obsessões graves e
precisamos nos conscientizar do seguinte:
Existem vários quadros de obsessões, assim como
existem várias circunstâncias a considerar.
Na maioria das vezes, não sabemos qual a situação
nem do assistido encarnado nem do desencarnado.
A obsessão não deixa de ser uma doença psíquica, que
precisa ser tratada dos dois lados: os dois Espíritos, o encarnado e o
desencarnado, estão em sintonia ou estão presos à lei de Ação e Reação – pelo
passado –, ou à lei de afinidades que é o comportamento atual.
Tanto uma situação como a outra exige correção na
maneira de pensar e no comportamento.
Isso se chama Reforma íntima que
exige conhecimento do Evangelho, ou seja, vivência do Evangelho.
O trabalho de desobsessão, com doutrinação e
retirada do obsessor, só tem efeito positivo quando acompanhado de reforma
íntima.
Temos que entender que esta assistência é
basicamente uma emergência para os casos em que a pessoa está dominada e sem
condições de pensar e de assimilar uma orientação. Assim que a pessoa adquirir
maior lucidez precisa passar a ouvir uma orientação que a faça elevar o padrão
vibratório, para que ela mesma se liberte do obsessor através da melhoria
interior.
Quando recomendamos esse trabalho, sem critério,
podemos estar desencaminhando um assistido;
pois este, por ignorar a necessidade da sua reforma íntima, pode ficar
mal acostumado e achar muito cômodo o Espírito ser retirado sem o seu esforço;
acomoda-se, exige, e nunca mais vai querer ir para um tratamento onde se ensina
o Evangelho, nunca chega a um curso. Vai se tornar uma pessoa com mania de
tratamento, pondo sempre a culpa nos Espíritos que o acompanham, não aceitando
fazer sua parte.
Por isso, quando o encaminhamos para o Colegiado,
devemos aceitar o tratamento que vier, recomendar assiduidade e deixar que tudo
se encaminhe normalmente. Atenda com eficiência, faça a sua parte bem feita, o
resto o Plano Espiritual fará, – Ajuda e passa – diz o Evangelho.
Lembremos sempre: leitura do Evangelho, assistir às
palestras que antecedem a qualquer tipo de tratamento é fundamental.
Não esqueçamos, também, que A-3 e P 1/2 também
funcionam como desobsessão e são muito eficientes.
17)- Síndrome de Pânico
Está sendo constante o nosso atendimento a pessoas
com síndrome de pânico.
A pessoa está aflita, tem medo de tudo ou de
determinadas coisas ou situações.
É uma doença nervosa que, em muitas pessoas, aparece
de repente. Pode desencadear-se a partir de algum distúrbio orgânico ou por um
acontecimento triste. A realidade é que a pessoa revela muita insegurança. Vive
em estado de pânico total. Essas pessoas precisam voltar a adquirir confiança
na vida e principalmente em si mesmas.
O acompanhamento médico é importante.
Nunca podemos dizer que ela não está doente, que
isso é apenas uma ilusão.
Precisamos ouvir as queixas com atenção e valorizar
a sua aflição. Mostrar que estamos acreditando no seu sofrimento e
compreendendo a situação.
Temos que dizer que, se ela se propor a levar o
tratamento a sério, dentro de pouco tempo estará melhor, e pode até curar-se.
Temos que mostrar-lhe a grandeza de Deus e a assistência que ela tem do seu Espírito Protetor.
Diga-lhe que ela não está só. Recomende-lhe bastante
leitura e meditação. Quanto maior o número de palestras que ela puder ouvir,
melhor, mesmo porque este tipo de doença, está sempre acompanhado de Espíritos
afins, que também precisam ser esclarecidos.
ATENÇÃO: Se
você não se sentir capaz ou em condições de atender, não insista. Passe o
atendimento ao coordenador ou a alguém da equipe dirigente.
CUIDADO para não complicar a situação do assistido
com colocações erradas. (Esta recomendação serve também para os componentes da equipe dirigente.)
Essa pessoa está sofrendo muito e precisa de ajuda
esclarecedora.
Esses casos devem ser encaminhados para o Colegiado
e sempre acompanhados da Assistência 4 ou Assistência 2. Os livros relacionados
no final deste podem ajudar muito .
18)- Soro positivo (Aids)
Como atender nossos assistidos com AIDS?
A AIDS como qualquer outra doença faz parte do
processo evolutivo do ser humano, encaixa-se na Lei de Ação e Reação. Como a
cura no momento é supostamente impossível, sua presença causa em algumas
pessoas medo e até dificuldade para enfrentá-la. Sabemos que o portador não é
diferente dos outros assistidos, mas no momento ele está fragilizado. Portanto,
o atendimento deve ser com especial atenção de nossa parte.
Não podemos atendê-lo como coitadinho nem com
discriminação.
Vamos olhá-lo como pessoa normal. Consideremos que
cada um de nós temos nossos problemas. Cada um de um jeito diferente.
Sabemos que quando o portador do vírus HIV aceita a
própria situação, pode alcançar uma boa elevação espiritual.
Não precisamos temer atendê-lo.
Pegar na mão para cumprimentar não tem o menor
perigo. Também não precisamos comentar sobre a doença. Se ele quiser falar
alguma coisa, ou se queixar, devemos tratá-lo com a maior naturalidade. Devemos
ser amáveis e colocar sempre Deus acima de tudo. É importante encaminhar para a
escola o mais rápido possível, desde que não esteja em desequilíbrio acentuado.
Quanto maior seu conhecimento da Doutrina, melhor
será a aceitação da própria situação. Leituras e palestras são muito
importantes.
Esses casos não vão para o Colegiado, mesmo que
estejam perturbados.
Passar a Assistência P3 A.T.
É a assistência específica para o caso. Se a casa
não tiver este tratamento, encaminhe para o colegiado ou diretamente para o
P-3-M ou P.1/2 mais A.2
Se ele tiver tempo disponível, recomendar
Assistência 4. Diga-lhe que esta poderá ajudá-lo muito.
19)- Suicídio
Precisamos levar muito a sério o assistido que está
pensando em suicídio. Por mais remota que seja essa idéia, merece a nossa
atenção.
Temos que pensar que essa pessoa está muito infeliz,
sofrendo muito, precisa ser bem assistida e, principalmente, sentir que estamos
acreditando nela e queremos ajudá-la, sem interferir no seu livre-arbítrio.
Diga a ela que todos nós temos um Espírito que nos
acompanha, que é o chamado Anjo de Guarda e com certeza está trabalhando muito
por ela. Peça a ela que procure se ligar a ele através das preces, das boas
atitudes, diga que Deus nos coloca aqui com todas as condições e meios de
sobreviver dignamente e que esta faltando a ele descobrir isso. Mostre que com
pensamentos e atos positivos podemos ser alertados. Leituras e palestras podem
ajudá-lo muito.
Peça a ele que antes de tomar qualquer atitude, faça
o tratamento na Casa. Se houver na casa o tratamento Pasteur 3-E recomende-o
acompanhado de A-2 ou A-4 ou a desobsessão existente na Casa Recomende-lhe
muita leitura e o maior número de palestras possível.
NOTA: Não
descuide desse atendimento, precisa ser feito com muita atenção e carinho.
20)- Vícios
O vício é uma fraqueza e uma dependência.
Todos nós temos alguns, mais ou menos graves.
Não podemos marginalizar os dependentes em tóxico,
cigarro, álcool e outros, pois eles não
são mais graves do que muitos que nós temos e que passam despercebidos.
Nem todos recebemos orientação suficiente ou
adequada para nos mantermos equilibrados e com forças para enfrentar certos
problemas ou situações. Por isso, desenvolver uma tendência negativa e se
tornar dependente dela, para muitos de nós só depende de ocasião.
Existem os vícios mais visíveis, por isso são mais
condenados, mas o cultivo de pensamentos negativos e a maledicência são menos visíveis e são tão graves quanto os outros.
O atendimento ao assistido que se declara viciado
tem que ser muito dócil, muito carinhoso, isto para qualquer tipo de vício.
Temos que atender com respeito e consideração.
Aqueles vícios que não têm tratamentos específicos,
muitas vezes exigem exame espiritual no Colegiado de Médiuns. Na falta deste encaminhe para qualquer
trabalho de desobsessão.
Vamos incluir a Assistência 4 a qualquer resposta do
Colegiado.
21)- Criança
A criança é um Espírito adaptando-se a um novo
corpo. É frágil e aparentemente inocente. No entanto, ele traz consigo em
estado latente malícias e vícios, além das companhias e cobranças dos inimigos
arranjados no passado.
Nesta fase de adaptação, o Espírito, com a ajuda do
corpo físico que está novo e em forma, tem grandes possibilidades de
assimilação e aprendizado. A criança pode captar e arquivar todo e qualquer
ensinamento porque tem a mente aberta, livre de qualquer preconceito ou
restrição.
É nessa fase da vida que precisa ser introduzido o
processo de aprimoramento espiritual. O ensinamento recebido nessa fase vai
permanecer e influenciar em suas atitudes para o resto da vida.
É comum a gente ver e até comentar: este jovem foi
criado com rigor, numa família tão distinta e não tem um comportamento
plausível. É que nem sempre aquela família passou o que ele precisava.
É fácil a família passar educação, polimento, como a
sociedade exige. Mas, nem sempre a família passa exemplos de humildade, de
caridade, de fraternidade e de religiosidade, por isso ele cresceu educado,
honesto, mas, orgulhoso, egoísta e sem calor humano.
Outras vezes, ele recebeu tudo isso e aproveitou
muito, evoluiu razoavelmente em relação ao que trazia de negativo do passado.
Se não tivesse recebido tais cuidados e orientações, estaria em situação bem
pior. Sabemos que a natureza não dá saltos. Mas, o Espírito pode avançar muito
numa só encarnação, sem que os demais percebam.
Então é preciso que a criança desde cedo aprenda que
existe Deus, e também outras coisas acima dela, a quem ela precisa respeitar
confiante. Que é algo com o qual ela pode contar nas horas mais difíceis da
vida.
Essa crença (convicção) é muito importante na fase
de formação de uma criança. Por isso a Escola de Moral Cristã é necessária para
a criança, porque complementa aquilo que os pais passam. É muito importante
também o encaminhamento dos pais, primeiramente para os tratamentos da Casa e
depois para a escola.
O DEPOE tem condições de contribuir com essa
orientação e consequentemente colaborar para a melhoria geral.
22)- Adolescente
Quem é o adolescente?
É um Espírito habitando um corpo carnal em sua fase
de transição. Ele está deixando de ser criança, mas sabe que ainda está longe
de se tornar um adulto. Muitas pessoas pensam que ele se considera o senhor de
todas as situações, acha que sabe tudo, que pode dominar tudo. Na verdade, não
é bem assim. Um adolescente sabe que é impotente para muitas coisas, é
consciente de sua fragilidade e de sua incapacidade. Porém, a natureza
automaticamente o impulsiona a avançar. Intuitivamente, ele sabe que precisa se
tornar forte, mas a sua capacidade física e mental ainda é limitada. É aí que
entra em conflito consigo mesmo e consequentemente com o mundo.
Ele não quer ser conduzido, só que ainda não sabe se
conduzir. Ele dispensa a ajuda dos pais, mas sabe que precisa dela. A cabeça do
adolescente é muito confusa, a insegurança é muito grande.
Podemos comparar o adolescente a um passarinho
deixando o ninho, já tem asas, mas ainda não sabe voar. Precisa voar para
sobreviver, mas ainda tem medo.
A necessidade da auto-afirmação faz o adolescente se
tornar orgulhoso e rebelde. Suas necessidades físicas e emocionais o fazem
tornar-se persistente e cansativo, para os adultos que o acompanham. É por isso
que o chamam de “aborrecente”.
Além de tudo isso, ele está passando por uma
transformação hormonal, isso causa sintomas físicos que se confundem com seu
temperamento e até com o mau comportamento, por isso ele é mal compreendido.
Na realidade, um adolescente promete muito, pois em
breve se tornará um cidadão. Se for bem compreendido e orientado hoje, será o
adulto produtivo e positivo de amanhã.
Para orientá-lo, é preciso primeiro fazê-lo entender
a própria situação. Depois conquistá-lo, depositando-lhe confiança, porém sem
descuidar. Segui-lo de perto, sem muita interferência.
O bom exemplo é fator primordial. A prova de que o
amamos e somos seus amigos sinceros é de suma importância. O diálogo pacífico e
despretensioso é fundamental.
Todavia é importante considerar que existe a
possibilidade de alguns pais não serem suficientemente amadurecidos. Não
tiveram oportunidades de realizações, e mesmo de receber orientações adequadas.
Isso gera rivalidade e consequentemente competição com os filhos. Essa situação
contribui indiretamente para os grandes conflitos.
Na verdade, conquistamos e orientamos um adolescente
com muita humildade. Com espírito de renúncia e de fraternidade. Com AMOR.
10)- Estágios E Avaliações
Nem
todos os alunos que concluem este Curso de Preparação Para Colaboradores do
DEPOE são encaminhados ao trabalho de entrevistadores. Durante o ano todo é
feita uma avaliação por meio da assiduidade e participação nas aulas, e também
durante o ano eles levam para casa perguntas sobre as aulas teóricas. Estas
respostas têm peso na avaliação, assim como também a caligrafia legível.
No
final do curso, os alunos trazem casos e expõem em classe. os outros opinam e encaminham. pode até ser
seus próprios problemas. Isso serve de treinamento e ao mesmo tempo de
avaliação Todos os trabalhos são importantíssimos, por isso o fato de o aluno
ter freqüentado o curso lhe trouxe um bom amadurecimento, e assim, ele será um
bom colaborador mesmo fora das entrevistas.
11. Conscientização para o trabalho espiritual
Para
sermos bons colaboradores, em qualquer setor, temos que nos conscientizar do
seguinte: FOMOS TODOS CRIADOS POR DEUS, E O OBJETIVO É CRESCER ESPIRITUALMENTE.
O
trabalho e o sofrimento são as alavancas que nos impulsionam para subir, é
melhor trabalhar do que sofrer. Mas é preciso que este trabalho seja produtivo
e, para isso, temos de estar vigilantes quanto ao nível do nosso trabalho, que
deve ser melhorado constantemente.
Em
primeiro lugar, temos que nos conscientizar de que somos nós, os trabalhadores,
os principais beneficiados e que só trabalhamos por nós, embora outros se
beneficiem de imediato. Se outros não se beneficiassem, o trabalho seria
improdutivo e, dessa forma, nada estaríamos fazendo.
O
bom trabalhador deve estar sempre estudando. Porque quanto mais se aprofunda,
mais sente a necessidade de aprender, e o conhecimento conduz à perfeição do
trabalho e à reforma íntima. É importante, também, estar informado acerca dos
problemas sociais, pois estes alertam e reforçam a vivência e as experiências.
Há uma equivalência de
responsabilidade entre todos os servidores, independentemente do cargo, da
posição social ou cultural de cada um.
Ao analisarmos nossas
realizações, devemos indagar:
No que servimos? tem utilidade o que fazemos ?
Quanto servimos? o nosso tempo disponível está sendo usado com
utilidade? Como
servimos? com humildade ou com ostentação.
Cada
um de nós está na Terra buscando as experiências de que necessita, de acordo
com o passado, e preparando o futuro. Assim, todos os trabalhos são iguais no
valor, desde que sejam realizados com responsabilidade. Ninguém é dono do
trabalho. Os mais experientes, como os orientadores, são responsáveis pelos
trabalhos, NÃO PELOS TRABALHADORES.
Cada
trabalhador tem de ser responsável pelo que faz, e deve ser o seu próprio
fiscal.
Aquilo que não pode ser feito na presença do
responsável, não pode ser feito na sua ausência. Perante a vida e a
Espiritualidade, nós respondemos pelos nossos atos.
O
colaborador precisa ser humilde o suficiente para se analisar e compreender se
é ou não capacitado para exercer esta ou aquela atividade. Não pode se valer do
privilégio de já ter
freqüentado um curso de aperfeiçoamento. É preciso
saber se realmente assimilou este curso, e se suas tendências e capacidade
preenchem os requisitos exigidos. Precisa compreender que não é o “senhor” da
verdade, nem da perfeição. O seu cargo ou atividade deve ser motivo de
responsabilidade e não de vaidade. É preciso ser disciplinado, embora isso
cause sacrifício. Deve estar
consciente da necessidade de assiduidade e pontualidade, pois a ausência de um
membro causa grande transtorno para o grupo.
Não
deve sobrecarregar-se de tarefas, fazer apenas o que seu tempo permite para que
elas sejam feitas com equilíbrio e adequadamente.
Quando assumir uma tarefa, é preciso contar com a disponibilidade de
tempo para as reuniões periódicas do Departamento, pois estas têm a finalidade
de proporcionar melhor entrosamento, dar informações e atualizar os trabalhos,
por isso fazem parte da tarefa.
Vigiar-se para não cair no fanatismo. Os nossos familiares precisam
muito de nós, e fazem parte dos nossos compromissos espirituais. É preciso tomar
muito cuidado para não se deixar endeusar, e não se apegar demais a ninguém,
pois todos somos falhos. Por isso, podemos causar, ou ter decepções que podem
prejudicar o nosso trabalho.
Observar os limites da intimidade com colegas, principalmente com o sexo
oposto. Se o seu próprio cônjuge não é ciumento, o do outro poderá ser. É nossa
obrigação evitar todo e qualquer pensamento negativo em torno da nossa vida,
inclusive no meio religioso.
Entre colegas, vamos nos ajudar e compreender o máximo possível. Estamos
todos procurando evoluir e dependemos uns dos outros. Não vamos criticar, pois
desconhecemos o íntimo de cada um. A rivalidade entre colegas é falta de
caridade, e precisamos exercitar o amor, o respeito e a consideração.
O trabalhador não pode se melindrar quando
repreendido por algum erro. Também não pode querer que o trabalho seja feito
conforme sua vontade. Trabalho espiritual não é brinquedo de criança, que, na
primeira contrariedade, cruza os braços e diz: “Não brinco mais”. MELINDRE É
ORGULHO, E ORGULHO É CAMINHO CERTO PARA O FRACASSO.
O
colaborador também não pode se apegar a tratamentos prolongados por qualquer
problema. As doenças e perturbações, muitas vezes, são ataques e tentativas de
Espíritos negativos que querem nos tirar do trabalho. Esta dependência dos
tratamentos, também, retarda nossa evolução.
Os
Espíritas têm que, antes de tudo, recorrer aos recursos que já possuem dentro
de si, com alguns passes avulsos e leituras edificantes. Uma boa música ajuda a
elevar o padrão vibratório e aclarar a mente. Dessa forma, é possível
libertar-se, sem interromper o trabalho que é a sustentação do trabalhador.
Exame espiritual e tratamento contínuo, só são aceitáveis depois de
esgotados os recursos próprios.
Os
espíritas, colaboradores na Doutrina, não podem se esquecer de que são as
colunas que sustentam o movimento reformador da Humanidade. As colunas não
podem tremer. Têm que sustentar com firmeza a todos os choques. Se tremerem,
enfraquecem a construção.
Obs. Esta conscientização é a última aula, para
qualquer curso que implica em preparação para o trabalho espiritual, seria
importante que todos os candidatos ao trabalho na casa Espírita a fizesse antes
de começar a tarefa. (É interessante que todos os colaboradores da casa, passem
por esta conscientização.
11-1)- Reuniões semestrais
Todos os Departamentos ou setores precisam manter reuniões periódicas.
Do contrário não funcionam com eficiência
Você, colaborador, sabia que todos os departamentos que não fazem
reuniões periódicas com os trabalhadores não funcionam bem?
Você
sabe que o nosso DEPOE é uma extensão do DEPOE do Plano Espiritual?
Você
é um componente deste Departamento, e como eu e nós todos carregamos uma
responsabilidade muito grande!
Será
que alguém entre nós tem o direito de se julgar auto-suficiente, sem
necessidade de comunicação e contatos para desempenhar seu cargo? Não estaremos
sendo pretensiosos demais? Temos de saber que todos os colaboradores que
realmente têm responsabilidade e desejam colaborar com eficiência, não perdem a
oportunidade valiosa de receberem novas informações sobre o que devem fazer.
Você
precisa saber que 99% das reclamações que chegam aos dirigentes são provocadas
por colaboradores que não freqüentam as reuniões!
Será
que no DEPOE do outro lado acontece o mesmo?
Será
que nós vamos ter mérito, ao desencarnar, para sermos promovidos para a matriz
do nosso DEPOE, e continuar trabalhando? Ou vamos ter que assumir os erros e
recomeçar o aprendizado? Seria uma humilhação, vocês não acham?
Não
vamos perder tempo!
As
nossas reuniões são a cada seis meses, com opção de quatro dias e horários (na
Feesp).
Pode crer: elas são agradáveis, são feitas num clima
festivo!
Não
se isole, companheiro...Una-se aos irmãos deste e do outro lado. Somos a
família DEPOE. Uma família que se estende pelos dois planos.
Vamos procurar ser fraternos, conscientes, laboriosos e eficientes.
12)- SUGESTÕES
12.1 Leitura do tema da semana
É
importante que se faça uma pasta com os temas comuns de atendimentos
e todas as informações. Esta fica na secretaria para ser lida semanalmente pelos
colaboradores, antes do início do trabalho. Cada semana um tema com
informações, e se possível comentários referentes. Esta prática serve
inclusive de reciclagem. Troca-se o tema
todas as 2as. feiras. Quando esgotar os textos da pasta, pode-se repeti-los,
pois o espaço de tempo é grande entre o
texto inicial e o final.
12.2 Esclarecendo dúvidas
É
importante que alguns exemplares deste livro fiquem à disposição para facilitar
a consulta, quando necessário, e também para ser lido nos intervalos dos
atendimentos.
12-3 Fichas
para tratamentos específicos
Pasteur 3 PS – Prevenção ao suicídio
(colocar
aqui a ficha 14)
É
composto por dois grupos: o primeiro é o tratamento P 3E (Pasteur 3
Espiritual). E o segundo grupo faz uma projeção espiritual (Luz). Não há doação
física do médium. Deve ser recomendado sempre com a Assistência 2 ou
Assistência 4.
São
encaminhadas: só pessoas que têm tendência acentuada para o suicídio, ou que já
o tenham tentado. Não há necessidade de passar pelo Colegiado, porque este é um
tratamento específico
Pasteur 3 A - Alcoolismo
(colocar aqui a ficha nº 15)
Este
trabalho é uma desobsessão (PASTEUR 3E). A palestra que o antecede é dirigida
especialmente ao alcoólatra. É um trabalho que foi programado em conjunto com o
Instituto Fraternal de Laborterapia, por isso, a pessoa pode ser encaminhada
aos dois ao mesmo tempo.
São
encaminhadas: só pessoas que têm o vício da bebida, em maior ou menor
intensidade.
Não
precisa dar outro tipo de tratamento da Casa junto com este.
Pode
ser feito à distância por intermédio de um parente ou amigo.
Quando o interessado não pode vir no
horário específico, encaminhar para o Pasteur 3-E . A diferença desses dois tratamentos é apenas
a palestra.
Quando o tratamento é realizado à distância, colocar na ficha o nome do
portador seguido da observação "à distância". Não há necessidade de
passar pelo Colegiado de Médiuns.
Pasteur 3T - Tabagismo
(colocar aqui a ficha nº16)
Indicado para fumantes que queiram deixar de fumar.
São
encaminhadas: todas as pessoas que têm o vício do fumo, em maior ou menor
intensidade.
Se a
pessoa não se mostrar interessada, não force o encaminhamento nem comente sobre
o vício. Com certeza ele já ouviu falar muito sobre o seu vício, se ouvir
também de nós vai abandonar a Casa. Se ele reclamar do próprio vício,
sugira-lhe o tratamento
Este
tratamento é completo, porém pode ser recomendado acompanhado de A 2 ou A 4.
Pasteur 3 AT - AIDS e Tóxicos
(colocar
aqui a ficha n 17)
É um
tratamento especial, no qual o carinho e a atenção têm importância muito
grande, porque essas pessoas geralmente são rejeitadas até pela própria família
e, portanto, estão muito carentes.
Compõe-se de um passe espiritual na entrada e
palestra específica. O assistido passa pela desobssessão e depois pela doação
de fluidos. A diferença dos demais
tratamentos está na doação, que é
especial, ou seja com maior número de médiuns doadores Pode ser feito "à
distância". Coloque na ficha o nome da pessoa presente.
São
encaminhadas: as pessoas que são soropositivas e as pessoas usuárias de drogas.
O
tratamento e composto de passe espiritual, palestra direcionada, grupo de
desobsessão e grupo de doação.
Quando a pessoa diz que tem AIDS ou que é soropositiva ou que é
portadora do HIV, ou quando diz que consome drogas, deve ser encaminhada para
este tratamento, dispensando-se os demais.
Cuidado para não se chocar, ou demonstrar surpresa, ou mesmo dó. Não
faça perguntas extras, trate com naturalidade sem receio, sem pré-julgamentos,
sem preconceito.
Pasteur 3 C - Consolação
(colocar
aqui a ficha n 18)
São
encaminhadas: pessoas que estão inconformadas com a morte de entes queridos.
É
assistência espiritual e consolo.
As
palestras são direcionadas ao esclarecimento específico
Os
assistidos podem fazer perguntas.
O
trabalho, além dos passes, tem o diálogo, levando ao conhecimento e à
consolação.
Pode
ser recomendado só, porque é completo. Porém, a Assistência 4 lhe fará bem
porque pode reforçar o esclarecimento.
(Ler texto sobre o trabalho).
CA - Tratamento para Câncer
(colocar aqui a ficha n 19)
Este tratamento não tem ficha especial. O
que identifica é a sigla C.A.
São
encaminhadas: as pessoas com qualquer tipo de câncer.
Quando a pessoa falar, ESPONTANEAMENTE, que está com câncer, encaminhar
para
o Colegiado ou o tratamento específico, que é P.3-F e mais uma palestra dirigida aos
casos.
Observe a abreviatura C.A.
Tome
cuidado porque nem sempre a pessoa quer falar, ou ouvir comentário sobre a sua
doença ou situação.
NOTA: Se for observado que o Assistido está com
obsessão, dar primeiro um Cartão P-3M e colocar na margem: o próximo Cartão
será P-3F – CA
Obs. Os livros da mesma autora, foram escritos baseados nas experiência adquiridas através dos
trabalhos no "DEPOE" e inspirados pelos espíritos também colaboradores desse
departamento. Por serem livros de auto
ajuda e direcionados á Reforma Íntima podem auxiliar muito nos tratamentos. por
isso, podem ser adotados pelos trabalhadores e recomendados aos assistidos,
quando necessário.
Caros irmãos, boa noite! Estou trabalhando no atendimento fraterno da casa espírita que frequento e vimos a necessidade em realizar algumas alterações nas fichas de atendimento fraterno. Em pesquisa, localizei o presente estudo que muito nos ajudará no desenvolvimento das tarefas. No entanto, não foi possivel visualizar as fichas citadas no item 5. Existe a possibilidade de serem enviadas para mim, por favor? Meu email é shirleydrm@gmail.com
ResponderExcluirDesde já agradeço.
Paz e luz.
Ola Boa noite ! Tambem tenho interesse em receber as fichas. Podem por favor, enviar ao meu e-mail ? Sou da associação espirita henrique de castro de sao paulo e meu nome é Elaine. Eu coordeno um trabalho na casa chamado Tratamento Espiritual. Desde ja obrigada.
ResponderExcluirmeu email é elaine.burgarelli@gmail.com
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