Pensamento do Dia

ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO NA CASA ESPÍRITA


 

ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO NA CASA ESPÍRITA


 
Sobre a autora

 
Maria Cotroni Valenti atua na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP) desde 1954. Entre outras atividades, foi coordenadora da Área de ensino. Colaborou no "DEPOE" 38 anos, sendo 12 anos como subdiretora e 9 anos como diretora. Atualmente, na FEESP, é expositora da área de ensino e membro do Conselho Deliberativo.


 Prefácio

Apresentação

 
É com grande prazer e alegria, que chegamos a publicação deste livro, o qual funcionou como apostila, por mais  de trinta anos, com atualizações periódicas.

Este livro tem por finalidade demonstrar como  realizar os primeiros atendimentos numa Casa Espírita. Traz o programa do Curso de Orientação e Encaminhamento,  com  base na função do Departamento.

          Com este trabalho estamos atendendo às solicitações de muitas Casas Espíritas, pois

após completarmos o nosso trabalho no "DEPOE"  da FEESP, continuamos recebendo

muitos pedidos de orientações sobre os mesmos.

          Criamos este programa e ministramos o curso por mais de 30 anos, dentro e fora da FEESP.   Com isso adquirimos algumas experiências que nos permitem divulgar através deste livro.

          Vale lembrar que a inteira responsabilidade deste trabalho é nossa.   Vale lembrar

 também, que o trabalho não é uma norma,  e que cada casa deve adaptá-lo de acordo com os seus recursos e necessidades.

          Temos certeza de que este programa poderá esclarecer muitas dúvidas e facilitar a criação do Departamento, assim como, a implantação do Curso de Orientação e Encaminha-

mento.

          Sabemos que os fatores preponderantes para a execução deste, como de qualquer outro trabalho deve ser boa vontade e humildade.   Precisamos estar conscientes de que não sabemos tudo.

           No "DEPOE" as pessoas que atendemos, a cada dia nos trazem novas dúvidas, que precisam ser analisadas e atualizadas.

           Por isso é importante que estejamos unidos no propósito e na fraternidade.   A troca de idéias e informações é necessária entre os servidores do bem.

 

                                                                                     A Autora

 

 

 

INTRODUÇÃO
 
O DEPOE tem  por  finalidade  atender,  por  meio  de   entrevistas  e  exames  espirituais, crianças, adolescentes e adultos, orientando-os e encaminhando-os aos trabalhos de Assistência Espiritual e aos cursos básicos do Espiritismo.  Realiza este objetivo, mediante várias atividades.

Sendo o "Depoe" a porta de entrada da Casa Espírita, é o seu cartão de visitas. Representa a Casa, pois é o primeiro contato  do  assistido. A pessoa que não é bem atendida, vai embora, levando má impressão da instituição, e muitas vezes, até da Doutrina Espírita. O atendimento precisa agradar, consolar, passar segurança e encaminhar à Assistência Espiritual. Após o período de tratamentos, o assistido é encaminhado aos  cursos  oferecidos pela Casa.

          É preciso saber que o DEPOE recebe pessoas  diversas,  com  intenções  e  interesses diferentes.  Umas  procuram  alguém  ou  alguma   coisa  que  resolva  seus  problemas.  Outras  buscam  um  meio,  uma  orientação  que  as  ajude  as resolver e suprir  suas necessidades. Algumas querem ouvir uma palavra amiga.  Assim também outras  querem  apenas  falar, ser  ouvidas e  compreendidas. Só  o  desabafo já lhe  fará um grande bem.

          Temos que estar prevenidos, porque  existem as  pessoas  que  querem  passar por um "raio-x"   mediúnico. Também  tem  aquelas que vem pregar suas crenças, porque acham que a nossa é errada.

          Cada pessoa vai reagir de forma diferente  diante  do  nosso  atendimento.  Por  isso, é preciso que o  colaborador  do  DEPOE  seja  muito  bem  preparado, tenha   conhecimento  teórico  e  prático,  assim  como   precisa  se manter  equilibrado emocionalmente.

 

AOS DIRIGENTES DAS CASAS ESPÍRITAS

 

Segundo as experiências adquiridas em meio século de atuação na Doutrina Espírita, tanto na FEESP, como em várias outras instituições, chegamos as seguintes conclusões:

O "DEPOE", como porta de entrada, exerce grande atração sobre as pessoas, assim como é o maior propagador da Casa Espírita. Poderá ser o ponto de partida para uma caminhada rumo ao  trabalho e consequentemente ao progresso espiritual.

Toda pessoa que toma conhecimento de que a casa tem um atendimento individual, realizado por alguém especializado, que vai ouvi-la, compreendê-la, passar-lhe uma palavra amiga e orientadora, fica interessada.  Ela vai ser encaminhada depois que contar seus problemas  e mágoas. A assistência que irá receber é algo especial para seu caso. Sendo assim, entusiasma-se porque sente-se segura e confiante. Ela vai assimilar melhor o tratamento  a que for encaminhada e dificilmente abandonará a casa.

Sem dúvidas, essa pessoa vai aceitar a escola, que é a continuação desse tratamento. Na escola, vai aprender a caminhar e automaticamente sentir-se-á atraída pelo trabalho espiritual, conscientizando-se da importância do trabalho e do bem que o mesmo lhe fará.

Se essa pessoa for bem orientada e preparada para um trabalho sério e produtivo, terá a sustentação espiritual para o resto da vida.

Por esta razão, vemos o quanto é necessário o "DEPOE" funcionar com colaboradores bem preparados e conscientes das suas responsabilidades como entrevistadores.

Da mesma forma, é muito importante a preparação das palestras que antecedem os tratamentos. Pois estas precisam ser abrangentes na conscientização das responsabilidades do dia a dia de cada um no momento. De nada valem eloqüência, palavras bonitas, passagens históricas, se não se discutir a realidade na vivência atual e a necessidade da transformação de cada um.

Os assistidos precisam saber que o passe irá agir como emergência, é um  socorro misericordioso. Mas, a cura definitiva e a solução dos problemas, estão  nos conhecimentos adquiridos e colocados em prática  no pensamento e na vivência diária. O assistido precisa ser alertado, de que não adianta só receber o passe.  É preciso que cada um faça a sua parte.

O "DEPOE" tira a pessoa do fundo do poço e a coloca em terra firme.

O Tratamento espiritual, lhe dá a mão facilitando-lhe o caminho.

A escola ensina-lhe a caminhar sozinho.

Finalmente, o trabalho produtivo lhe propicia a libertação e a firmeza.  Conseqüentemente, acelera o progresso espiritual.

                                                

1.  ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO DEPOE

 

1.1  Composição  do DEPOE

 

a)         Um diretor geral

b)        Um  assistente

c)         Um ou mais  secretários

d)        Um coordenador administrativo;

e)         Um responsável para cada setor de atividade:

            ¨ Setor de entrevistas e orientações;

            ¨ Setor de apoio;

            ¨ Setor de colegiado de médiuns;

            ¨ Setor de adolescentes;

            ¨ Setor de crianças;

            ¨ Setor de divulgação; caso haja necessidade

            ¨ Setor de formação e treinamento;

            ¨ Setor administrativo.

Essa composição é base para uma casa grande.  As casas menores devem montar seu departamento de acordo com as possibilidades e necessidades.

 

2. SETOR DE APOIO

 
Aos colaboradores deste setor

 
Queridos companheiros do Grupo de Apoio.

Estamos juntos realizando um trabalho de grande responsabilidade.

É um privilégio poder servir quando  a causa é nobre. No DEPOE atendemos pessoas que trazem todos os tipos de necessidades.

É com o colaborador do Apoio que essas pessoas têm os primeiros contatos.

O bem-estar e a confiança delas, assim como a aceitação e a permanência  na Casa podem depender da maneira como as recebemos. Justamente por isso  temos que nos preparar  para atendê-las com muita atenção e amabilidade. Não nos preocupemos com aqueles cujo comportamento não corresponde às nossas gentilezas.

Se elas merecem ou não ser auxiliadas é tarefa do Plano Espiritual.

Temos que levar em consideração que não conhecemos as suas origens; além do que, muitas trazem grandes sofrimentos, por isso estão impacientes.

Para nós, o que importa é exercemos o nosso papel de formiguinhas laboriosas, servindo e compreendendo, sempre com alegria.

Vamos agradecer a Deus por essa oportunidade de servir, firmes, de mãos dadas, espalhando bons exemplos, doçura e responsabilidade.

 
2.1  Finalidade, composição e treinamento

 
O DEPOE é a porta de entrada  da Casa e Espírita, por onde precisam passar todas as pessoas que vem pela primeira vez.  Ali as pessoas contam seus problemas e até fazem confissões, às vezes muito graves. Por isso, tudo o que se passa, mesmo fora das mesas, é SIGILOSO. Sugerimos organizar um cursinho com 3 aulas para treinar os colaboradores desse setor.

 
Para colaborar no SETOR DE APOIO, exige-se que os colaboradores trajem-se discretamente, estejam cursando, no mínimo, um curso de base de doutrina espírita.

 
2.2 Ao Setor de Apoio compete:

 
 Colaborar no trabalho em geral do Departamento. Este  tem a seguinte divisão:

            1) Recepcionista

            2) Atendente

            3) Secretaria

            4) Estatística ou anotador.

 

Recepcionista

Fica na sala de recepção, recebendo as pessoas. Passa as informações necessárias. Entrega uma mensagem ou jornal espirita para as pessoas que vão passar pelas entrevistas e as acomoda nas cadeiras, pela ordem de chegada. Cuida para que não haja algazarra e para que não leiam jornais ou revistas profanos.

¨  Não podemos fazer entrevista na Recepção. Se as pessoas quiserem falar, não se deixe dominar pela curiosidade. Vamos cortar e dizer: Você vai falar tudo o que quiser ao entrevistador, que vai orientá-lo.

¨  Se alguém quiser algo que foge do  regulamento, ou disser que é de outro Departamento da Casa, peça para compreender que são normas do Departamento e por isso precisam ser cumpridas.

¨   Mantenha-se firme no seu posto. Quando não tiver o que fazer, leia as mensagens na pasta de esclarecer dúvidas  ou um livro espirita.

¨ Evite conversas demoradas com amigos ou mesmo assistidos.

¨ Fale baixo, mostrando com isso, que o lugar é sério e de respeito. Falando em tom baixo, você se impõe ao assistido e poderá conduzi-lo a respeitar o ambiente.

 

Atendente

Fica na porta do salão de entrevista, observa as mesas que estão vagas e acompanha o assistido até à mesa do entrevistador, obedecendo sempre à ordem de chegada. Esses dois colaboradores devem manter sempre um sorriso amigo, com palavras suaves e gentis, que inspire confiança a quem chega. Mesmo aos que chegam mal humorados, exigentes e até indelicados.

Não podemos esquecer que às vezes essa pessoa está procurando a Casa como último recurso, por isso está em estado péssimo. A nossa autoridade  deve ser a moral e a amabilidade com que atendemos.

Não devemos deixar que sejam atendidas com acompanhantes, mesmo que sejam parentes, ou colaboradores da Casa. Quando as mesmas insistirem, explicar que é norma da casa.

 Nunca dizer que é proibido, mas sim que não podemos desobedecer às normas, sendo que as mesmas são para o bem do assistido. Na saída, mostrar a porta de saída, pedindo para que apresente a ficha na mesa de estatística. Agir sempre com muita amabilidade.

 

Secretaria  (trabalho sigiloso)

 

É o elo de ligação do Colegiado de Médiuns com o  plantão de entrevista.

¨ A ficha preenchida pelo entrevistador é entregue ao colaborador servindo na secretaria,   e este a encaminha ao colegiado.

¨ Após a orientação  do colegiado a ficha volta para a secretaria. Preencher o cartão externo com o tratamento indicado. (só o indicado). Nunca acrescentar nem mudar nada, mesmo que conhecemos o caso e acharmos que está errado ou deveria ser outro. Vamos confiar no plano Espiritual.

¨A ficha interna  volta à mesa do entrevistador juntamente com o assistido. Onde ele receberá a orientação que o colegiado passou

-Completar o cartão anotando  o horário escolhido pelo assistido.

¨ Cancelar com um grande X os tratamentos não indicados.

¨  Você colaborador da secretaria, é um guardião dos segredos dos assistidos. Não permita que sua curiosidade o leve a ler os sintomas escritos na ficha.  Lembre-se que a indisciplina pode anular a proteção que recebemos.

¨ É comum alguém, sob a alegação de que é da Casa, querer verificar as fichas do arquivo; não permita, nem mesmo sendo trabalhador do DEPOE.  Seria bom, se na parede da secretaria  tivesse um cartaz, exibindo esta e outras informações.

¨ Nunca intervenha no tratamento dado, mesmo que você conheça o caso. Cada um é responsável pelo que faz perante Deus e o Departamento, e responderá pelo que faz.

¨ Arquive as fichas por ordem alfabética, com o sobrenome na frente, conforme deve ser escrito na ficha.

¨ Cuidado para não misturar as fichas de crianças ou  de adolescentes com as de adultos.

¨ As fichas de crianças e adolescentes devem ficar em pastas separadas.                                   ¨ Atenção  para as fichas já existentes no arquivo: Quando chegar uma ficha para o Colegiado, preenchida pelo entrevistador da segunda vez em diante, procurar no arquivo a ficha correspondente, juntar a mais recente com um clipe e mandar para o Colegiado. Na volta separar e mandar para a mesa do  orientador apenas a ficha atual. Quando a mesma voltar para ser arquivada, observar no arquivo se tem mais fichas, rasgar as mais antigas. Só arquivar a atual, grampeada com a última já existente. No arquivo ficam apenas duas fichas. Cada quatro meses retirar das pastas as fichas inativas, rasgando-as em pequenos pedaços, para não serem identificadas, no lixo.

 

Estatística ou anotador (carimbo)

 

         Aparentemente é um trabalho muito simples, mas de grande valia. É preciso ser feito com muita atenção, porque dependemos desse trabalho para se executar outras tarefas administrativas. E como em todas as Casas, a estatística demonstra o que ocorre e, dependendo dessa base é que vamos buscar a solução para as falhas do trabalho em geral.

¨ Verificar se a ficha de tratamento está corretamente preenchida e com letras legíveis.

¨ Se o entrevistador colocou na ficha o seu visto e o número de seu crachá e se cancelou os tratamentos não dados.

¨ Coloque o carimbo,  do DEPOE

¨ Coloque o seu visto  o número de seu crachá.

¨ Não deixe ninguém sair sem apresentar a  ficha para carimbar. A ficha sem carimbo é considerada clandestina.

¨ Anote na folha da estatística que corresponde ao tratamento, observe quando tem mais de uma assistência a anotar. Esta folha é trocada a cada mês e com ela é feita a estatística anual.

          "Amigo colaborador deste setor": O seu trabalho neste Departamento é muito importante. Sua participação e assiduidade colaboram muito para que o Departamento se mantenha em equilíbrio.

          Todo trabalho dentro da Doutrina espírita é muito importante, por isso, cada um deve fazer o MELHOR POSSÍVEL, só assim estaremos cumprindo nossa tarefa.

 

3.  COLEGIADO DE MÉDIUNS         

 

Finalidade, composição e treinamento

        

 O colegiado de médiuns é o setor mediúnico do "DEPOE". Congrega os servidores que atendem os casos em que, devido a sua complexidade, se façam necessário a consulta diretamente ao plano espiritual

          Para colaborar no Colégio de Médiuns, exige-se treinamento feito no DEPOE:

          Para fazer esse treinamento é preciso, no mínimo, estar cursando o primeiro ano mediúnico e ter feito o curso de passes.

 

           Aos Médiuns:

          A você, companheiro, que é médium, que está tendo a oportunidade de pôr em prática seu trabalho,  tarefa esta  que certamente você traz como compromisso de acordo com as próprias necessidades lembre-se sempre: este trabalho é gratificante quando encarado com seriedade.

 

              A fim de cumprir suas finalidades o colegiado funciona com:

                         

1)-  Um responsável pelo setor,

2)-  Um dirigente para cada período de trabalho.

3)-  Médiuns  treinados em telepatia, vidência, audição e inspiração.

 

          Seria bom, se para cada período, tivesse pelo menos dois médiuns e um dirigente. Porem quando necessário poderá funcionar com menor número.  O importante é a responsabilidade e a humildade dos colaboradores.  Os nossos companheiros espirituais, não nos desamparam nunca desde que haja sinceridade e seriedade no trabalho.

          O treinamento para estes médiuns, deve ser feito por pessoas conscientes, com relativa experiência no campo mediúnico, e bom conhecimento evangélico-doutrinário . É necessário que o médium já tenha cursado Educação Mediúnica e curso de passes.  Esse treinamento é feito através de exercício de concentração e ligação com os mentores.  Lembramos que, não é um trabalho de adivinhação, mas sim uma captação da orientação passada pelo plano espiritual.

          Tanto o Dirigente, como os médiuns, precisam conhecer os trabalhos da casa, para tanto pode-se fazer um pequeno estágio em todos os trabalhos existentes na Casa.

          Os médiuns não devem saber a quem pertence a ficha a ser examinada, para não haver interferência,  caso conheça o assistido.

         Lembramos mais uma vez, que este trabalho é de grande responsabilidade e exige muito dos colaboradores. É preferível não tê-lo na Casa Espírita do quer manter um trabalho ineficiente.

 

Observação: Quando o colegiado não pode acompanhar, os dias e horários que o plantão de entrevistas funciona deve-se agir da seguinte forma: o entrevistador, notando a necessidade de passar o assistido pelo colegiado, preenche a ficha própria, a secretaria arquiva-a em pasta própria,  encaminha o assistido para uma assistência avulsa existente no horário, pedir para que volte na semana seguinte, para isso ele leva uma pequena ficha de identificação. Neste retorno  será devidamente orientado e encaminhado pelo mesmo entrevistador que o atendeu..

          O colegiado se reunirá, nos dias e horários marcados,  e atenderá as fichas arquivadas, colocando-as em outra pasta já com a orientação feita. (Os dias e horários dos trabalhos do colegiado deve ser fixo quantas vezes for possível na semana.)

          A  Casa que ainda não tiver condições de formar o colegiado de médiuns, pode fazer este trabalho apenas com os entrevistadores, observando que os sintomas citados pelos assistidos coincidam com a orientação. para os tratamentos Pasteur.

          Também a  Casa que ainda não possui os tratamentos Pasteur, devem encaminhar para os que . existe na casa.   O plano maior,  suprirá as nossas necessidades desde que feitas com amor e dedicação. Gostaríamos de lembrar mais uma vez que, a maior importância nos tratamentos espirituais, é o conhecimento do Evangelho e da Doutrina Espírita adquirido e colocado em prática.  Portanto a recomendação de leituras e as palestras que antecedem ao passe, devem ser reforçadas.

 

 

4.  CURSO DE ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTO

 

          Este curso visa o desenvolvimento da vivência diária.  O aluno deve ser conscientisado

 da seriedade do trabalho, pois este exigirá muito de  cada colaborador.

          Tanto o curso como todo atendimento dos entrevistadores e colaboradores do apoio não faz uso de mediunidade.

O curso de entrevistadores do "Depoe" segue dois livros,  que  embora  sejam independentes entre  si, completam-se nas orientações, tanto no curso como no  trabalho  do Departamento.

          O primeiro é:  "A Vida Nossa de Cada Dia", usado no primeiro semestre. São 17  capítulos , passados em 15 aulas, que podem ser desdobradas ou algumas inclusas                    A conscientização é passada no final do curso.

          As aulas são comentadas ou discutidas entre os alunos e  professores.  Por  se  tratar de assuntos do  cotidiano,  promovem  uma  reflexão  e  um  conseqüente  amadurecimento, que reforça a  compreensão e o entendimento do aluno. Dessa forma, o entrevistador  estará mais firme e seguro nas entrevistas que realizará.

          O segundo semestre utiliza  o  livro  que  temos  em  mãos que trata da parte prática do trabalho.  Portanto, aborda a forma de atendimento com as técnicas e habilidades necessárias.  O curso é ministrado em um ano, geralmente de março a novembro. São mais ou menos 32 aulas, com muitas perguntas e  troca de idéias.

       As aulas devem ser movimentadas e alegres para  envolver  os  alunos e evitar a distração ou até mesmo o sono. Para ingressar nesse curso, a  pessoa  precisa  trazer uma certa bagagem  de conhecimentos  Evangélicos - Doutrinários.  Precisa  ter  freqüentado  os  curso  de base da Doutrina, além de atender os requisitos necessários listados a baixo.

 

 4.1 Requisitos exigidos pelo "DEPOE"

 

         O plantão do "Depoe" , é  coisa  muito  séria  é  preciso  saber que todos os cargos são de muita responsabilidade.  Para ser entrevistador, são exigidos os seguintes requisitos:

 

1)-   Curso  de formação de colaboradores do "Depoe" - Para  este  exige-se  estar  cursando

        Educação Mediúnica ou Aprendizes do Evangelho, e também o curso de passes.

       

2)-   Ter acima  de  25 anos - Antes  dessa  idade, dificilmente  se  tem  o   amadurecimento

        necessário para o atendimento.

 

3)-   Ouvir bem - para entender bem o que o assistido fala e não o fazer repetir  várias vezes

        a mesma coisa. É desagradável para o assistido, sentir que não está sendo entendido.

        Em um desabafo, muda-se muito a maneira de se expressar, por isso a repetição se torna

        inconveniente.

 

4)-  Falar com clareza - a mesma coisa do item acima. Se a pessoa não entender o que falamos

       perde o interesse pela entrevista.

5)-  Não fumar - O fumo é um vício, uma dependência.  Além disso,  o fumante  exala   cheiro

      de fumo, tornando a entrevista desagradável.  Porém  existem  outros  vícios  tão graves

      quanto o fumar e, portanto, desaconselháveis.

6)-  O Álcool -  É  semelhante  ao fumo ou pior,  porque  altera  as   ondas  mentais, portanto

       o trabalho se torna impraticável.

7)-  Ter uma relativa cultura - A cultura nos ajuda a desempenhar melhor o trabalho. No  Plantão                                                     atendemos muitas pessoas cultas, e se falarmos  muito  errado,  tivermos  dificuldades

       para preencher a  ficha,  escrevermos  errado,  causaremos    impressão  ao  assistido e

       poderemos ser desacreditados.  É suficiente ser bem alfabetizado, escrever certo sem  dificuldades ; a vivência pode ajudar muito.

8)-  Ter vivência - Sem vivência não temos condições de entender os problemas dos outros.

9)-  Ter bom conhecimento Doutrinário - porque com conhecimento sabemos encarar  melhor

      os problemas expostos.  Só com conhecimentos podemos ver os problemas à luz do  Evangelho .  Dessa forma, exercemos maior domínio sobre a entrevista,  porque  muitas pessoas vem ao plantão para nos pregar a sua crença, e se perceber que temos pouco conhecimento doutrinário, vai querer assumir a liderança da entrevista

10)- Ter conhecimento dos trabalhos de assistência espiritual da Casa -  isso para podermos

        encaminhar corretamente.

11)- Ter aparência discreta - É  muito  importante  não  usarmos  trajes  exagerados.   Para os                                                                                 

        homens barba e cabelos aparados, camisa abotoada ou fechada.  As  mulheres devem                                 trajar-se  de maneira simples, sem jóias, sem muita maquiagem, sem decotes e  cavas  exageradas , nada que seja chamativo, podendo ser elegantes mas sem exagero. A pessoa insegura tenta se impor pela aparência sofisticada.  A simplicidade e a discrição passa  segurança e firmeza.

              

        Você, entrevistador, possivelmente é o primeiro contato que tem uma pessoa que  procura o Espiritismo.  Muitas pessoas vem a  Casa  Espírita   dispostas a ficar e aprender, mas, tantas

outras vem prontas a criticar, até mesmo por influência de entidades acompanhantes. Por tudo isso, a sua responsabilidade é grande, porque a permanência dela pode depender da sua postura.  Procure não chocar com gestos e palavras inadequadas. Seja você mesmo, sem esquecer o seu semelhante. Fale baixo, mas, audível. Evite falar muito perto das pessoas, pois eventualmente, podemos estar com hálito forte  e desagradável.  O mesmo deve ser observado, com relação a transpiração do corpo e ainda com relação a perfumes,  pois, todo excesso pode ser desagradável.

 

Alerta aos entrevistadores

 

         Caros companheiros do DEPOE.

         Você sabe que todas as pessoas que se propõem a ajudar o próximo, ouvindo desabafos, passando orientações e palavras amigas, correm o sério perigo de se tornarem alvo de admiração e apego por parte de necessitados carentes?

         Isso pode confundir o assistido e levá-lo a misturar as emoções, principalmente os de sexo oposto. É preciso tomar muito cuidado com o atendimento repetitivo a certas pessoas. Por precaução, esse procedimento é contra o regulamento do DEPOE e está claro neste livro.

         Nas Casas espíritas e, principalmente no nosso departamento, não se pode criar vínculos com os assistidos. Temos que evitar terminantemente alimentar ilusões doentias. Além do que, não podemos nos tornar vítimas das próprias ilusões, ilusões estas causadas pela vaidade que ainda existe em nós, e que por isso são reforçadas pelas forças negativas. Portanto, a

nossa obrigação é tomarmos o máximo cuidado, pois que, ainda assim, poderá ser pouco.

         Não nos esqueçamos de que prestaremos contas a Deus e à vida sobre tudo o que fizermos em nome do trabalho espiritual que nos é confiado.

         Vamos servir com firmeza, esperança e garra. Fomos colocados nesta tarefa porque temos condições de realizá-la com eficiência.

         Coloquemos nossa capacidade e boa vontade em ação. Então, se algo nos faltar, Deus suprirá.

 

4.2  Objetivo da entrevista

 

          O objetivo da entrevista é permitir ao entrevistador, compreender, através  dos sintomas relatados, o problema e a situação do entrevistado, conduzi-lo à assistência adequada, a fim de recuperar-se e adquirir capacidade de pensar e se auto analisar dentro do  Evangelho de Jesus, além de servir como desabafo.

         A assistência a ser encaminhado, consiste em tratamento espiritual, leituras e escola.

 

4.3  Técnicas  da entrevista

 

Para alcançar o objetivo durante a entrevista, o entrevistador não pode querer resolver os problemas dos assistidos. Em primeiro lugar, porque na maioria das vezes não é possível, e também porque a função dele é encaminhar o assistido e não carregá-lo no colo. Por exemplo: Quando a pessoa está sem emprego, devemos incentivá-la a procurar, dar até algumas sugestões, mas nunca assumir qualquer compromisso com indicação ou recomendação, porque isso pode acarretar problemas para o entrevistador e para a Casa, pondo em risco a sua credibilidade.

 

-Não querer ajudar com dinheiro, porque se a pessoa for acomodada, vai se aproveitar da situação e poderá ficar mal acostumada (Isto é comum acontecer). Nesse caso, indicar o departamento apropriado, se existir na Casa.

-Não incentivar a parar os tratamentos médicos, psicológicos e outras terapias.

-Não entrar em discussão política, esportiva, religiosa ou doutrinária.

-Não exigir que a pessoa abandone a sua religião ou crença só porque veio à Casa. Isso ela fará gradativamente, sem a nossa interferência.

-Não procurar inteirar-se de assuntos que se relacionem com a vida particular do assistido, apenas para sabermos algo mais. Devemos evitar perguntas desnecessárias.

-Através das perguntas abaixo, conseguimos dados suficientes para encaminhar o assistido adequadamente. Fatos e detalhes que a pessoa não relatar, não devem ser forçados, pois significa que ela não deseja se expor.

-Não podemos invadir a privacidade de ninguém. O importante é que a pessoa LEIA, OUÇA e ASSIMILE o EVANGELHO.

-Perguntas que podem ser feitas, se necessário: sua saúde é boa? Dorme bem? Alimenta-se normalmente? Tem bom relacionamento com a família? E com os colegas de trabalho, pessoas de contato?

-As perguntas devem ser feitas de acordo com a necessidade. Não podemos fazer da entrevista um bate-papo.

-Não vamos adivinhar nada e é preciso que o assistido saiba disso.

-Não revelar vidência, inspiração, nada que se relacione a mediunidade. As interferências mediúnicas, que por acaso surgirem, ou são fruto da nossa imaginação, ou são apenas para nos orientar. Se revelarmos, vai prejudicar o assistido, porque ele não está preparado para ouvir revelações e também para não alimentar o vício de recorrer aos Espíritos para toda e qualquer decisão. Na nossa opinião,  tal procedimento deve ser PROIBIDO NO DEPOE.

-Não citar fatos conhecidos nossos, acontecimentos alarmantes, notícias de jornal etc.

- Não usar ninguém como exemplo, nem nós mesmos. Cuidado para não contar os próprios problemas.

- Nunca prometer curas ou solução para o caso. Devemos frisar bem que tudo depende do merecimento e boa vontade dele mesmo. Nós sabemos que existem problemas cármicos e de sintonia vibratória que só podem ser atenuados por meio do conhecimento e mudança de comportamento do próprio assistido.

- Nunca dizer que a pessoa é médium, que precisa desenvolver a mediunidade. Em primeiro lugar porque ela pode ficar com medo e ir embora, também porque os sintomas enganam.  Pode ser apenas perturbações espirituais, doenças físicas, perturbações psíquicas etc. Além do que ela vai se desinteressar pelos tratamentos, pela leitura, e pela escola, porque o seu único interesse passa a ser o de desenvolver a mediunidade para resolver os seus problemas.

Como as Casas bem orientadas não oferecem este trabalho sem escola, ela vai procurar outro local, onde poderá encontrar dirigentes desavisados e fazer um falso desenvolvimento.

São as calamidades que se realizam em nome da mediunidade. Se ela perguntar se tem mediunidade, dizer que através dos cursos ela própria descobrirá.

Se falarmos que a pessoa é médium, corremos inclusive o risco de, por tratar-se de perturbação espiritual, ao desaparecerem os sintomas, a pessoa imaginar que o tratamento da Casa fez com que ela perdesse a sua mediunidade.

-Não vamos querer ensinar doutrina. Não dá tempo e a pessoa pode confundir-se. O que precisamos fazer é incentivar a leitura do Evangelho e explicar que este mostra a realidade da vida, como resolver os problemas, como enfrentá-los e como evitá-los. Além disso, se a pessoa porventura estiver acompanhada de algum Espírito, este também vai aprender com a leitura e automaticamente tomar seu caminho, deixando assim de perturbá-la (só explicar isso se ela tocar no assunto).

-Não podemos indicar médicos ou remédios. A indicação de médico pode despertar desconfiança de interesses particulares. E a indicação de remédios por leigos é proibida pelo Código Civil. No DEPOE deve ser proibido indicar profissionais de qualquer campo, mesmo que ele seja espírita.

-Não se mostrar surpreendido ou admirado com os problemas do assistido. Tudo é normal para a época em que vivemos.

-Não se mostrar impressionado nem indiferente ao sofrimento do assistido. Mostrar sempre a grandeza de Deus e das Leis da Natureza.

-Não demonstrar superioridade por ser o atendente e não o atendido. Vale lembrar que há algum tempo estávamos sendo atendidos também, e que continuamos a ser atendidos pelo

plano espiritual.  Muitas vezes não demonstramos superioridade, mas nos sentimos superiores, o que nos faz entrar em sintonia negativa da mesma forma.

-Nunca exigir que a pessoa compre o Evangelho na Casa (por causa do comércio).

-Nunca condenar qualquer ato do entrevistado nem concordar com aquilo que achamos errado. Devemos mostrar que tudo que foge da Lei de Deus acarreta sofrimentos. Nos casos de aborto ou outros deslizes, é importante dizer que Deus nos dá sempre novas oportunidades de reparar os nossos erros. (Não estamos nos referindo ao aborto necessário, indicado pelo médico ou expontâneo.)

-Não devemos permitir que nos façam elogios. Procurar mostrar que outros companheiros em nosso lugar fariam o mesmo. Cuidado com o orgulho e a vaidade, que podem nos fascinar, tornando-nos presas de fortes obsessões.

-Evitar atender a mesma pessoa repetidas vezes. Isso pode criar elos de ligação mental e emocional. Explicar que todos têm possibilidades de atender e ajudar, que todos fazem o mesmo trabalho, e que cada plantonista tem experiências diferentes a transmitir.

-Não podemos querer acompanhar os casos, pois não somos profissionais de atendimento psicológico. Somos apenas entrevistadores e encaminhadores. “AJUDA E PASSA” – diz o Evangellho.

-Não encaminhar a outros locais de trabalho que não sejam kardecistas,

alegando ser trabalhos mais fortes. Temos que entender e passar para o assistido que o tratamento da Casa e a elevação do padrão vibratório o tirará de tal situação. O CONHECIMENTO NOS LIBERTA.

-Não marcar encontro em outros locais para prosseguir a entrevista, como lanchonete, corredores e outros locais dentro ou fora da  Casa

-Não dar endereço ou número de telefone para novos entendimentos. Isto e o acima citado acarretam perturbações para o entrevistador e são prejudiciais para o assistido. Vamos lembrar que aqui na Casa temos cobertura espiritual, e transgredindo o Regulamento, certamente a perderemos.  Assim, poderemos ser atacados por eventuais obsessores que

acompanham o assistido.

-Cuidado para não dar conselhos ou opiniões pessoais, isso pode acarretar responsabilidade sobre aquilo que não compete a nós, colaboradores.

 

4.4  A entrevista correta

 

¨ Se for possível, atenda a pessoas do mesmo sexo. ISTO NÃO É REGRA, apenas pode permitir ao assistido que fique à vontade para falar de assuntos mais pessoais.

¨ Gentilmente convide-o a sentar-se.

¨ Pergunte se é a primeira vez que participa da entrevista.

¨ Qual o motivo que o trouxe para a entrevista ou para a Casa. Se for retorno, solicitar a ficha anterior para certificar-se do seu aproveitamento e assiduidade.

¨ Ouça atentamente os problemas, observando as causas. Se for doença material, incentive a uma consulta médica, juntamente com o tratamento espiritual (um completa o outro). Se for problema espiritual, encaminhe ao tratamento adequado.

¨ Mostre a necessidade da leitura do Evangelho. Não há necessidade de que o assistido leia em voz alta, pois  o mesmo poderá sentir-se inibido, e simplesmente deixar de ler. Mas, a opção é de quem está lendo. O IMPORTANTE É LER O EVANGELHO, ENTENDER E COLOCÁ-LO EM PRÁTICA.

¨ Após a entrevista, esquecer o que se passou e ouviu. Isto parece difícil, mas é só questão de treino. Não podemos nos prender ao problema, mesmo porque todas as vezes que pensamos ou falamos, nos ligamos ao caso, podendo atrair suas entidades e perturbações.

¨ O plantonista precisa ouvir mais do que falar, porque muitas vezes só o desabafo já causa grande melhora. É importante não interromper o desabafo.

¨ O que ouvimos durante a entrevista É SEGREDO. Em hipótese alguma podemos comentar, nem com os parentes mais íntimos, nem entre nós, colegas de trabalho. Não deveríamos ficar impressionados com o que ouvimos, mas se isso acontecer, e o caso estiver nos “prejudicando psicologicamente, podemos procurar um colega de nossa confiança e desabafar, sem identificar o assistido”.

¨ O Plantão é um “confessionário”. O sigilo tem que ser rigoroso. Isto porque, no plantão, ouvem-se coisas muito íntimas. Se contarmos aos outros, além de nos prejudicar, vamos prejudicar também o assistido. Em vez de ajudar estaremos sendo falsos, indignos da confiança que nos foi depositada. Estaremos falhando perante DEUS e perante nossa tarefa.

¨ O entrevistador precisa manter a liderança no trabalho. Por isso, deve procurar aprender sempre mais.

¨ O entrevistador precisa ser muito dedicado e amável, ser portador de boa educação, tratar com muito carinho, mas com energia.

¨ Muitas vezes as pessoas chegam e falam de maneira revoltante, blasfemam contra Deus e se julgam vítimas de tudo, acham que todos são culpados de seus problemas. É preciso compreender e depois de ouvir tudo, procurar convencê-lo de que DEUS É BOM, e o que está acontecendo é por um desajuste qualquer, e que mediante o tratamento, e com muita boa vontade da parte dele, tudo PODERÁ se normalizar.

¨ O entrevistador deve ter atenção especial para o fator tempo, que é muito curto. A entrevista deve ser abrangente, mas sucinta, atingindo no máximo quinze minutos, a não ser em casos excepcionais. Vale lembrar que podemos enganar aos nossos colegas e aos supervisores quanto à necessidade de prolongar a entrevista; no entanto, não enganamos a Deus nem a nossa consciência.

¨ Atender nas mesas somente a uma pessoa. Não permitir a presença de acompanhantes, a não ser em casos de pessoas deficientes auditivos, com dificuldade para falar ou se comunicar de maneira geral. Se a pessoa fala e ouve, deve ser atendida só, para poder falar e se manifestar com segurança e liberdade Não se deixar vencer pela insistência do acompanhante ou mesmo do assistido, muitas vezes ele está sendo forçado (coagido) a fazer isso. Dizendo que é regulamento da Casa, ficamos livres de qualquer acusação ou responsabilidade.

 

¨ Se um casal insistir, dizendo que o problema é dos dois, por isso querem expor juntos, passar o caso ao coordenador que determinará o atendimento, primeiramente individual e depois juntos.

¨ Não se esqueça de que a leitura e as palestras que antecedem os passes são de suma importância podem ajudar muito. Passe isso ao assistido.

 

5. Forma de encaminhamento: sintomas e fichas

     

       

Estes modelos de fichas, são usados na FEESP.  as  Casas Espíritas, fazem as suas opções.

 

5.1  Atendimento a adultos (acima de 14 anos)

 

 Assistência 3 (A-3) ou Choque Anímico

                   (Colocar aqui a ficha n 1)

Choque de amor direto no obsessor, acompanhado de passe espiritual, antecipado por breve palestra.

São encaminhadas: pessoas com sintomas de depressão, nervosismo, inquietação, negativismo, ciúme exagerado, dificuldades de encontrar emprego, situações de negócios que não se concretizam, desentendimentos no lar, no emprego, crises de choro sem motivo aparente, dores indefinidas, taquicardia, insônia, visões, dificuldades de concentrar-se, de fazer preces etc.. todos esses sintomas e situações, sem perder o sentido (desfalecer) e sem perder o controle.

Coloque a sigla A-3 na frente da palavra Assistência.

Assinale com um X o quadrinho indicando o dia da semana

Inutilize o quadro A-2 conforme figura.

Não esqueça de colocar o número do seu crachá.

Esta ficha pode ser dada à pessoa que procura tratamento para terceiros, mas somente quando a pessoa estiver impedida de vir.

Assim que essa pessoa intermediária estiver preparada, deve ser encaminhada para a escola, mesmo continuando o tratamento para a outra.

NOTA: Muitos casos são encaminhados para o Colegiado de Médiuns sem necessidade, encaixam-se muito bem nessa assistência.

 

Assistência 2 (A-2) ou Reforço Áurico

             (Colocar  aqui a ficha n.2)

Palestra Evangélico-doutrinária, com duração de quarenta minutos, e que tem por finalidade esclarecer sobre a vivência diária, simultaneamente com o tratamento coletivo efetuado pelo Plano Espiritual durante a própria palestra. Em resumo, ela ensina a fechar as portas às negatividades e automaticamente abri-las para as influências e manifestações positivas. Mediante o esclarecimento, este trabalho contribui para a solução dos problemas apresentados pelo assistido.

São encaminhadas: Pessoas com inseguranças, dúvidas, decepções, com falta de incentivo e de ânimo para lutar, pessoas com chamamentos leves para as tarefas espirituais, e que com os conhecimentos adquiridos nas palestras podem despertar e equilibrar-se. É o tratamento adequado também para as pessoas que estão à procura de algo mais, pessoas interessadas em conhecer a Doutrina e que estejam em condições de ouvir e assimilar a palestra.

Serve também para complementar outros tratamentos e é a preparação para o Curso Preparatório.

¨ Coloque a sigla "A-2 " na frente da palavra Assistência.

¨ Inutilize o quadro A-3 conforme figura.

¨ Assinale o dia e horário em que a pessoa pode fazer o tratamento.

¨ Não esqueça de colocar o número de seu crachá.

 

 

Assistência 3/2 (A-3 e A-2) – Conjugado

              (Colocar aqui a ficha n.3)

São encaminhadas: pessoas precisando do Choque Anímico (A-3) e em condições de assimilar e manter-se equilibradas durante as palestras da Assistência 2 (A-2).

A cura torna-se mais rápida e mais fácil com a ajuda do esclarecimento recebido nas palestras. Este tratamento é muito eficiente e pode ser considerado completo, desde que a pessoa se proponha a assimilá-lo.

Esta ficha também pode ser dada para quem procura tratamento para terceiros. Pedir para, quando sentar no grupo, pensar firmemente no outro e prestar muita atenção nas palestras.

Coloque na ficha o nome do portador. Assim que ele estiver preparado, encaminhá-lo à escola, mesmo continuando o tratamento para outra pessoa.

¨ Coloque a sigla 3/2 na frente da palavra Assistência.

¨ Assinale os dias da semana e horário da Assistência.

¨ Não esqueça de colocar o número de seu crachá.

 

  Assistência 4 (A-4) ou Tratamento Familiar

                     (Colocar aqui a ficha n.4)

Trata-se de uma palestra de 40 minutos sobre assuntos e problemas familiares, simultânea com o tratamento coletivo efetuado pelo Plano Espiritual. É acompanhada do passe espiritual.

Trabalho contém 10 palestras com os seguintes temas:-

1)- Família

2)- Casamento

3)- Divórcio

4)- Ambiente doméstico

5)- Pais e Filhos

6)- Tóxicos

7)- Perante o sexo

8)- AIDS

9)- Amor Livre

10)- Aborto

 

É necessário que os expositores sejam bem preparados e que os temas sejam desenvolvidos de maneira simples, abrangendo o dia a dia atual.

Os assistidos recebem o passe espiritual na entrada para a palestra.

São encaminhadas: todas as pessoas cujos problemas se relacionam diretamente com a família; quase sempre é a complementação do A-3 ou dos Pasteurs. Este trabalho deve ser incentivado para todas as pessoas que tiverem condições de fazê-lo, pois é um tratamento muito útil em qualquer circunstância.

Vamos valorizar este trabalho. Ele traz lições de vida importantes para todos, inclusive para nós colaboradores.

NOTA: Este tratamento pode ser dado acompanhado de qualquer outro tratamento. Ambos feitos ao mesmo tempo.

 

5.2  Encaminhamento para o curso preparatório    

             (colocar aqui a ficha nº5)

O encaminhamento é feito pelo "DEPOE"

São encaminhadas: as pessoas que terminaram todos os tratamentos necessários e estão preparadas para a escola. Pode ser depois ou mesmo durante a Assistência 2.

A idade mínima para o Curso Preparatório é de 16 anos.

EVITE MANTER SEM ESCOLA O ASSISTIDO POR TEMPO DESNECESSÁRIO NOS TRATAMENTOS.

Leia texto sobre este encaminhamento.

 

5.3  Tratamento à distância

 

        Todos  os  tratamentos  podem  ser  recomendados  à  distância,  porém,  é  preciso tomar certos cuidados: Quando a pessoa necessitada não dá valor ao mesmo, ou então, tem condições de procurar pessoalmente e não vai por comodismo.  Quando a pessoa não quer ou não acredita

no mesmo. Nesses casos o tratamento a distância surte o mesmo efeito  de  uma  prece,  ou  uma  vibração.  Pode ajudar muito, porque nenhuma emissão de energia é desperdiçada,  se  foi  direcionada  a certa pessoa, é natural que pertence a ela. Porém é necessário que a mesma se faça digna de capta-la através de bons pensamentos e atitudes positivas.

         Quando a pessoa necessitada  não  tem  condições  de chegar ao local de tratamento, por motivos realmente justos, os resultados podem surgir de imediato mesmo que não seja notado

Como fazer :- A pessoa intermediária, leva a ficha correspondente ao tratamento indicado com a observação "a distância" passa pelo grupo  do  tratamento  normalmente,  pensa

no assistido, como se o mesmo estivesse ali no seu  lugar.  O assistido  deve  estar  ligado  em pensamento.    A leitura do Evangelho, antes, durante ou depois, ajuda muito.

           Se a pessoa intermediária estiver necessitada, de tratamento, vai receber junto.  Não ha necessidade de passar outra vez pelo grupo e nem de ter outra ficha, mesmo   que o tratamento seja outro.  Temos que acreditar que quem  se  propõe  a  ajudar  o  próximo  com sinceridade, recebe o que precisa por acréscimo de misericórdia de Deus, basta confiar.

 

5.4  Gestantes

 

         O tratamento, assim como, o atendimento à gestante não é  diferente dos demais.  Após consultar vários grupos de médiuns, chegou-se a conclusão de que a  gestante  pode   receber qualquer tipo de tratamento espiritual, assim como colaborar em qualquer trabalho espiritual, desde que respeitando sempre o estado avançado e as dificuldades físicas.

 

5.5   Colaborador em tratamento

 

        Quando o colaborador sentir que não está bem,  pode  recorrer  ao  tratamento espiritual,

porém não é prudente  entrar logo em tratamento continuado, alguns passes avulsos, algumas palestras, podem ajudar muito.  Não devemos esquecer que o equilíbrio da  mente é a base da          cura e solução para todos os males, portanto,  a  boa leitura,  o  recolhimento  em  preces, boa música, e meditação são os principais e verdadeiros tratamentos.  Só deixar  de  trabalhar se a doença impedir a locomoção, ou a perturbação interferir no comportamento durante o trabalho

         É bom  lembrar  que  o  trabalho  espiritual  é  a maior sustentação do ser humano.                      Se o tratamento for para uma terceira pessoa (a distância) também não deve impedir o trabalho.

É aconselhável, a Casa manter um reforço Espiritual, para os colaboradores, mais ou menos a cada 4 meses. Esse reforço pode ser uma série de 4 semanas, de Pasteurs 1/2, conjugado antecipado pelo passe Espiritual.

 

Observação: É importante saber que o termo tratamento usado por nós, significa apenas

                      tratamento espiritual.

 

5.6  Encaminhamento para o colegiado de médiuns

                (colocar aqui a ficha n.º 6 interna)

 

O Colegiado de médiuns é o setor de verificação mediúnica do DEPOE

 

Os encaminhamentos para o Colegiado de Médiuns devem ser  feitos APENAS NOS SEGUINTES CASOS:

1 - Sempre que há envolvimento espiritual grave, perda da vontade própria, perda do controle, desmaios, ataques epilépticos, crises de alucinações, idéias fixas em vingança, acentuada mania de perseguições, idéias  de suicídio, fascinação, subjugação, desinteresse total de lutar pela vida, vícios incontroláveis,

2 - Sempre que a pessoa vier de seitas ligadas à Mediunidade,

     porque desconhecemos o nível do trabalho freqüentado e até que ponto existe um             comprometimento entre si.

3 - Sempre que há uma certeza ou uma suspeita de doenças incuráveis ou consideradas grave; quando se aguarda uma cirurgia grande ou já fez a cirurgia e está convalescendo; em caso de tratamento médico prolongado sem resultado e que já tenha passado pela Assistência 3.

4 - Enfim, em todas as situações que se apresentam confusas ao entrevistador, o caso  deverá ser encaminhado  com a  ficha própria para um exame espiritual no Colegiado de Médiuns.

ATENÇÃO: A ficha que foi para o Colegiado deve voltar para o mesmo orientador que a preencheu. Aí o assistido receberá apenas as orientações vindas do Colegiado. Evite comentar os problemas já relatados, a não ser que o assistido insista em falar algo mais.

No retorno, após o término da assistência “Pasteur”, se o orientador, durante a entrevista, achar que o assistido teve bom aproveitamento, já está bem e consciente do que deve fazer para melhorar ainda mais, poderá dar alta do Colegiado e passá-lo para o tratamento comum, sem precisar  consultar o Colegiado. Lembre-se de que não podemos nos isentar de toda responsabilidade, encaminhando tudo para os Espíritos e médiuns resolverem. A nossa parte tem de ser feita por nós.

Só encaminhe para o Colegiado os casos de real necessidade.

Se a Casa Espírita não tiver o Colegiado de Médiuns, o entrevistador poderá fazer o encaminhamento diretamente ao tratamento de acordo com os sintomas

Ver item  assistências encaminhadas pelo Colegiado de Médiuns.

(aqui deve ficar a ficha externa do colegiado ficha n.º 7)

 

Preencha esta ficha de acordo com a recomendação do colegiado.

 

5.7  Informações complementares

 

1.      Depressão aguda  não é só tristeza; são pessoas que abandonam todas as atividades, ou parte delas, tornando-se inativas, sem conseguirem reagir.

2.      Desaparecimento: pessoas procurando ajuda em decorrência de desaparecimento de familiar ou de amigos.

3.      Distúrbios mentais : pessoas desequilibradas, descontroladas ou alienadas

4.      Excepcional aparência ou descrição comprovada (excepcional)

5.      O problema continua: nada mudou com o tratamento que já fez.

6.      O problema piorou: a situação está mais complicada do que antes do tratamento

7.      Pós-cirurgia: somente cirurgias de grande porte (recentes)

8.      Pré-cirurgia : somente cirurgias de porte ou de risco

9.      Prática de violência : pessoa que praticou qualquer ato de violência contra alguém, inclusive os recém saídos de presídios

10.  Vítimas de violência: pessoas que estão sofrendo conseqüências de qualquer crime (estupro, seqüestro, agressão física grave etc.).

11.  Complicação provocada por aborto: qualquer tipo de seqüelas

12.  Doença física grave: qualquer caso de doença grave ( não crônica)

13.  Doenças físicas em fase aguda: qualquer caso de doença em fase crítica

14.  Doença mental agressiva: pessoas que oferecem perigo às demais.

15.  Doença grave desconhecida ou indefinida: somente as que causam grandes sofrimentos ou que estejam fora do alcance da medicina

16.  A) Fascinação : pessoas que se consideram portadoras de grande missão, com mediunidade superdesenvolvida; acham que são capazes de tudo e não precisam de nada, se supervalorizam

B) Possessão : pessoas totalmente inconscientes, com olhar fixo, falando coisas sem sentido ou desencontradas.

C) Subjugação: pessoas que não têm o mínimo controle sobre si mesmas, fazem tudo o que os obsessores querem. (geralmente elas acham que estão obedecendo o mentor)

17.  Idéia fixa de eliminar alguém: pessoas que afirmam que irão tirar a vida de alguém.

18.  Problemas graves no lar  não são brigas corriqueiras do casal ou familiares, mas, sim , as que envolvem violência, desentendimentos profundos ou trabalhos negativos. Seja qual for o tratamento recomendado, incluir a assistência 4.

19.  Veio da umbanda, terreiro ou candomblé: não são aquelas que já freqüentaram em tempo remoto, mas, sim , aquelas que falam que estão vindo ou freqüentando no momento. (Não conhecemos o nível de trabalho a que se refere).

20.  Síndrome do pânico: pessoas apavoradas, que apresentam extrema dificuldade em enfrentar os problemas do dia-a–dia

 

5.8   Assistências espirituais indicadas pelo colegiado de médiuns:

 

PASTEUR 1- Fortalecimento físico, doação magnética, cura material de doenças provocadas pela atuação de espíritos negativos. 

PASTEUR 2 - Limpeza e harmonização do  perispírito (com corrente  de mãos).

PASTEUR 3-F  (Físico) Cura de doenças físicas graves, doação material. Deve ser acompanhado pela Assistência 2 ou Assistência 4. Quando há obsessão não se recomenda esse Pasteur

PASTEUR 3-E - (Espiritual) Desobsessão para casos graves, abrange todos os casos de envolvimentos espirituais graves. No primeiro grupo, orientam-se os Espíritos obsessores, incorporados e no segundo faz-se projeção de luz e amor. (Não é doação).

PASTEUR 3-M - Misto ( físico e espiritual)Desobsessão e doação. Orientação de Espíritos e doação direta. Estados graves de saúde e obsessão. No primeiro grupo, faz-se orientação dos Espíritos incorporados, no segundo faz-se a doação material.

 

5.9 Assistências que complementam os tratamentos Pasteur:  também indicadas pelo colegiado

 

Assistência 2 - Reforço Áurico: Conduz, por meio do esclarecimento, à abertura dos canais positivos de ligação com o Plano Maior e, automaticamente, ao fechamento dos canais negativos.

Assistência 3 - Desobsessão simples: Com grande poder de ação. Choque de amor e projeção de luz, sem incorporação.

Assistência 4- Assistência à família: São 13 (treze) palestras, que complementam qualquer tratamento.

            P-3-F-                  A-2

            P-3-E-                             A-2 ou A-4                                   

            P-3-M-                A-2 ou A-4                                                                                               P-1 e P-2             A-2 ou A-3                                   

 

OBSERVAÇÃO:   Nas casas que não tem o colegiado, o encaminhamento é feito diretamente pelos entrevistadores.

 

 

6.   atendimento ao  adolescente

 

No ano de 1995, quando assumimos a direção geral do DEPOE da FEESP, recebemos várias queixas de pais, no sentido de que uma grande parte das crianças já crescidas, desenvolvidas fisicamente, estavam sem assistência espiritual na Casa, por não quererem ser atendidas junto com as menores, e por não poder ser junto com os adultos.

Sentimos a necessidade de solucionar o problema, mas, ao mesmo tempo vimos a possibilidade de fazer uma inovação no trabalho: melhorar o atendimento das crianças e dos jovens. Queríamos que a entrevista fosse feita diretamente com eles de forma agradável e que lhes desse segurança e confiança.

É muito positivo para a criança, ou jovenzinho, estarem diante de um adulto amigo, que lhes dê importância, valor, compreendendo suas atitudes,  respeitando seus  pensamentos, numa posição fraterna e de igualdade.

Resolvemos, então, separar dos menores o atendimento das crianças de 11 a 13 anos e 11 meses. Esses pré-adolescentes passaram, a partir do dia 07 de fevereiro de 1995, a serem atendidos no horário normal do DEPOE junto com os adultos. O Colegiado passou a fazer um atendimento misto.

Selecionamos mais ou menos 60 pessoas, pertencentes à Área de Educação e Saúde, sendo algumas  de  outras Áreas, porém, que já trabalhavam com crianças. Selecionamos materiais adquiridos por orientação de reuniões com uma equipe especializada (psicólogos, pedagogos etc.).

Marcamos uma reunião com os colaboradores escolhidos e passamos esse material. Em todos os horários do plantão, passamos a ter de 2 a 3 plantonistas preparados para esse atendimento.

Acreditamos que dessa forma aumentamos a cobertura à assistência espiritual dada a essa faixa de idade, tendo também o DEPASSE, de comum acordo, criado um novo horário para assistência a esses adolescentes. o tratamento é o mesmo das crianças, porém em local e horário separado . Assim também procuramos aumentar o interesse desses jovenzinhos pela Doutrina e facilitar o ingresso na escola de Moral Cristã.

Colocamos um questionário anexo às fichas de atendimento que ficam arquivadas, com a intenção de observar se no decorrer do tratamento o adolescente muda de opinião quanto às respostas e, também, de buscarmos subsídios a fim de melhorarmos o trabalho e a orientação passada a eles e aos pais na Sala de Evangelho.

Diante dos resultados positivos alcançados, este trabalho  foi levado a sério, portanto, acreditamos que o DEPOE está cumprindo a sua parte perante a Doutrina e a família.

 

NOTA: Esse trabalho visa à complementação da assistência espiritual que a Casa oferece.

Não tem nenhum vínculo com órgãos públicos oficiais, também não se responsabiliza pelo possível comportamento inadequado dos assistidos em momento algum.

O DEPOE é a porta de entrada da Casa Espírita oferece a oportunidade às pessoas de contarem seus problemas, ao mesmo tempo de desabafarem e até de fazerem confissões. Respeita a situação de cada um, e mantém sigilo absoluto sobre o diálogo. Mantém o mesmo sistema e regulamento para adultos e crianças acima de 11 anos.

 

6.1  Entrevista com adolescente

         (colocar aqui  questionário nº11)

A entrevista deve ser feita apenas por pessoas preparadas.

Os entrevistadores ficam  na sala de Entrevistas, fazendo o atendimento comum à adultos, porém munido da pasta de materiais de atendimento ao Adolescente.  O mesmo entrevistador deve passar a orientação vinda do Colegiado e,  em ambos os casos, atender sempre sem a presença dos pais.

Lembrar sempre que o que o adolescente falar não pode ser comentado com os pais ou responsáveis, porque é confidencial.

Linguagem informal, comportamento jovem e acolhedor.

Fazer com que o adolescente se sinta frente a um amigo para que se liberte do medo e acanhamento.

Procurar cativar com palavras amigas e boa acolhida. Sorriso fraterno e compreensivo, colocando-se no mesmo nível. O quanto possível, dar ênfase ao Evangelho, estudo e trabalho, pelo o quanto crescemos através de ambos.

É muito importante mostrar indiretamente a grandeza da família.

Tudo o que falamos deve ser de maneira muito natural.

A entrevista deve durar de quinze a vinte minutos, só ultrapassar esse tempo se for um caso complicado (Se o adolescente estiver chorando ou muito revoltado).

Para relatar os sintomas na ficha basta perguntar:

Por que você veio ao plantão?

¨ Existe algo que preocupa você?

¨ Você dorme bem?

¨ Sua saúde está boa?

¨ Você se relaciona bem com a família? e com os colegas?

Não esquecer que não podemos censurar nada. Não podemos fazer perguntas curiosas ou bisbilhoteiras. Deixar o adolescente falar espontaneamente. Observar as perguntas do questionário. Falar de maneira sucinta e com critério aquilo que a Doutrina enseja.

Eles serão os adultos que irão renovar o mundo no Terceiro Milênio, terão que se preparar para fazer isso com: amor, sabedoria, equilíbrio e fraternidade.

O tratamento será sempre o que o Colegiado indicar, mesmo nos casos de tóxicos, obsessão, mediunidade ou problemas de saúde. Sempre que o adolescente apresentar algum problema ou tendência que foge aos padrões considerados normais para o Departamento (tóxico, crime, suicídio, furto, estupro ou acentuado desequilíbrio emocional), além do tratamento vindo do Colegiado ele deve ser encaminhado para os nossos orientadores especiais com a ficha própria. (se o mesmo existir na casa)Esse trabalho é feito por profissionais colaboradores voluntários no Departamento. É gratuito como os demais.

Preencher a  ficha  com letras legíveis,  fazer a entrevista conforme material fornecido, relatando os sintomas que o adolescente contar ou apresentar. A habilidade e o preparo de cada plantonista devem ser aplicados na maneira de tratá-los e compreendê-los, a fim de conquistar a sua confiança.

Não esquecer de pedir-lhe para responder o questionário especial.                                  Quando o Colegiado assinalar o item Escola de Moral Cristã ou o jovenzinho se interessar por freqüentá-la preencher a ficha própria, carimbar normalmente, avisá-lo de que se não tiver vaga voltar a este plantão para ser encaminhado, também, com ficha própria, ao Setor de Recreação (Ludoteca).

Se o Colegiado indicar menos de 12 passes risque os últimos quadradinhos. Se houver outras recomendações do Colegiado são colocadas no verso do cartão.

 

6.2   Meninas  grávidas

 

Ultimamente temos recebido casos de meninas com idade de 12/13 anos que procuram o DEPOE e contam que estão grávidas. Como sabemos, essas meninas precisam de uma atenção especial de nossa parte. Elas vão receber tratamento comum de adultos (ver tratamento para gestante) .

 

6.3   Jovens de 14 a 16 anos

 

É conveniente que sejam atendidos pelos mesmos entrevistadores, com os mesmos cuidados e carinho dedicado aos menores. O tratamento espiritual segue a mesma orientação dos adultos, a diferença está no nosso modo de tratá-los, que é especial para um jovenzinho.

 

6.4   Às equipes dirigentes:

 

Como o adolescente é atendido nos horários comuns no DEPOE, devem ser montadas algumas   pastas com material de atendimento ao adolescente, que permanecem nas mesas dos entrevistadores credenciados .

Pedimos às equipes dirigentes o cuidado de passar as pastas correspondentes só às pessoas autorizadas: a qualquer que tenha a identificação no crachá.

Em qualquer horário, na  ausência  de entrevistadores autorizados, alguém da equipe dirigente deve fazer a entrevista.

As pastas com material de atendimento ao adolescente ficarão guardadas  sob a responsabilidade das equipes dirigentes. Elas deverão ser devolvidas, ou seja, retiradas das mesas, sempre que o entrevistador autorizado terminar seu expediente.

 

OBSERVAÇÃO: O adolescente deve ser atendido sempre sozinho, mas quando a mãe ou o acompanhante insistir em participar da entrevista, devemos pedir para aguardar, que depois da entrevista a mãe poderá falar.  Não podemos esquecer de que o que ele falou é segredo até para os pais, e é bom que ele saiba disso  antes de iniciar a entrevista, para que  fique mais confiante. Se ele apresentar algum problema grave, tente convencê-lo a contar ou recorrer aos pais ou a um parente de sua confiança. Lembre-se de que o entrevistador não pode traí-lo, mas, também não pode permitir que concretize planos comprometedores.

O mesmo orientador que preencher a ficha para o Colegiado, deve orientar na volta desta. Isso é  muito importante, por isso não atenda adolescentes no final de seu expediente quando não puder esperar para orientar. Nesse caso, passe o atendimento para outro antes de iniciar a entrevista.

 

Alta: Todo primeiro atendimento deve ser encaminhado para o Colegiado, porém, no retorno, se o adolescente (criança) apresentar considerável melhora, o entrevistador deverá passá-la para o P.4/2 que é o mais simples, sem passar pelo Colegiado. Assim como poderá dar alta, se o adolescente (criança) estiver bem e encaminhá-la para a Escola de Moral Cristã, sempre com  a devida ficha de encaminhamento.

Apenas os tratamentos P.4/1 e P.4/2 poderão  ser encaminhados pelo entrevistador sem passar pelo Colegiado. Sintomas para encaminhamento ao P.4/1 e P.4/2: problemas de perturbações leves, ambiente familiar conturbado, educação inadequada, enfim, coisas habituais de crianças. Doenças graves, perturbações acentuadas e os casos considerados especiais, já mencionados anteriormente, devem ser encaminhados ao Colegiado.

 

NOTA: Não esquecer de entregar antecipadamente o questionário para o adolescente responder. Ele próprio devolverá ao entrevistador no ato da entrevista. Utilize para isso qualquer mesa que esteja vaga no salão.  (este questionário poderá ser opcional na casa Espírita)

 

6.5   Encaminhamento de adolescente para o colegiado de médiuns

           (colocar aqui a ficha interna do colegiado nº12)

O preenchimento desta ficha obedece às mesmas normas da ficha de crianças, com a diferença de que é o adolescente que apresenta os sintomas. Sempre SEM a presença do acompanhante.

Pode ser feito em qualquer horário, sempre por pessoas credenciadas.

Tanto as fichas de crianças como as de adolescentes são arquivadas em pastas próprias.

       (colocar ficha externa de Assistência Espiritual de  adolescente)

 Este cartão é levado para casa.

Estas fichas  fazem parte do material de atendimento ao adolescente, que fica na pasta  usada apenas pelos plantonistas credenciados.

 

6.6   Encaminhamento de adolescente para a escola de moral cristã

 

Até 15 anos e 11 meses o encaminhamento é feito com a ficha que é usada também para crianças abaixo de 11 anos.

Somente é feito após a alta dos tratamentos.

(colocar ficha de encaminhamento  para moral cristã)                                                                                  Com 16 anos já é encaminhado para o Curso Preparatório com a ficha de adulto.

 

7. Assistências Espirituais INDICADAS Pelo Colegiado de Médiuns                             Para Crianças e Adolescentes (abaixo de 14 anos)

 

Pasteur 4 - Assim subdividido:

Pasteur 4-1 - Problemas familiares: crianças com problemas de perturbações leves ou atingidas por perturbações na família.

Pasteur 4-2 - Crianças com perturbações materiais, doenças próprias da idade, persistentes apesar do atendimento médico.

Pasteur 4-3 - Crianças com perturbações fisiológicas, e problemas espirituais cármicos.

Pasteur 4-4 - Crianças com problemas que reúnem todas as modalidades de perturbações: espiritual, material e cármicos.

Pasteur 4-F - Todos os casos de doenças físicas graves.

Pasteur 4-E - Todos os casos de obsessões e envolvimentos espirituais graves.     

Lembramos que esse número e variedade de assistências, existem na FEESP.  Porém as casas menores,  podem suprimir  parte delas sem prejuízo.    Sabemos que os espíritos nos suprem as necessidades quando temos boa vontade e humildade.

 

8.  Atendimento à criança

 

No plantão de atendimento à criança no DEPOE, atendemos crianças e adolescentes até 13 anos e 11 meses; porém, nos itens abaixo trataremos apenas do atendimento a menores de 11 anos. Este trabalho deve ser feito separado dos adultos.

1) Quando os pais chegam à recepção, são atendidos pelo recepcionista que vai verificar se é a primeira vez. Se não for, solicitar o cartão do atendimento anterior, pois muitas vezes não terminaram  o tratamento. Se for este o caso, verificar o porquê do retorno antecipado; .

2) Verificar a idade da criança. As crianças acima de dois anos não devem acompanhar os pais na entrevista, porque elas ficam prestando atenção em tudo o que os pais falam, e muitas vezes os mesmos comparecem ao plantão para falar dos problemas do casal, que envolvem a criança. (Devemos tomar cuidado, pois os pais são o modelo dos filhos.) Nesse caso, as crianças são encaminhadas pelos pais ou por um colaborador para a LUDOTECA, onde ficam brincando ou pintando enquanto durar a entrevista.

3) Na LUDOTECA, as crianças são assistidas por um grupo de pessoas especializadas, além de alguns adolescentes que ajudam nas brincadeiras.

4) Os pais  são encaminhados à mesa do entrevistador.

5) Algumas crianças, quando vêm pela primeira vez, ficam acanhadas, desconfiadas e não querem ficar longe dos pais. Neste caso, devemos oferecer papel, lápis de desenho, brincar ou oferecer um brinquedo qualquer, mas em uma cadeira pouco afastada dos pais. Se não conseguir, o entrevistador deve tomar cuidado com a orientação; geralmente são crianças muito apegadas com os pais, e com o tratamento melhoram.

6) Algumas crianças não querem ficar nem com os pais, choram muito, e geralmente são crianças com fortes sintomas de obsessão. Neste caso o entrevistador deve preencher a ficha rapidamente e a mesma é encaminhada para o Colegiado com uma observação de urgência. Esta ficha passa à frente das outras.

7) Depois que os pais fazem a entrevista, as fichas são encaminhadas ao Colegiado de médiuns.

8) Até à volta da ficha, o  acompanhante fica na Sala de Evangelho; procuramos sempre manter alguém do apoio fazendo palestra sobre o Evangelho e orientação aos pais.

9) Retornando a ficha do Colegiado, os pais são chamados para a orientação. O mesmo entrevistador deve orientar, assim os pais ficam mais confiantes.

10) Terminando a orientação, os pais passam pela mesa do carimbo para carimbar o cartão e são orientados sobre o dia, hora e sala do tratamento.

Nem sempre a criança vem acompanhada pelos pais. Neste caso, o acompanhante faz as vezes deles.

 

8.1  Encaminhamento de criança para Colegiado de Médiuns

                   (colocar aqui a ficha   Nº8)

A ficha é preenchida sempre que a criança vem pela primeira vez ou que, no retorno, apresente ainda problemas significativos.

Quando a criança apresenta grande melhora e só está precisando da Assistência 4/1 ou 4/2, não precisa voltar para o Colegiado portanto, dispensa a ficha  interna

Esta ficha, quando necessária, deve ser preenchida na presença da mãe ou acompanhante, sempre observando os sintomas relatados. – Providencie para  que a criança nunca fique junto.

O atendimento à criança tem horários especiais e é feito por pessoas treinadas. (quando possível)

               (colocar aqui a  Ficha externa de Assistência Espiritual – Criança)

Esta ficha é preenchida de acordo com a indicação do Colegiado de Médiuns.

 

Esta ficha é entregue ao acompanhante.

 

8.2  tratamento a Distância   (Criança ou Adolescente)

 

Em casos de hospitalização, doenças contagiosas, resistência dos pais por serem de outra religião,  e quando mora fora da cidade:- Colocar o nome, idade e endereço no livro de vibrações especial para crianças e adolescentes.  Recomenda-se a assistência 3/2 para o interessado e pede-se para mentalizar a criança;   Coloca-se na ficha o nome da pessoa presente. 

 

8.3   Ludoteca

 

A Ludoteca funciona durante o período de atendimento à criança nas entrevistas. A função da Ludoteca é acolher a criança e observar o comportamento da mesma durante as brincadeiras. Os orientadores são pessoas especializadas no assunto. Sempre que a criança revela atitudes anormais, ela fica em observação. Dependendo do problema, o atendimento passa a ser especial. Durante todo o período de tratamento espiritual, a criança pode freqüentar a Ludoteca.

Os brinquedos e jogos são educativos; além de pintura e modelagem.

Assim que recebe alta no plantão, a criança é encaminhada à Escola de Moral Cristã.

 

8.4   Encaminhamento para escola de moral cristã

             (colocar aqui a ficha nº 10)

Esta ficha é utilizada e entregue ao assistido sempre que a criança ou adolescente recebe alta do Colegiado ou do entrevistador.

 

9.   CASOS COMUNS ATENDIDOS NO "DEPOE"

 

Esta lista de temas, traz uma pequena parte do que atendemos no "DEPOE". Como são casos comuns na vivência diária, acreditamos que a leitura e analise dos mesmos, poderá contribuir para um atendimento mais amplo e consciente.  (incluir na leitura da semana)

Se a casa optar por inclui-los no programa do curso e comenta-los em forma de aula, é claro que aumentará a duração do mesmo.  Porém os temas podem ser passados como questionários.

 

1)-  Aborto

 

Estou grávida, sem nenhum apoio, sei que vou enfrentar muitas dificuldades, por isso vou abortar.

O que o plantonista fará diante desta assistida?

Não podemos impor e nem aconselhar nada.

Devemos apenas dizer que a maternidade é sublime e que exige muita responsabilidade de nossa parte. 

Faça-a compreender que aquele ser que já vive dentro dela está esperançoso  e necessitado de amparo. 

Que ele poderá estar trazendo uma grande oportunidade para ela dar um passo adiante na sua evolução;  mesmo lhe trazendo  sofrimentos agora, mais tarde poderá lhe causar muita alegria.

Vamos pedir que não alimente ódio nem revolta contra o mesmo, mas que se entregue à prece, procurando uma ligação maior com os bons Espíritos.

Recomendamos que leia o Evangelho e inicie o tratamento espiritual antes de tomar qualquer decisão.

Não condene a pessoa nem aprove o ato.  Mostre que você entende a situação difícil, mas que Deus está conosco e nos socorre sempre. Peça que confie na assistência espiritual.

Não dê sua opinião, fique neutro; não fale muito; respeite o livre-arbítrio da assistida, colocando-se na posição de um amigo. Recomende a Assistência     A-4, muita leitura do Evangelho e bastante prece.

 

1-1)-  Pratiquei aborto.

 

Mostre que Deus nos dá sempre novas oportunidades de reparar nossos erros.  Informe que tudo na vida deve servir de experiência. Nunca condene. 

Ela já está se sentindo culpada e precisa de nossa palavra de carinho e de compreensão.

O tratamento mais comum é a Assistência 3/2 e, posteriormente, A-4.

Se ela estiver doente ou enfraquecida fisicamente, encaminhe para o Colegiado – qualquer tratamento que vier deve ser acompanhado de A-4.

 

2)-  Alcoolismo

 

Quem é o alcoólatra?

 Alguém necessitando de atenção e carinho.

No "DEPOE" recebemos pessoas dependente de álcool.  Geralmente, a primeira coisa que vem  à cabeça do entrevistador, é que ele não tem brio  ou até vergonha, por isso, merece desprezo.

Não pode ser assim.  O alcoolismo, como muitos outros vícios , é uma doença muito grave, difícil de ser curada.  Por isso merece uma atenção especial.

Quando é ele próprio  que vem ao "DEPOE" é mais fácil, a sua vinda significa que ele quer ser curado.. Se encontrar compreensão e atenção da nossa parte, vai se sentir com maior responsabilidade e segurança, pois a nossa acolhida lhe valoriza.  Não adianta pedirmos para que deixe de beber, ele sabe que não consegue vencer a compulsão.

Temos que saber que todo dependente, é acompanhado de muitos parceiros do plano espiritual. Ele  terá que lutar e vencer a sua vontade e mais a dos companheiros desencarnados.  Sem um bom apoio e mais um tratamento espiritual, a cura é quase impossível.

Se a casa não tiver o Pasteur especializado,  recomende o Colegiado ou qualquer outro, tratamento de desobsessão.   Tente  recomendar-lhe leituras e palestras.  Peça que evite beber antes do tratamento,  mas, se ele estiver alcoolizado,  passa pelo tratamento da mesma forma.   Passe-o à frente dos outros, para que não fique se manifestando na sala de espera.

A família precisa ser conscientizada quanto a gravidade da doença e a necessidade de ter paciência e respeito para com ele.   Se não conseguir traze-lo, alguém com boa vontade e muito respeito, fará o tratamento por ele.  Este tratamento à distância tem dado bons resultados.

3)-  Conflitos amorosos

 

Amor, palavra tão apregoada no meio religioso, e tão mal  compreendida  no  sentido  prático  da  vida.

O amor faz sofrer? E como faz!

Por isso é comum aparecer  alguém  na  nossa  mesa,  dizendo  estar sofrendo muito e até estar um tanto desequilibrada porque se desentendeu, não está sendo correspondida ou foi abandonada pelo  seu grande amor.

O que temos de fazer?

Não vamos nos preocupar com a idade, a situação ou a posição da pessoa.

Temos de dar toda a atenção. Atender com carinho e respeito, pois é uma pessoa que está sofrendo.

Não importa o que pensamos sobre esse sofrimento.

Para o nosso entendimento, ele até pode ser banal. Mas essa pessoa está sofrendo. Não  estamos aqui para avaliar,  ou  julgar o sofrimento  de  ninguém, mas para compreender e colaborar para  que  a pessoa se sinta melhor.

Assim, vamos ouvir atentamente. Na medida do possível, passar uma palavra de compreensão e conforto,  mostrar  que  a vida continua e que um tratamento espiritual poderá ajudar muito.

Lembre-se de que em qualquer atendimento a nossa responsabilidade e compreensão são fundamentais para o assistido confiar e se firmar na Doutrina e no tratamento.

Esse sofrimento pode até ser uma boa chamada para futuras tarefas espirituais.

Se soubermos compreender e atender corretamente, estaremos realizando um duplo trabalho.

Mostrar a possibilidade de que, mediante a assistência espiritual,  ela poderá entender, se recompor,  e até consertar a situação.

A assistência 3/2 ou então as assistências A-3 e A-4 poderá ajudar muito; recomende-lhe assiduidade.

 

4)-  Consolação

                 

São muitas pessoas que vêm à Casa Espírita e  passam pelo DEPOE em busca de consolo pela perda de entes queridos.

O que fazer quando a pessoa diz que não está agüentando a dor de uma separação provocada pela morte de um ente muito querido?

Sem dúvida, é uma das provas mais difíceis, principalmente quando a pessoa não tem conhecimento da Doutrina espírita. Porém, nas mesas pouco podemos falar. A nossa conduta tem que ser de compreensão e de aconchego.

Temos  que respeitar a sua dor. Mesmo observando que há exagero vamos ter  paciência  de ouvir. Deixe a pessoa falar e chorar, não fale muito, não seja curioso, não conte a sua dor se existir. Limite-se a ouvir e a mostrar a grandeza e a sabedoria de Deus. Dê-lhe toda atenção possível.  procure mostrar-lhe que a morte não é o fim, dentro de mais algum tempo estaremos juntos de novo.  Os que chamamos de mortos, vivem,  podem nos ouvir, nos sentir e até nos inspirar.  Dessa forma podemos transmitir-lhes nosso sentimento e nossas preces.

A   FEESP  já tem um trabalho especial de consolação para esses casos. Nesse trabalho a palestra que antecede o passe é sobre o assunto, oferecendo muito consolo com oportunidade de perguntas e respostas.

Se a casa tem esse trabalho preencha a ficha específica e diga-lhe que ele vai receber um tratamento especial que vai ajuda-lo muito.  No caso de não ter o mesmo, recomenda-lhe  tratamento que inclua o máximo de palestras. Inclua a Assistência 3/2 e recomende-lhe leituras

Lembre-se de que a assistência começa no atendimento no DEPOE.

Você poderá ajudar muito se atender adequadamente. A nossa responsabilidade deve estar acima de tudo.

Não se esqueça também que, quando realizamos um trabalho consciente e amoroso, nós somos os primeiros a receber os benefícios.   

 

5)-  Crise no Lar

 

Estou com o casamento em crise: que fazer?

É muito grande o número de lares que não estão dentro dos padrões normais de equilíbrio, tanto dos cônjuges como dos demais familiares; porém, sabemos que as uniões são quase sempre de provas e expiações, tanto dos cônjuges, como dos demais familiares.

Sendo assim, o que é importante é o reajuste dessas pessoas para poderem evoluir; sabemos que os reajustes e até os resgates são facilitados através da convivência.

Nunca podemos achar que a separação – a interrupção de uma convivência– no lar, seja a solução. Na mesa de entrevista nunca podemos apoiar a separação do casal.

No caso, temos que passar a responsabilidade que o casal tem de manter o máximo possível a harmonia entre os familiares, ainda que isso exija renúncia e sacrifício para os cônjuges.

Não aconselhamos a nada, apenas incentivamos a paciência e o bom senso. O livre-arbítrio é deles. Mas, como sempre, temos que pensar que um bom tratamento espiritual, feito com interesse e responsabilidade, poderá ajudar muito e até mudar o rumo das coisas.

Sem falar ao assistido, vamos raciocinar:  se houver alguma perturbação , até mesmo uma obsessão, com o tratamento irá melhorar.

 Se for apenas por incompreensão ou incompatibilidade de gênios, as palestras e a leitura do Evangelho poderão alertar e fazer melhorarem. E assim, por outros motivos.

Como sempre, recomendamos que antes de desanimar ou tomar qualquer atitude decisiva, fazer  um bom tratamento, com assiduidade e boa vontade, com muita leitura do Evangelho e preces diárias, não esperando tudo dos outros, mas propondo-se a fazer o que lhe compete.

Acreditamos que muitos lares poderão ser salvos de um desmoronamento, pois sabemos que o conhecimento do Evangelho e mais a assistência da Casa são de suma importância para a solução de qualquer problema.

A Assistência 4 é indispensável e mais A-3.

Se perceber envolvimento espiritual grave,  encaminha para o colegiado ou Pasteur 3-E

 

6)-  Depressão

 

Já observaram quantas pessoas estão com depressão?

Essas pessoas buscam a nossa ajuda e precisam muito dela.

Não vamos pensar que depressão seja obsessão ou falta do que fazer.

Depressão é uma doença séria!

Ela pode ser física ou mental, em ambos os casos, tem o reforço dos espíritos afins.

A pessoa deprimida,  quando em estado profundo, perde totalmente o interesse pelas coisas da vida.

Essas pessoas precisam ser tratadas com muito carinho e atenção.

Precisam ser levadas a sério. Sabemos que muitas doenças são conseqüências do nosso passado, porém, é agora que precisam ser tratadas.

A depressão pode ser provocada por uma deficiência orgânica e por isso precisa de medicação, orientada por profissional. Outras vezes, pode ser apenas mental.

É  aconselhável o tratamento médico. A depressão pode levar à obsessão, porque é um canal de ligação com o Plano Espiritual negativo.

Só a assistência com passes não cura totalmente.

A desobsessão precisa ser acompanhada de muito esclarecimento.

E’ preciso muita compreensão e paciência para inspirar ao assistido interesse pelo tratamento.

Diga-lhe que a nossa Doutrina é muito esclarecedora e consoladora. Devemos esclarecê-lo que a  vida na Terra é necessária e muito útil, que temos motivos para nos alegrar, porque estamos caminhando para o aprimoramento espiritual.

Indique leituras.

Essa pessoa precisa de motivação.

Precisa adquirir mais confiança em Deus e em si mesma.

As palestras da Casa podem ajudá-la muito e num futuro bem próximo deve ser encaminhada para o Curso Preparatório. Podemos sugerir que procure alguma ocupação diferente do que já faz. Temos que falar com muito jeito para não melindrar.

Passe pelo Colegiado; não esqueça da Assistência 4 ou Assistência 2.

 

7)-  Desemprego

 

Realmente atravessamos uma fase muito difícil com muito desemprego.

O que fazer quando alguém chega à nossa mesa dizendo que está desempregado, com inúmeras dificuldades financeiras?

Primeiramente, mostrar que ele é criação Divina, que Deus está com ele.

Vamos lhe dizer que, se Deus o colocou na Terra, naturalmente lhe fez uma programação de vida digna. Talvez ele não esteja sabendo encontrá-la.

Incentive-o a orar, a acreditar no seu Espírito protetor (Anjo de Guarda) e pedir-lhe orientação. Não podemos querer que ele resolva nossos problemas, mas podemos pedir que nos oriente para que encontremos a solução.

Diga-lhe que muitas coisas podem estar dependendo de um pouco mais do seu sacrifício, de sua renúncia e até maior espírito de humildade. Muitas vezes, vale  a pena até  mudar de profissão.

Peça para que não se deixe envolver pelas propagandas maldosas politiqueiras, ou pelo sentimento de revolta ou injustiça. Isso só vai piorar a situação.

Recomende a leitura e o estudo do Evangelho. Que ouça as palestras antes dos passes. Que medite sobre o que pode ser colocado em prática no seu dia-a-dia. Peça para que reserve alguns minutos todos os dias para refletir naquilo que aprendeu com Evangelho. E que compare as suas atitudes com as recomendações do Evangelho e veja no que pode mudar para melhorar.

Peça para procurar entender que as maiores armas que ele possui são a boa vontade, o otimismo e a dignidade. Que lute confiante em Deus. Ele poderá de imediato não encontrar um bom emprego, mas, quem sabe, encontrará aquilo que precisa para viver e aprender a valorizar o que tem.

 

Encaminhe para Assistência 4 e a Assistência 3; peça-lhe que preste bastante atenção nas palestras para poder vivenciá-las.

 

8)- Entre Colegas

 

Queridos Companheiros!

Sabemos que muitas pessoas, entre nós, atravessam períodos difíceis na vida. Muitas vezes precisamos de apoio entre colegas.

Uma maneira muito eficiente de ajudar o nosso colega é deixando que ele abra seu coração, que ele possa desabafar, contando seus problemas e suas preocupações.

Vamos usar a nossa boa vontade com técnica e sabedoria. Pensemos bem, nem sempre o nosso colega está querendo uma orientação, para a solução do seu caso. Muitas vezes ele está querendo apenas dividir conosco sua angústia, sua ansiedade.

As soluções certamente ele tem e sabe como agir. Conselhos? Ele não precisa. Opiniões nossas também ele não quer ouvir.

Ele só está precisando ser ouvido por nós. Vamos aprender a ouvir. Lembremos sempre que ouvir é uma virtude que o colaborador  do DEPOE  precisa adquirir.

Vamos ouvir calados, compreendendo a situação delicada do  outro, seja ela qual for. Só vamos opinar se ele pedir nossa opinião, só vamos recomendar assistência se ele quiser.

Não interrompa o desabafo, deixe-o falar e chorar, mesmo que consideremos absurdo o motivo. Temos que lembrar e saber que para ele o caso é muito sério. Assim como os nossos casos sérios podem ser banais para outras pessoas.

Cuidado para não julgar. Cuidado para não passar para frente o segredo. Lembre-se, somos a pessoa de confiança. Se ele nos escolheu, é porque confia e sente segurança em nós.

Vamos nos fazer dignos dessa confiança. Quando nos propusemos a trabalhar neste Departamento, assumimos um compromisso com o Plano Espiritual e precisamos fazer jus ao cargo. Vamos lembrar que estamos ocupando um cargo de confiança. 

Não comente a confissão do colega com ninguém, não critique. Lembre-se: Nós também temos problemas. Somos humanos e frágeis.

 

9)-  Epilepsia

 

A epilepsia é uma doença física, neurológica e geralmente hereditária. Manifesta-se por ataques de convulsões.

É comum a pessoa nascer aparentemente normal e, numa determinada idade, passar a sofrer ataques convulsivos, que a fazem perder totalmente o sentido e a coordenação dos movimentos por alguns minutos ou até horas seguidas.

Essas convulsões podem aparecer também a partir de um acidente violento na cabeça, de uma febre muito alta, ou qualquer outra afecção no cérebro, um tumor também pode ser a causa.

A situação é sempre grave.

Sabemos que isso tudo faz parte da Lei de Ação e Reação, por isso, a possibilidade de uma cura total é pequena.

Porém, para a maioria dos casos existem ótimos tratamentos médicos, que controlam totalmente os ataques convulsivos.

Uma pessoa com esse mal, precisa tomar medicamentos específicos diariamente, manter o controle médico permanente. Por isso muitas vezes esse mal é confundido com mediunidade desequilibrada (sabemos que não é). No entanto, a própria lesão cerebral é um canal aberto para os ataques espirituais. O que acentua a gravidade.

Por essa razão, a pessoa precisa também estar vigilante no controle moral e espiritual, para conseguir manter a proteção desse canal vulnerável.

A melhora no decorrer da assistência espiritual pode ser assustadora, porque são afastados os Espíritos aproveitadores.

Porém, a parte física depende de medicamentos. As pessoas portadoras desse  mal precisam adquirir muitos conhecimentos evangélicos e doutrinários, para aprenderem a se proteger (REFORMA ÍNTIMA).

Devem ser incentivadas a procurar leituras esclarecedoras. Assim que adquirirem condições, precisam ser encaminhadas para o Curso Preparatório.

Primeiros encaminhamentos:

Colegiado de médiuns

¨ aceitar e fazer a assistência espiritual indicada pelo Colegiado

¨ em seguida Assistência A-2 - Escola (sem parar o tratamento médico)

Se não houver colegiado, indicar o Pasteur 3-M,  O Pasteur 1/2  conjugado, também pode ajudar

 

10)-  esclerose múltipla

 

Tomamos conhecimento de que um assistido não se sentiu compreendido, por isso saiu da entrevista muito inseguro; soube que o entrevistador desconhecia totalmente a existência da sua doença. Assim, sentimos necessidade de escrever este artigo.

A Esclerose Múltipla, também conhecida como Esclerose de Placa, é muito grave, não tem ainda possibilidade de cura total, e sua origem é ainda um tanto desconhecida. Não pode ser confundida com a esclerose arterial decorrente do envelhecimento natural da pessoa, quando os vasos sangüíneos perdem a elasticidade e bloqueiam  a oxigenação do cérebro. Isso provoca incapacidade e confusão mental (caduquice).

Uma doença não tem nada a ver com a outra.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, comumente ataca pessoas em qualquer idade e até bem jovens. Acontece que o diagnóstico é um tanto difícil e o progresso da doença é às vezes lento, por isso, as pessoas envelhecem e não revelam, muitas vezes por preconceito; e outras vezes, por ignorar serem portadoras da mesma. Quando os sintomas se agravam, aparecem, a doença torna-se visível.

Graças ao avanço da medicina, já existem medicamentos e exercícios muito eficientes e capazes de proporcionar ao portador uma melhor qualidade de vida.

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla dedica-se a pesquisas intensas sobre a doença e já tem muitos recursos a oferecer ao portador associado.

A doença  não é transmissível ou contagiosa.

Nós, espíritas, sabemos que, como outras, é uma doença carmática.

A atuação da doença é no sistema nervoso central. Formam-se placas endurecidas (esclerose) em regiões da bainha de mielina, que é responsável pela transmissão dos impulsos nervosos. Essas placas impedem que a ordem do cérebro chegue até o órgão, ou faz com que a resposta seja muito lenta, com isso altera a coordenação daquele órgão, todo campo de ação daquele comando  pode ficar bloqueado, chegando até à paralisação.

São alternados os períodos de surto e de melhora.

Os sintomas diferem de uma pessoa para outra, porque os comandos afetados podem não ser os mesmos. Algumas apresentam alteração na visão, outras na articulação das palavras, outras nos membros superiores e inferiores etc.; assim a doença vai progredindo. Em fases mais avançadas os sintomas são gerais. É claro que a parte emocional é sempre muito atingida.

Essa doença também é confundida com paralisias provenientes de outras causas neurológicas.

Para o nosso encaminhamento não importa quais as causas.

Não vamos fazer perguntas que demonstre curiosidade.

Precisamos ouvir com atenção, sem demonstrar ignorância no assunto, para não tirar a confiança do assistido.

Não deixar transparecer que estamos impressionados ou penalizados. Também não podemos ficar indiferentes ao problema.

Precisamos atender com muito carinho e atenção, assim como fazemos os demais atendimentos. Passar a nossa palavra de ânimo, encorajamento e esperança.

O assistido precisa sentir que estamos lhe dando atenção e compreendendo os seus sofrimentos.

Salienta-se a grandeza de Deus, o carinho e ajuda do Plano Espiritual. É bom incentivá-lo a freqüentar a Associação. Provavelmente seu médico já recomendou.

Indicar leituras de auto-ajuda (observe que nem sempre ele consegue ler); palestras são de muito valor.

O item a ser assinalado na ficha do Colegiado é:

doença grave X; não precisa descrever os sintomas nem citar o nome da doença. O tratamento espiritual que vier do Colegiado é o recomendado, sem dúvidas. Se possível, complementar com a assistência 4.

Poderá ser recomendado qualquer livro da lista “Livros complementares indicados”, no final deste livro.

 

11)-  Escola

 

O encaminhamento para o Curso Preparatório da Casa é feito pelos dirigentes do trabalho, porém, quem observa a necessidade e as possibilidades do assistido é o entrevistador.

O assistido é encaminhado para a escola quando já tem condições de manter-se sentado e atento, por uma hora e meia, sem se perturbar.

Se houver envolvimento espiritual forte, ele não vai conseguir se manter no Curso nem assimilar as aulas.

Se ele for impaciente ou irrequieto, também não tem condições no momento.

Nesses casos, a fase de tratamento precisa se alongar.

A um doente mental grave (pessoas que não se mantêm quietas) sem possibilidade de equilíbrio, também não se recomenda a escola.

Porém, as doenças físicas crônicas e irreversíveis, como a epilepsia, disritmia cerebral, mutilações, AIDS, assim como o câncer, cegueira etc., que exigem tratamento Pasteur, às vezes prolongado, não impedem que o assistido freqüente as aulas paralelamente.

Também o assistido que faz tratamento para outrem, à distância, pode e deve ser encaminhado à escola.

Todos precisamos receber conhecimentos para nos equilibrar. A escola é o caminho para trazer equilíbrio e progresso espiritual.

Por isso, vamos tomar cuidado para não tirar ou mesmo adiar essa oportunidade, mesmo que  o assistido seja um analfabeto.

A situação atual do nosso planeta exige urgência na aquisição de conhecimentos e vivência evangélico-doutrinária.

A nossa tarefa no DEPOE tem a responsabilidade de contribuir para esse trabalho.

A Assistência 2 fortalece e prepara para a escola, portanto, se o assistido tem condições de fazer essa assistência sem problemas, pode também freqüentar as aulas, aprender e se manter equilibrado.

 

12)-  Homossexualidade

 

O que é? Como entender e encaminhar?

A ciência já considera  a homossexualidade normal, inclusive já existem pesquisas provando segundo alguns profissionais, que há um fator físico que leva a essa tendência; portanto, nesse caso a pessoa já nasce com essa característica.

Parte da psicologia encara a homossexualidade apenas como uma opção de vida, que deve ser respeitada.

Nós, espíritas, levando em conta e respeitando as pesquisas e opiniões, acreditamos  que a homossexualidade seja um período de transição do espirito, normal para a situação e posição espiritual atual da humanidade. Várias  circunstâncias levam a desencadear essa  tendência que já existe dentro da criatura, funcionando como  prova  ou expiação.

A homossexualidade tem várias origens, mas está sempre relacionada a uma provação para o homossexual e seus familiares:

¨ não aceitação do novo sexo na atual encarnação, por ter pertencido ao oposto, nas encarnações passadas. A busca da nova experiência o faz reagir de diversas formas e a volta ao passado é uma delas;

¨ expiação de faltas por ter abusado do sexo a que pertenceu em uma existência passada. Com a mudança está aprendendo a se equilibrar;

¨ problemas de criação. Exemplo:  convivência só com familiares do sexo oposto e certas atitudes dos pais, tais como condicioná-lo a brincar e a se vestir de forma peculiar ao sexo oposto; ou ainda, influência  de companhias, principalmente na adolescência. Essas e outras condições podem abrir caminho e desencadear a tendência;

¨ doenças físicas (mutilações, transtornos no sistema hormonal e várias outras).

Não vamos por isso encarar a homossexualidade como um desequilíbrio, mas sim como uma  fase de transição na caminhada evolutiva. No DEPOE temos de fazer o atendimento conscientes de que não estamos em posição superior a de um homossexual, porque também temos as nossas expiações e provas.

Embora algumas possam ter aparência diferente e chamativa, são pessoas normais que não podem ser reprovadas ou reprimidas por nós. Assim como exigimos que nos respeitem como somos, temos que respeitá-las como são.

Fazemos o encaminhamento de acordo com os sintomas gerais que se apresentam. Incluir, sempre, ao tratamento a  Assistência 4.

O assistido só deverá ir para o Colegiado se tiver outros problemas graves relacionados ou não com a sua opção de vida.

Só pelo fato de ser homossexual, não precisa passar pelo Colegiado de Médiuns.

                                                                                              

13)-  Incompreensão

 

Cuidado com as pessoas que reclamam de tudo e de todos, julgando-se grandes vitimas.

Geralmente são pessoas insatisfeitas  que só querem ser compreendidas, mas não se esforçam para compreender; visam apenas aos seus direitos, esquecendo-se de suas responsabilidades. Necessitam de muita leitura do Evangelho para se esclarecerem.

As perturbações e os envolvimentos negativos são atraídos pela própria incompreensão: não  adianta falar muito com elas.

O que precisamos é incentivá-las a serem assíduas e fiéis aos tratamentos.  Podemos observar que, quando  as mesmas se interessam pelo esclarecimento, no primeiro retorno ao DEPOE já estão melhores e dizem que  as pessoas  de quem elas reclamavam tanto já mudaram  (mesmo que seja um pouco). 

A mudança  aconteceu dentro delas  mesmas.  Sem perceber passaram a ser mais tolerantes e pacientes.  Foi o efeito  do pequeno conhecimento que  adquiriram através  das palestras e leituras.

Quando não se interessam pelo conhecimento, arrastam-se por anos e anos, trazendo as mesmas queixas. Por isso não podemos tomar partido, não opinando ou julgando suas queixas.

Vamos dizer  sempre que o mais importante no tratamento são as palestras e as leituras.

Assistência 3/2 ou então A-3 com A-4  são os tratamentos indicados.

 

                                  

14)-  Insatisfação no emprego

 

É muito  comum  recebermos  assistidos  que estão insatisfeitos com patrões, chefes, e até com colegas.

É  normal ouvirmos  com  atenção e compreensão,  porém,  nunca podemos tomar partido, principalmente porque a função do DEPOE não é advogar causas, e sim, transmitir harmonia e paz; além disso não sabemos até onde chega a verdade do assistido.

Qualquer orientação que  passarmos fora  da nossa função de plantonistas  do DEPOE, poderá acarretar sérias complicações nas decisões e até na vida do assistido, e nós respondemos por isso perante o Plano Espiritual.

Não se esqueçam de que representamos a casa espírita e esta precisa inspirar confiança e respeito

Não importa quais as nossas opiniões ou convicções fora da Doutrina

O que precisamos é atender a todos com sensatez, sem partidarismo e sem a pretensão de resolver os problemas do assistido. Peça-lhe  para  não  tomar decisões precipitadas, incentive  a  prece, a leitura do Evangelho e a assiduidade nos tratamentos espirituais.

Encaminhe para a Assistência 3/2 e se possível também para Assistência 4.

Recomende que assista às palestras e procure assimilá-las.

 

15)-  Mediunidade

 

“A mediunidade é a chave do intercâmbio espiritual para a progressão doutrinária no  mundo".    (Emmanuel)

Recebemos muitas pessoas com vários sintomas, convictas ou apenas informadas de que são médiuns e que precisam desenvolver a mediunidade.

Precisamos tomar muito cuidado, nessa entrevista, para não sermos influenciados e prejudicarmos o assistido. 

Grande parte das vezes, os sintomas-alarmes são falsos, podendo ser perturbações espirituais, doenças físicas, mentais ou psicológicas; até as de vidências ou auditivas podem nos enganar.                            

Por  isso, a melhor orientação é um bom tratamento, que nem sempre é Colegiado, mas algo que trate e prepare o assistido, o mais rápido possível, para a escola.  

Nunca diga por sua conta, ou concorde, que é mediunidade, porque o assistido pode ficar com medo e ir embora, o que será muito grave, ou então  ficará preso apenas ao desenvolvimento, não querendo freqüentar o tratamento de esclarecimento e muito menos os cursos e isso poderá prejudicá-lo demais.

Se percebermos que o caso não é grave, recomendamos a Assistência 3/2. Se os sintomas são muito fortes, encaminhamos para o Colegiado de Médiuns.

 

16)-  Obsessões

 

São comuns no DEPOE os casos de obsessões graves e precisamos nos conscientizar do seguinte:

Existem vários quadros de obsessões, assim como existem várias circunstâncias a considerar.

Na maioria das vezes, não sabemos qual a situação nem do assistido encarnado nem do desencarnado.

A obsessão não deixa de ser uma doença psíquica, que precisa ser tratada dos dois lados: os dois Espíritos, o encarnado e o desencarnado, estão em sintonia ou estão presos à lei de Ação e Reação – pelo passado –, ou à lei de afinidades que é o comportamento atual.

Tanto uma situação como a outra exige correção na maneira de pensar e no comportamento.  Isso se chama  Reforma íntima que exige conhecimento do Evangelho, ou seja, vivência do Evangelho.

O trabalho de desobsessão, com doutrinação e retirada do obsessor, só tem efeito positivo quando acompanhado de reforma íntima. 

Temos que entender que esta assistência é basicamente uma emergência para os casos em que a pessoa está dominada e sem condições de pensar e de assimilar uma orientação. Assim que a pessoa adquirir maior lucidez precisa passar a ouvir uma orientação que a faça elevar o padrão vibratório, para que ela mesma se liberte do obsessor através da melhoria interior.

Quando recomendamos esse trabalho, sem critério, podemos estar desencaminhando um assistido;  pois este, por ignorar a necessidade da sua reforma íntima, pode ficar mal acostumado e achar muito cômodo o Espírito ser retirado sem o seu esforço; acomoda-se, exige, e nunca mais vai querer ir para um tratamento onde se ensina o Evangelho, nunca chega a um curso. Vai se tornar uma pessoa com mania de tratamento, pondo sempre a culpa nos Espíritos que o acompanham, não aceitando fazer sua parte.    

Por isso, quando o encaminhamos para o Colegiado, devemos aceitar o tratamento que vier, recomendar assiduidade e deixar que tudo se encaminhe normalmente. Atenda com eficiência, faça a sua parte bem feita, o resto o Plano Espiritual fará, – Ajuda e passa – diz o Evangelho.

Lembremos sempre: leitura do Evangelho, assistir às palestras que antecedem a qualquer tipo de tratamento é fundamental.

Não esqueçamos, também, que A-3 e P 1/2 também funcionam como desobsessão e são muito eficientes.

 

17)-  Síndrome de Pânico

 

Está sendo constante o nosso atendimento a pessoas com síndrome de  pânico.

A pessoa está aflita, tem medo de tudo ou de determinadas coisas ou situações.

É uma doença nervosa que, em muitas pessoas, aparece de repente. Pode desencadear-se a partir de algum distúrbio orgânico ou por um acontecimento triste. A realidade é que a pessoa revela muita insegurança. Vive em estado de pânico total. Essas pessoas precisam voltar a adquirir confiança na vida e principalmente em si mesmas.

O acompanhamento médico é importante.

Nunca podemos dizer que ela não está doente, que isso é apenas uma ilusão.

Precisamos ouvir as queixas com atenção e valorizar a sua aflição. Mostrar que estamos acreditando no seu sofrimento e compreendendo a situação.

Temos que dizer que, se ela se propor a levar o tratamento a sério, dentro de pouco tempo estará melhor, e pode até curar-se. Temos que mostrar-lhe a grandeza de Deus e a assistência que ela  tem do seu Espírito Protetor.

Diga-lhe que ela não está só. Recomende-lhe bastante leitura e meditação. Quanto maior o número de palestras que ela puder ouvir, melhor, mesmo porque este tipo de doença, está sempre acompanhado de Espíritos afins, que também precisam ser esclarecidos.

ATENÇÃO:  Se você não se sentir capaz ou em condições de atender, não insista. Passe o atendimento ao coordenador ou a alguém da equipe dirigente.

CUIDADO para não complicar a situação do assistido com colocações erradas. (Esta recomendação serve também para os   componentes da equipe dirigente.)

Essa pessoa está sofrendo muito e precisa de ajuda esclarecedora.

Esses casos devem ser encaminhados para o Colegiado e sempre acompanhados da Assistência 4 ou Assistência 2. Os livros relacionados no final deste podem ajudar muito .

 

18)- Soro positivo (Aids)

 

Como atender nossos assistidos com AIDS?

A AIDS como qualquer outra doença faz parte do processo evolutivo do ser humano, encaixa-se na Lei de Ação e Reação. Como a cura no momento é supostamente impossível, sua presença causa em algumas pessoas medo e até dificuldade para enfrentá-la. Sabemos que o portador não é diferente dos outros assistidos, mas no momento ele está fragilizado. Portanto, o atendimento deve ser com especial atenção de nossa parte.

Não podemos atendê-lo como coitadinho nem com discriminação.

Vamos olhá-lo como pessoa normal. Consideremos que cada um de nós temos nossos problemas. Cada um de um jeito diferente.

Sabemos que quando o portador do vírus HIV aceita a própria situação, pode alcançar uma boa elevação espiritual.

Não precisamos temer atendê-lo.

Pegar na mão para cumprimentar não tem o menor perigo. Também não precisamos comentar sobre a doença. Se ele quiser falar alguma coisa, ou se queixar, devemos tratá-lo com a maior naturalidade. Devemos ser amáveis e colocar sempre Deus acima de tudo. É importante encaminhar para a escola o mais rápido possível, desde que não esteja em desequilíbrio acentuado.

Quanto maior seu conhecimento da Doutrina, melhor será a aceitação da própria situação. Leituras e palestras são muito importantes.

Esses casos não vão para o Colegiado, mesmo que estejam perturbados.

Passar a Assistência P3 A.T.

É a assistência específica para o caso. Se a casa não tiver este tratamento, encaminhe para o colegiado ou diretamente para o P-3-M ou P.1/2  mais   A.2

Se ele tiver tempo disponível, recomendar Assistência 4. Diga-lhe que esta poderá ajudá-lo muito.

 

19)-  Suicídio

 

Precisamos levar muito a sério o assistido que está pensando em suicídio. Por mais remota que seja essa idéia, merece a nossa atenção.

Temos que pensar que essa pessoa está muito infeliz, sofrendo muito, precisa ser bem assistida e, principalmente, sentir que estamos acreditando nela e queremos ajudá-la, sem interferir no seu livre-arbítrio.

Diga a ela que todos nós temos um Espírito que nos acompanha, que é o chamado Anjo de Guarda e com certeza está trabalhando muito por ela. Peça a ela que procure se ligar a ele através das preces, das boas atitudes, diga que Deus nos coloca aqui com todas as condições e meios de sobreviver dignamente e que esta faltando a ele descobrir isso. Mostre que com pensamentos e atos positivos podemos ser alertados. Leituras e palestras podem ajudá-lo muito.

Peça a ele que antes de tomar qualquer atitude, faça o tratamento na Casa. Se houver na casa o tratamento Pasteur 3-E recomende-o acompanhado de A-2 ou A-4 ou a desobsessão existente na Casa Recomende-lhe muita leitura e o maior número de palestras possível.

NOTA:  Não descuide desse atendimento, precisa ser feito com muita atenção e carinho.

 

20)-  Vícios

 

O vício é uma fraqueza e uma dependência.

Todos nós temos alguns, mais ou menos graves.

Não podemos marginalizar os dependentes em tóxico, cigarro,  álcool e outros, pois eles não são mais graves do que muitos que nós temos e que passam despercebidos.

Nem todos recebemos orientação suficiente ou adequada para nos mantermos equilibrados e com forças para enfrentar certos problemas ou situações. Por isso, desenvolver uma tendência negativa e se tornar dependente dela, para muitos de nós só depende de ocasião.

Existem os vícios mais visíveis, por isso são mais condenados, mas o cultivo de pensamentos negativos e a maledicência  são menos visíveis e são tão  graves quanto os outros.

O atendimento ao assistido que se declara viciado tem que ser muito dócil, muito carinhoso, isto para qualquer tipo de vício. Temos que atender com respeito e consideração.

Aqueles vícios que não têm tratamentos específicos, muitas vezes exigem exame espiritual no Colegiado de Médiuns.  Na falta deste encaminhe para qualquer trabalho de desobsessão.

Vamos incluir a Assistência 4 a qualquer resposta do Colegiado.

 

21)-  Criança

 

A criança é um Espírito adaptando-se a um novo corpo. É frágil e aparentemente inocente. No entanto, ele traz consigo em estado latente malícias e vícios, além das companhias e cobranças dos inimigos arranjados no passado.

Nesta fase de adaptação, o Espírito, com a ajuda do corpo físico que está novo e em forma, tem grandes possibilidades de assimilação e aprendizado. A criança pode captar e arquivar todo e qualquer ensinamento porque tem a mente aberta, livre de qualquer preconceito ou restrição.

É nessa fase da vida que precisa ser introduzido o processo de aprimoramento espiritual. O ensinamento recebido nessa fase vai permanecer e influenciar em suas atitudes para o resto da vida.

É comum a gente ver e até comentar: este jovem foi criado com rigor, numa família tão distinta e não tem um comportamento plausível. É que nem sempre aquela família passou o que ele precisava.

É fácil a família passar educação, polimento, como a sociedade exige. Mas, nem sempre a família passa exemplos de humildade, de caridade, de fraternidade e de religiosidade, por isso ele cresceu educado, honesto, mas, orgulhoso, egoísta e sem calor humano.

Outras vezes, ele recebeu tudo isso e aproveitou muito, evoluiu razoavelmente em relação ao que trazia de negativo do passado. Se não tivesse recebido tais cuidados e orientações, estaria em situação bem pior. Sabemos que a natureza não dá saltos. Mas, o Espírito pode avançar muito numa só encarnação, sem que os demais percebam.

Então é preciso que a criança desde cedo aprenda que existe Deus, e também outras coisas acima dela, a quem ela precisa respeitar confiante. Que é algo com o qual ela pode contar nas horas mais difíceis da vida.

Essa crença (convicção) é muito importante na fase de formação de uma criança. Por isso a Escola de Moral Cristã é necessária para a criança, porque complementa aquilo que os pais passam. É muito importante também o encaminhamento dos pais, primeiramente para os tratamentos da Casa e depois para a escola.

O DEPOE tem condições de contribuir com essa orientação e consequentemente colaborar para a melhoria geral.

 

22)-  Adolescente

 

Quem é o adolescente?

É um Espírito habitando um corpo carnal em sua fase de transição. Ele está deixando de ser criança, mas sabe que ainda está longe de se tornar um adulto. Muitas pessoas pensam que ele se considera o senhor de todas as situações, acha que sabe tudo, que pode dominar tudo. Na verdade, não é bem assim. Um adolescente sabe que é impotente para muitas coisas, é consciente de sua fragilidade e de sua incapacidade. Porém, a natureza automaticamente o impulsiona a avançar. Intuitivamente, ele sabe que precisa se tornar forte, mas a sua capacidade física e mental ainda é limitada. É aí que entra em conflito consigo mesmo e consequentemente com o mundo.

Ele não quer ser conduzido, só que ainda não sabe se conduzir. Ele dispensa a ajuda dos pais, mas sabe que precisa dela. A cabeça do adolescente é muito confusa, a insegurança é muito grande.

Podemos comparar o adolescente a um passarinho deixando o ninho, já tem asas, mas ainda não sabe voar. Precisa voar para sobreviver, mas ainda tem medo.

A necessidade da auto-afirmação faz o adolescente se tornar orgulhoso e rebelde. Suas necessidades físicas e emocionais o fazem tornar-se persistente e cansativo, para os adultos que o acompanham. É por isso que o chamam de “aborrecente”.

Além de tudo isso, ele está passando por uma transformação hormonal, isso causa sintomas físicos que se confundem com seu temperamento e até com o mau comportamento, por isso ele é mal compreendido.

Na realidade, um adolescente promete muito, pois em breve se tornará um cidadão. Se for bem compreendido e orientado hoje, será o adulto produtivo e positivo de amanhã.

Para orientá-lo, é preciso primeiro fazê-lo entender a própria situação. Depois conquistá-lo, depositando-lhe confiança, porém sem descuidar. Segui-lo de perto, sem muita interferência.

O bom exemplo é fator primordial. A prova de que o amamos e somos seus amigos sinceros é de suma importância. O diálogo pacífico e despretensioso é fundamental.

Todavia é importante considerar que existe a possibilidade de alguns pais não serem suficientemente amadurecidos. Não tiveram oportunidades de realizações, e mesmo de receber orientações adequadas. Isso gera rivalidade e consequentemente competição com os filhos. Essa situação contribui indiretamente para os grandes conflitos.

Na verdade, conquistamos e orientamos um adolescente com muita humildade. Com espírito de renúncia e de fraternidade. Com AMOR.

 

10)-  Estágios  E Avaliações

 

          Nem todos os alunos que concluem este Curso de Preparação Para Colaboradores do DEPOE são encaminhados ao trabalho de entrevistadores. Durante o ano todo é feita uma avaliação por meio da assiduidade e participação nas aulas, e também durante o ano eles levam para casa perguntas sobre as aulas teóricas. Estas respostas têm peso na avaliação, assim como também a caligrafia legível.

          No final do curso, os alunos trazem casos e expõem em classe.  os outros opinam e encaminham. pode até ser seus próprios problemas. Isso serve de treinamento e ao mesmo tempo de avaliação Todos os trabalhos são importantíssimos, por isso o fato de o aluno ter freqüentado o curso lhe trouxe um bom amadurecimento, e assim, ele será um bom colaborador mesmo fora das entrevistas.

 

 11.   Conscientização para o trabalho espiritual

 

          Para sermos bons colaboradores, em qualquer setor, temos que nos conscientizar do seguinte: FOMOS TODOS CRIADOS POR DEUS, E O OBJETIVO É CRESCER ESPIRITUALMENTE.

          O trabalho e o sofrimento são as alavancas que nos impulsionam para subir, é melhor trabalhar do que sofrer. Mas é preciso que este trabalho seja produtivo e, para isso, temos de estar vigilantes quanto ao nível do nosso trabalho, que deve ser melhorado constantemente.

           Em primeiro lugar, temos que nos conscientizar de que somos nós, os trabalhadores, os principais beneficiados e que só trabalhamos por nós, embora outros se beneficiem de imediato. Se outros não se beneficiassem, o trabalho seria improdutivo e, dessa forma, nada estaríamos fazendo.

           O bom trabalhador deve estar sempre estudando. Porque quanto mais se aprofunda, mais sente a necessidade de aprender, e o conhecimento conduz à perfeição do trabalho e à reforma íntima. É importante, também, estar informado acerca dos problemas sociais, pois estes alertam e reforçam a vivência e as experiências.

            Há uma equivalência de responsabilidade entre todos os servidores, independentemente do cargo, da posição social ou cultural de cada um.                                                                                              Ao analisarmos nossas realizações, devemos indagar:                                                                                 No que servimos? tem utilidade o que fazemos ?                                                                      Quanto servimos? o nosso tempo disponível está sendo usado com utilidade?                          Como servimos? com humildade ou com ostentação.

         Cada um de nós está na Terra buscando as experiências de que necessita, de acordo com o passado, e preparando o futuro. Assim, todos os trabalhos são iguais no valor, desde que sejam realizados com responsabilidade. Ninguém é dono do trabalho. Os mais experientes, como os orientadores, são responsáveis pelos trabalhos, NÃO PELOS TRABALHADORES.

          Cada trabalhador tem de ser responsável pelo que faz, e deve ser o seu próprio fiscal.

Aquilo que não pode ser feito na presença do responsável, não pode ser feito na sua ausência. Perante a vida e a Espiritualidade, nós respondemos pelos nossos atos.

          O colaborador precisa ser humilde o suficiente para se analisar e compreender se é ou não capacitado para exercer esta ou aquela atividade. Não pode se valer do privilégio de já ter

freqüentado um curso de aperfeiçoamento. É preciso saber se realmente assimilou este curso, e se suas tendências e capacidade preenchem os requisitos exigidos. Precisa compreender que não é o “senhor” da verdade, nem da perfeição. O seu cargo ou atividade deve ser motivo de responsabilidade e não de vaidade. É preciso ser disciplinado, embora isso cause sacrifício.                                  Deve estar consciente da necessidade de assiduidade e pontualidade, pois a ausência de um membro causa grande transtorno para o grupo.

          Não deve sobrecarregar-se de tarefas, fazer apenas o que seu tempo permite para que elas sejam feitas com equilíbrio e adequadamente.

          Quando assumir uma tarefa, é preciso contar com a disponibilidade de tempo para as reuniões periódicas do Departamento, pois estas têm a finalidade de proporcionar melhor entrosamento, dar informações e atualizar os trabalhos, por isso fazem parte da tarefa.

          Vigiar-se para não cair no fanatismo. Os nossos familiares precisam muito de nós, e fazem parte dos nossos compromissos espirituais. É preciso tomar muito cuidado para não se deixar endeusar, e não se apegar demais a ninguém, pois todos somos falhos. Por isso, podemos causar, ou ter decepções que podem prejudicar o nosso trabalho.

          Observar os limites da intimidade com colegas, principalmente com o sexo oposto. Se o seu próprio cônjuge não é ciumento, o do outro poderá ser. É nossa obrigação evitar todo e qualquer pensamento negativo em torno da nossa vida, inclusive no meio religioso.

          Entre colegas, vamos nos ajudar e compreender o máximo possível. Estamos todos procurando evoluir e dependemos uns dos outros. Não vamos criticar, pois desconhecemos o íntimo de cada um. A rivalidade entre colegas é falta de caridade, e precisamos exercitar o amor, o respeito e a consideração.

          O trabalhador não pode se melindrar quando repreendido por algum erro. Também não pode querer que o trabalho seja feito conforme sua vontade. Trabalho espiritual não é brinquedo de criança, que, na primeira contrariedade, cruza os braços e diz: “Não brinco mais”. MELINDRE É ORGULHO, E ORGULHO É CAMINHO CERTO PARA O FRACASSO.

          O colaborador também não pode se apegar a tratamentos prolongados por qualquer problema. As doenças e perturbações, muitas vezes, são ataques e tentativas de Espíritos negativos que querem nos tirar do trabalho. Esta dependência dos tratamentos, também, retarda nossa evolução.

          Os Espíritas têm que, antes de tudo, recorrer aos recursos que já possuem dentro de si, com alguns passes avulsos e leituras edificantes. Uma boa música ajuda a elevar o padrão vibratório e aclarar a mente. Dessa forma, é possível libertar-se, sem interromper o trabalho que é a sustentação do trabalhador.

          Exame espiritual e tratamento contínuo, só são aceitáveis depois de esgotados os recursos próprios.

          Os espíritas, colaboradores na Doutrina, não podem se esquecer de que são as colunas que sustentam o movimento reformador da Humanidade. As colunas não podem tremer. Têm que sustentar com firmeza a todos os choques. Se tremerem, enfraquecem a construção.

 

Obs. Esta conscientização é a última aula, para qualquer curso que implica em preparação para o trabalho espiritual, seria importante que todos os candidatos ao trabalho na casa Espírita a fizesse antes de começar a tarefa. (É interessante que todos os colaboradores da casa, passem por esta conscientização.

 

11-1)-  Reuniões semestrais

 

          Todos os Departamentos ou setores precisam manter reuniões periódicas. Do contrário não funcionam com eficiência

          Você, colaborador, sabia que todos os departamentos que não fazem reuniões periódicas com os trabalhadores não funcionam bem?

          Você sabe que o nosso DEPOE é uma extensão do DEPOE do Plano Espiritual?

          Você é um componente deste Departamento, e como eu e nós todos carregamos uma responsabilidade muito grande!

          Será que alguém entre nós tem o direito de se julgar auto-suficiente, sem necessidade de comunicação e contatos para desempenhar seu cargo? Não estaremos sendo pretensiosos demais? Temos de saber que todos os colaboradores que realmente têm responsabilidade e desejam colaborar com eficiência, não perdem a oportunidade valiosa de receberem novas informações sobre o que devem fazer.

          Você precisa saber que 99% das reclamações que chegam aos dirigentes são provocadas por colaboradores que não freqüentam as reuniões!

          Será que no DEPOE do outro lado acontece o mesmo?

          Será que nós vamos ter mérito, ao desencarnar, para sermos promovidos para a matriz do nosso DEPOE, e continuar trabalhando? Ou vamos ter que assumir os erros e recomeçar o aprendizado? Seria uma humilhação, vocês não acham?

          Não vamos perder tempo!

          As nossas reuniões são a cada seis meses, com opção de quatro dias e horários (na Feesp).

Pode crer: elas são agradáveis, são feitas num clima festivo!

          Não se isole, companheiro...Una-se aos irmãos deste e do outro lado. Somos a família DEPOE. Uma família que se estende pelos dois planos.

          Vamos procurar ser fraternos, conscientes, laboriosos e eficientes.

 

12)-  SUGESTÕES

 

12.1  Leitura do tema da semana

 

         É importante  que se faça  uma pasta com os temas comuns de atendimentos e todas as informações.  Esta fica  na secretaria para ser lida semanalmente pelos colaboradores, antes do início do trabalho. Cada semana um tema com informações, e se possível comentários referentes. Esta prática serve inclusive  de reciclagem. Troca-se o tema todas as 2as. feiras. Quando esgotar os textos da pasta, pode-se repeti-los, pois o espaço de tempo é  grande entre o texto inicial e o final.

 

12.2  Esclarecendo dúvidas

 

          É importante que alguns exemplares deste livro fiquem à disposição para facilitar a consulta, quando necessário, e também para ser lido nos intervalos dos atendimentos.

 

12-3    Fichas para tratamentos específicos

 

Pasteur 3 PS – Prevenção ao suicídio

      (colocar aqui a ficha 14)

          É composto por dois grupos: o primeiro é o tratamento P 3E (Pasteur 3 Espiritual). E o segundo grupo faz uma projeção espiritual (Luz). Não há doação física do médium. Deve ser recomendado sempre com a Assistência 2 ou Assistência 4.

           São encaminhadas: só pessoas que têm tendência acentuada para o suicídio, ou que já o tenham tentado. Não há necessidade de passar pelo Colegiado, porque este é um tratamento específico

 

Pasteur 3 A - Alcoolismo

       (colocar aqui a ficha nº 15)

          Este trabalho é uma desobsessão (PASTEUR 3E). A palestra que o antecede é dirigida especialmente ao alcoólatra. É um trabalho que foi programado em conjunto com o Instituto Fraternal de Laborterapia, por isso, a pessoa pode ser encaminhada aos dois ao mesmo tempo.

           São encaminhadas: só pessoas que têm o vício da bebida, em maior ou menor intensidade.

          Não precisa dar outro tipo de tratamento da Casa junto com este.

          Pode ser feito à distância por intermédio de um parente ou amigo.

          Quando o interessado não pode vir no horário específico, encaminhar para o Pasteur 3-E .  A diferença desses dois tratamentos é apenas a palestra.

 

          Quando o tratamento é realizado à distância, colocar na ficha o nome do portador seguido da observação "à distância". Não há necessidade de passar pelo Colegiado de Médiuns.

 

Pasteur 3T - Tabagismo

            (colocar aqui a ficha nº16)

          Indicado para fumantes que queiram deixar de fumar.

          São encaminhadas: todas as pessoas que têm o vício do fumo, em maior ou menor intensidade.

         Se a pessoa não se mostrar interessada, não force o encaminhamento nem comente sobre o vício. Com certeza ele já ouviu falar muito sobre o seu vício, se ouvir também de nós vai abandonar a Casa. Se ele reclamar do próprio vício, sugira-lhe o tratamento

       Este tratamento  é completo, porém pode  ser recomendado acompanhado de A 2 ou A 4.

 

Pasteur 3 AT - AIDS e Tóxicos

      (colocar aqui a ficha n 17)

          É um tratamento especial, no qual o carinho e a atenção têm importância muito grande, porque essas pessoas geralmente são rejeitadas até pela própria família e, portanto, estão muito carentes.

         Compõe-se de um passe espiritual na entrada e palestra específica. O assistido passa pela desobssessão e depois pela doação de fluidos.  A diferença dos demais tratamentos está  na doação, que é especial, ou seja com maior número de médiuns doadores Pode ser feito "à distância". Coloque na ficha o nome da pessoa presente.

          São encaminhadas: as pessoas que são soropositivas e as pessoas usuárias de drogas.

          O tratamento e composto de passe espiritual, palestra direcionada, grupo de desobsessão e grupo de doação.

          Quando a pessoa diz que tem AIDS ou que é soropositiva ou que é portadora do HIV, ou quando diz que consome drogas, deve ser encaminhada para este tratamento, dispensando-se os demais.

          Cuidado para não se chocar, ou demonstrar surpresa, ou mesmo dó. Não faça perguntas extras, trate com naturalidade sem receio, sem pré-julgamentos, sem preconceito.

 

Pasteur 3 C - Consolação

     (colocar aqui a ficha n 18)

          São encaminhadas: pessoas que estão inconformadas com a morte de entes queridos.

         É assistência espiritual e consolo.

        As palestras são direcionadas ao esclarecimento específico

        Os assistidos podem fazer perguntas.

        O trabalho, além dos passes, tem o diálogo, levando ao conhecimento e à consolação.

        Pode ser recomendado só, porque é completo. Porém, a Assistência 4 lhe fará bem porque pode reforçar o esclarecimento.

(Ler texto sobre o trabalho).

 

CA - Tratamento para Câncer

        (colocar aqui a ficha n 19)

          Este tratamento não tem ficha especial. O que identifica é a sigla C.A.

          São encaminhadas: as pessoas com qualquer tipo de câncer.

          Quando a pessoa falar, ESPONTANEAMENTE, que está com câncer, encaminhar para

o Colegiado ou o tratamento específico, que é   P.3-F e mais uma palestra dirigida aos casos.

         Observe a abreviatura C.A.

         Tome cuidado porque nem sempre a pessoa quer falar, ou ouvir comentário sobre a sua doença ou situação.

 

NOTA: Se for observado que o Assistido está com obsessão, dar primeiro um Cartão P-3M e colocar na margem: o próximo Cartão será P-3F – CA

 

Obs.  Os livros da mesma autora, foram escritos baseados nas experiência adquiridas através dos trabalhos no "DEPOE" e inspirados pelos  espíritos também colaboradores desse departamento.  Por serem livros de auto ajuda e direcionados á Reforma Íntima podem auxiliar muito nos tratamentos. por isso, podem ser adotados pelos trabalhadores e recomendados aos assistidos, quando necessário.

3 comentários:

  1. Caros irmãos, boa noite! Estou trabalhando no atendimento fraterno da casa espírita que frequento e vimos a necessidade em realizar algumas alterações nas fichas de atendimento fraterno. Em pesquisa, localizei o presente estudo que muito nos ajudará no desenvolvimento das tarefas. No entanto, não foi possivel visualizar as fichas citadas no item 5. Existe a possibilidade de serem enviadas para mim, por favor? Meu email é shirleydrm@gmail.com
    Desde já agradeço.
    Paz e luz.

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  2. Ola Boa noite ! Tambem tenho interesse em receber as fichas. Podem por favor, enviar ao meu e-mail ? Sou da associação espirita henrique de castro de sao paulo e meu nome é Elaine. Eu coordeno um trabalho na casa chamado Tratamento Espiritual. Desde ja obrigada.

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